Estima-se que vivam apenas 250 onças-pintadas e 2.500 onças-pardas em toda a Caatinga, a maior parte na região do Boqueirão da Onça, no norte da Bahia, o maior contínuo preservado de vegetação do semiárido. Nessa mesma região há quatro complexos eólicos em funcionamento, um deles com 500 torres.
Fonte renovável, barata e limpa, a energia eólica tem recebido grandes investimentos e alterações na legislação que facilitam sua instalação – às vezes fazendo vista grossa nos licenciamentos ambientais. O problema é que muitos parques eólicos são instalados em áreas onde vivem espécies raras de aves da Caatinga, sujeitas a colisões com as pás das turbinas.
A primeira reintrodução de um macho de onça-pintada na Amazônia deve acontecer em 2024; será mais um numa lista de felinos que têm voltado à natureza graças ao trabalho pioneiro da associação Onçafari. Na Amazônia, porém, os desafios são maiores, como a presença da floresta fechada, que torna mais difícil o monitoramento; a equipe espera fazer da região um laboratório para a reintrodução em biomas ainda mais complicados, como a Mata Atlântica.
O que pode acontecer com as cerca de 300 espécies de mamíferos que vivem na Amazônia se o desmatamento e o aquecimento global levarem à savanização da floresta? Para responder à pergunta, pesquisadores analisaram imagens de 400 armadilhas fotográficas em quatro enclaves naturais de Cerrado no sul da Amazônia.
Milhares de anfíbios morrem nas Américas em decorrência de um fungo letal, Batrachochytrium dendrobatidis (Bd), que causa uma doença chamada quitridiomicose. Algumas das espécies mais afetadas são as do gênero Atelopus, conhecidas como sapos-arlequim; por suas cores vivas, são chamados de “joias da região neotropical”.
Segundo estudo inédito assinado por 35 cientistas do mundo todo, mais de 2,5 milhões de km2 do que resta da Floresta Amazônica sofrem com a degradação; isso equivale a mais de 10 vezes o tamanho do Reino Unido.
Expedição do Projeto Mantis ao Delta do Amazonas registra a fauna que se revela quando a noite cai sobre a maior floresta do mundo. Os pesquisadores focaram nos insetos e outros animais de pequeno porte, com destaque para espécies de louva-a-deus ainda não descritas pela ciência.
Em 12 de setembro de 2021, o francês Victor Rault zarpou de Plymouth, na Inglaterra, a bordo do navio Captain Darwin. O objetivo: percorrer a mesma rota do naturalista inglês e avaliar como estão hoje as espécies que ele descreveu no século 19.
Grupo de pesquisadores decidiu quantificar o impacto da possível reabertura da Estrada do Colono, fechada desde 2001, sobre o número de crimes ambientais dentro do Parque Nacional do Iguaçu.
Pesquisadores britânicos analisaram imagens de 4.500 passeriformes e detectaram que sua plumagem é 30% mais colorida em regiões como a Amazônia brasileira, o oeste da África e o Sudeste Asiático, em comparação com espécies de zonas temperadas.
Levantamento inédito mapeou a distribuição original de 145 espécies de grandes mamíferos, mostrando como elas tiveram suas áreas reduzidas pela atividade humana. Algumas espécies se tornaram “refugiadas climáticas” ao se verem restritas a regiões com clima diferente daquele em que seus antepassados viviam.
Pequenos, muitas vezes imperceptíveis ao olhar humano, os insetos têm papel essencial no meio ambiente. “Eles surgiram mais de 400 milhões de anos antes dos humanos”, explica Dalton de Souza…
Mais de 150 pesquisadores de vários países se juntaram para fazer o mais completo levantamento georreferenciado global sobre árvores até hoje. O estudo revelou que o número estimado de espécies de árvores no planeta é de 73.300 – 14% a mais do que se suspeitava. Desse total, 9 mil ainda são desconhecidas pela ciência.
Levantamento inédito descobriu que os manguezais da costa brasileira armazenam até 4,3 vezes mais carbono nos primeiros 100 centímetros de solo quando comparados a outros biomas vegetados no país, incluindo a Amazônia.
Estudo inédito fez o cruzamento de dados entre altas temperaturas e o aumento de internações hospitalares de pacientes com doenças renais em 1.816 municípios do Brasil.
O açaí sempre fez parte da dieta dos amazônidas. A frutinha redonda, de cor roxa, que cresce em cachos da palmeira Euterpe oleracea, é consumida praticamente todos os dias pelos…
Quantificando os impactos no habitat de 14 mil espécies de plantas e animais, pesquisadores detectaram que entre 93% e 95% delas sofreram algum tipo de consequência, em menor ou maior grau, provocada pelos incêndios.
Projeto de Lei quer reabrir a antiga Estrada do Colono, trecho de 17 km que corta o Parque Nacional do Iguaçu ao meio; a via está fechada desde 2001.
Indígenas da Amazônia praticam há milênios uma agricultura baseada na queima de vegetação que preserva os recursos naturais e favorece a regeneração do solo.
A multinacional francesa Voltalia está iniciando a construção de um complexo eólico em Canudos, na região da Caatinga baiana, a 400 km de Salvador. O projeto prevê a instalação de…