Chuvas atrasadas, secas intensas, rios sem água — em diversas partes da Amazônia, comunidades indígenas vêm testemunhando as transformações decorrentes das alterações no clima. O resultado: mais incêndios, menos alimento disponível.
O quilombo Baião tenta preservar seu modo de vida no coração da nova fronteira do agronegócio. Cercados por uma grande fazenda de soja, seus moradores se veem vítimas de assédio, bloqueio de estradas e envenenamento das lavouras por agrotóxicos.
Após uma estação de chuvas com índices bem abaixo de níveis históricos, grandes partes da Amazônia estão mais secas que o normal, gerando preocupações sobre um aumento ainda maior de…
Dinheiro do contribuinte está ajudando a alavancar uma das atividades produtivas mais propensas ao desmatamento no Brasil, segundo estudo. Na última década, os governos estaduais e federal abriram mão de R$ 12,3 bilhões por ano para estimular a criação de gado e a indústria de carne no Brasil. Retorno em impostos, porém, foi de R$ 15,1 bilhões por ano.
Projeção feita por cientistas de universidades da Holanda e da Itália mostra que bioma poderá perder espécies de mamíferos em cerca de 20 mil km² em razão do aumento do consumo do biocombustível no mundo.
A JBS, empresa frigorífica habitualmente ligada ao desmatamento, assinou em janeiro um acordo que pode levar seus produtos a mais de 60 mil lojas e mercados em toda a China.…
Pesquisa mostra como a arara-azul (Anodorhynchus hyacinthinus) e a arara-azul-de-lear (Anodorhynchus leari) ajudam a espalhar as sementes de 18 espécies de plantas no Brasil. Os resultados desafiam a visão predominante de que a dispersão de grandes frutos foi comprometida após a extinção da megafauna na América do Sul durante o Pleistoceno.
Em dezembro, a Tesco,a Nutreco e a Grieg Seafood – três empresas ligadas à indústria de pescado – lançaram uma iniciativa pioneira com objetivo de reduzir o desmatamento no Cerrado por meio de pagamentos para produtores para que conservem a vegetação nativa de suas terras.
No início de janeiro, atentados a locais sagrados, expulsões e violentos embates contra seguranças armados e oficiais do governo estadual assolaram os Kaiowá de Dourados e Rio Brilhante, municípios próximos à fronteira do Mato Grosso do Sul com o Paraguai.
Por três anos, o projeto Bandeiras e Rodovias acompanhou a interação do tamanduá-bandeira com as estradas do Mato Grosso do Sul. Uma das conclusões: mortes por atropelamento reduzem pela metade a taxa de crescimento da espécie.
Em janeiro, líderes indígenas de 47 povos participaram de um evento histórico em uma aldeia Kayapó de Mato Grosso. O encontro foi convocado pelo cacique Raoni Metuktire para articular uma resposta à retórica incendiária e às ações agressivas do governo Bolsonaro contra a população indígena do país.
Novo estudo publicado na revista PNAS modelou os impactos da produção de soja sobre a conservação de espécies em diversos pontos do Cerrado. Por meio de análises em escala municipal, foi possível rastrear perdas de biodiversidade causadas por comerciantes da China e da União Europeia, que importam a soja brasileira para uso em ração animal.
Enquanto o rompimento de barragem da Vale em Brumadinho completa um ano neste 25 de janeiro, a mineradora está com obras em curso para retomar a produção em Mariana, onde em 2015 outra de suas barragens resultou em um dos maiores crimes ambientais da história do Brasil.
Desde 2017, o governo de Minas Gerais avaliou a portas fechadas 108 projetos no estado. O objetivo: facilitar o licenciamento ambiental e reduzir a fiscalização. Desses, 25 projetos são da Vale, quase todos classificados como de alto risco – entre eles a mina do Córrego do Feijão, em Brumadinho, cuja barragem se rompeu em 2019, matando 259 pessoas.
Estudo realizado em Mato Grosso do Sul detecta a presença altos níveis de inseticidas e herbicidas em antas do Cerrado, além de quatro metais pesados usados no cultivo agrícola. Segundo a pesquisa, a anta é um 'animal sentinela', pois atua como um sinal de alerta do que está acontecendo com o meio ambiente.
Batizada de Operação Faroeste pela Polícia Federal, investigação mira a grilagem de terras no oeste da Bahia, um das maiores produtoras de soja do Brasil, em um esquema de corrupção para garantir a venda de decisões judiciais que legitimavam terras roubadas na região.
Se o óleo de palma se tornar uma realidade em larga escala no Brasil, para que não ocorram grandes desmatamentos, o crescimento precisará ser apoiado por uma forte regulamentação e controle.
Este ano, graças a aporte do Fundo Amazônia, o Inpe passará a monitorar o desmatamento no Pantanal, Mata Atlântica, Caatinga e Pampa. Até então, o acompanhamento era restrito à Amazônia e ao Cerrado.
Os mecanismos brasileiros de controle do desmatamento e a legislação ambiental do país — antes considerados sofisticados e bem sucedidos — precisam de uma atualização “urgente”, já que produtores de…
Em 2006, o desmatamento provocado pela expansão da produção de soja na Amazônia brasileira estava causando grande consternação na população e em grupos ambientalistas. Lideradas pelo Greenpeace, ONGs então se…