Desde 2010, o Projeto Tatu-Canastra se dedica a pesquisar o maior tatu do mundo. Um gigante de 1,5 metro de comprimento que, apesar do tamanho, é uma das espécies menos conhecidas. De tão tímido, é quase invisível.
A coleta de filhotes e de ovos de papagaios-verdadeiros no Cerrado brasileiro por traficantes de animais é um dos crimes ambientais mais previsíveis no país. Há décadas, entre agosto e novembro, período reprodutivo da espécie, quadrilhas recolhem dos ninhos as aves recém-nascidas para abastecer o mercado ilegal de bichos de estimação.
Há dois anos, Centro-Oeste, Sul e parte do Sudeste vêm registrando chuvas abaixo das médias históricas, prejudicando culturas agrícolas. Segundo boletim recente do Cemaden, órgão do governo federal, um dos responsáveis é o próprio agronegócio.
Relatório recente mostra que a universidade norte-americana, uma das mais respeitadas do mundo, investiu pesado em terras na região do Matopiba, nova fronteira agrícola do Cerrado. São áreas marcadas por crimes ambientais e violações de direitos contra agricultores.
Nova pesquisa afirma que grandes reservas protegidas legalmente são necessárias para que os povos indígenas mantenham seus meios tradicionais de subsistência.
Estudo assinado por 50 pesquisadores mostra que a Área de Preservação Permanente ao longo dos riachos deveria ser pelo menos 20 metros maior.
Novo estudo detectou mais um entre os já muitos impactos do desmatamento no Cerrado: alterações no clima. A perda de vegetação nativa tem provocado aumento de temperatura no bioma, que afeta diretamente a produção de milho, uma das principais commodities da região.
O Movimento das Mulheres Yarang, do povo Ikpeng, coletou mais de 3 toneladas de sementes nativas na última década. Um milhão de árvores já brotaram na bacia do Rio Xingu como resultado de seu esforço.
Até 2050, a soja deve ocupar 12 milhões de hectares a mais no Brasil. Estudos científicos, porém, apontam que nesse mesmo espaço de tempo as mudanças climáticas devem causar secas cada vez severas no Cerrado, pondo em risco o cultivo da leguminosa. Resta saber se, até lá, ela não terá levado a vegetação nativa junto.
Em seu primeiro estudo na região, a brasileira Patrícia Medici, premiada com o Whitley Gold Award, quer compreender como o maior mamífero terrestre da América do Sul reage a alterações na floresta causadas pela atividade econômica.
Neste artigo, especialistas defendem um modelo de ações integradas e intensivas para combater o desmatamento na Amazônia.
No Dia Internacional da Biodiversidade, o líder do Fundo de Parceria para Ecossistemas Críticos chama a atenção para a importância ambiental da savana tropical mais biodiversa do planeta.
Certamente não os povos da floresta: grileiros, latifundiários e até petrolíferas são os beneficiados pela nova diretriz da Funai, que abre 237 terras indígenas no Brasil à venda, loteamento e especulação.
As abelhas nativas brasileiras são importantes em diversos serviços ambientais – a polinização da flora e de cultivos agrícolas é o maior deles. Mas novos estudos mostram que pesticidas podem afetá-las com maior intensidade.
Chuvas atrasadas, secas intensas, rios sem água — em diversas partes da Amazônia, comunidades indígenas vêm testemunhando as transformações decorrentes das alterações no clima. O resultado: mais incêndios, menos alimento disponível.
O quilombo Baião tenta preservar seu modo de vida no coração da nova fronteira do agronegócio. Cercados por uma grande fazenda de soja, seus moradores se veem vítimas de assédio, bloqueio de estradas e envenenamento das lavouras por agrotóxicos.
Lançado um ano após o desastre de Brumadinho, o Global Tailings Portal reúne reúne informações sobre 1.700 barragens que armazenam rejeitos de mineração no mundo inteiro.
Em Santarém, no Pará, cerca de 600 indígenas veem suas lavouras ficarem inférteis à medida que o agronegócio se expande pela região. Com a soja, chegam também a apropriação irregular de terras ancestrais e um atraso ainda maior na demarcação de uma reserva indígena na área.
Dinheiro do contribuinte está ajudando a alavancar uma das atividades produtivas mais propensas ao desmatamento no Brasil, segundo estudo. Na última década, os governos estaduais e federal abriram mão de R$ 12,3 bilhões por ano para estimular a criação de gado e a indústria de carne no Brasil. Retorno em impostos, porém, foi de R$ 15,1 bilhões por ano.
Projeção feita por cientistas de universidades da Holanda e da Itália mostra que bioma poderá perder espécies de mamíferos em cerca de 20 mil km² em razão do aumento do consumo do biocombustível no mundo.