Primeiras vítimas indígenas confirmadas de covid-19, os Kokama da Amazônia acumulam até o momento mais de mil infectados e 60 mortos. Desconfiados dos remédios “de branco”, os pajés decidiram tratar os pacientes com suas próprias técnicas de cura ancestrais.
Nova pesquisa afirma que grandes reservas protegidas legalmente são necessárias para que os povos indígenas mantenham seus meios tradicionais de subsistência.
Estudo revela que área desmatada de 4.500 km² na Amazônia está pronta para ser queimada, o que pode agravar problemas respiratórios na população e pressionar sistema de saúde
ONG mapeia a distância que separa as aldeias indígenas da Amazônia Legal de cuidados intensivos. Mais da metade dos municípios sequer tem um respirador.
Neste artigo, especialistas defendem um modelo de ações integradas e intensivas para combater o desmatamento na Amazônia.
Certamente não os povos da floresta: grileiros, latifundiários e até petrolíferas são os beneficiados pela nova diretriz da Funai, que abre 237 terras indígenas no Brasil à venda, loteamento e especulação.
Enquanto bandos de aves desaparecem e a dispersão de sementes se altera uma remota região na Guiana mostra o valor de um ecossistema preservado.
Enquanto o vírus se espalha e produz cenas dramáticas na região amazônica, grileiros avançam, a seca se aproxima e os índices de desmatamento já são os piores da década. Tudo isso em meio a uma crise política cujo maior efeito é a perda de fiscais em campo.
É consenso na ciência que novas doenças costumam surgir nas áreas de contato entre a floresta e frentes de expansão econômica, como o agronegócio e a mineração. A julgar pelas políticas do atual governo, segundo especialistas, o risco de a próxima pandemia ter origem no Brasil é grande. Estudos já detectaram a conexão entre a degradação ambiental e o aumento recente nos casos de malária e febre amarela.
Queda no consumo de açaí e castanha-do-brasil é um indício de que a desaceleração econômica provocada pela pandemia de covid-19 já chegou à floresta. Medo dos especialistas é de que as comunidades extrativistas busquem fontes alternativas de renda na criação de gado e na extração, o que pode favorecer a derrubada de árvores.
Com 90% de população indígena, São Gabriel da Cachoeira (AM) tenta se proteger da pandemia limitando o acesso ao município e criando redes de monitoramento. Os indígenas estão entre os mais suscetíveis a infecções respiratórias e o Amazonas já é o estado brasileiro com o maior índice de mortalidade decorrente da covid-19.
Segundo a ONU, mais de 50% dos indígenas acima de 35 anos sofrem de diabetes tipo 2, além de apresentar altos níveis de mortalidade materna e infantil, desnutrição, doenças cardiovasculares, HIV/AIDS e doenças infecciosas malária e tuberculose. Tudo isso torna os povos nativos altamente vulneráveis ao agravamento da Covid-19.
Relatório de ONGs constata que o Brasil é o maior comprador anual de pesticidas altamente perigosos (HHPs), designação técnica da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura. Os HHPs contêm ingredientes ativos com toxicidade extremamente aguda e causam impactos negativos crônicos na saúde humana e no meio ambiente.
Do shampoo inspirado nas teias de aranha ao hotel projetado com base nos atributos térmicos do bico dos tucanos, cientistas e empresas do país estão apostando na inteligência da natureza para criar soluções inovadoras que reduzam os impactos no planeta.
Idealizado por um antropólogo indígena, o Centro de Medicina Indígena Bahserikowi oferece aos moradores de Manaus tratamentos tradicionais de cura e proteção aplicados por pajés das etnias Dessana, Tuyuka e Tukano.
No início de janeiro, atentados a locais sagrados, expulsões e violentos embates contra seguranças armados e oficiais do governo estadual assolaram os Kaiowá de Dourados e Rio Brilhante, municípios próximos à fronteira do Mato Grosso do Sul com o Paraguai.
Antes usados para lazer, navegação e pesca, quase todos os 150 igarapés de Manaus estão totalmente poluídos. Especialistas dizem que pode levar até 30 anos para recuperá-los; alguns já são considerados “mortos”.
Estudo realizado em Mato Grosso do Sul detecta a presença altos níveis de inseticidas e herbicidas em antas do Cerrado, além de quatro metais pesados usados no cultivo agrícola. Segundo a pesquisa, a anta é um 'animal sentinela', pois atua como um sinal de alerta do que está acontecendo com o meio ambiente.
Estima-se que mais de 340 pessoas foram mortas desde 2008 por rompimentos de barragens de rejeito de mineração; desastres ambientais esses que podiam ter sido evitados e que causaram o…
Vidas incontáveis foram salvas por antibióticos desde meados do século 20. Mas o seu potencial de vida está a desaparecer rapidamente com o aumento da resistência bacteriana. No ano passado,…