Novo estudo detectou mais um entre os já muitos impactos do desmatamento no Cerrado: alterações no clima. A perda de vegetação nativa tem provocado aumento de temperatura no bioma, que afeta diretamente a produção de milho, uma das principais commodities da região.
Usinas construídas rio acima reduziram a vazão das águas e fizeram o mar avançar sobre o estuário. O sal espantou os peixes, arruinou os arrozais, reduziu a oferta de água potável e está fazendo a população do Pixaim deixar a comunidade. Secas cada vez mais severas devem agravar o quadro.
Commodities agrícolas foram as grandes responsáveis por incêndios na Amazônia, segundo estudo que cruza dados da Nasa com cadeias de suprimentos das empresas.
Dois biólogos brasileiros dividiram a Floresta Amazônica em 13 sub-regiões diferentes, de acordo com suas árvores e arbustos. Essa distribuição espacial permite direcionar esforços de proteção.
Até 2050, a soja deve ocupar 12 milhões de hectares a mais no Brasil. Estudos científicos, porém, apontam que nesse mesmo espaço de tempo as mudanças climáticas devem causar secas cada vez severas no Cerrado, pondo em risco o cultivo da leguminosa. Resta saber se, até lá, ela não terá levado a vegetação nativa junto.
Dois novos estudos alertam que a ruptura das condições climáticas ameaça degradar de forma irreversível diversos biomas em todo o planeta.
Chuvas atrasadas, secas intensas, rios sem água — em diversas partes da Amazônia, comunidades indígenas vêm testemunhando as transformações decorrentes das alterações no clima. O resultado: mais incêndios, menos alimento disponível.
Além de promover um desastre climático global, a conversão da Floresta Amazônica em savana em razão do desmatamento pode devastar a economia brasileira. Tanto o agronegócio quanto a produção de energia hidrelétrica seriam severamente prejudicados com a redução das chuvas.
Estudo recente descobriu que espécies de besouros rola-bosta sofreram um declínio significativo em diversidade e população em ecossistemas tropicais brasileiros modificados pela ação humana como consequência da intensificação das secas e incêndios após o fenômeno climático El Niño em 2015-2016.
Dinheiro do contribuinte está ajudando a alavancar uma das atividades produtivas mais propensas ao desmatamento no Brasil, segundo estudo. Na última década, os governos estaduais e federal abriram mão de R$ 12,3 bilhões por ano para estimular a criação de gado e a indústria de carne no Brasil. Retorno em impostos, porém, foi de R$ 15,1 bilhões por ano.
Floresta secundária degradada no Brasil armazena apenas duas vezes a taxa de carbono absorvida pela floresta primária, em comparação com taxas até 11 vezes maiores em outros lugares; cientistas poderiam estar superestimando a capacidade de armazenamento de carbono da Amazônia.
Do shampoo inspirado nas teias de aranha ao hotel projetado com base nos atributos térmicos do bico dos tucanos, cientistas e empresas do país estão apostando na inteligência da natureza para criar soluções inovadoras que reduzam os impactos no planeta.
O desmatamento e as mudanças climáticas podem transformar a Floresta Amazônica em savana até 2050. Novas obras de infraestrutura podem acelerar o processo.
Um novo estudo descobriu que o impacto do fogo resultou em depósitos de carbono negro que escurecem as neves das geleiras da Cordilheira dos Andes. A absorção – em vez da reflexão – da radiação solar aumenta o derretimento do gelo, que deve resultar, em curto prazo, num aumento do fluxo d'água das geleiras andinas, provavelmente causando inundações.
Em um documento de 94 páginas intitulado ‘Querida Amazônia’, o papa Francisco fez um forte apelo aos líderes mundiais, às companhias transnacionais e à população de todo o planeta para aumentarem os esforços de proteção da floresta amazônica e dos povos indígenas que nela vivem.
Comunidades tradicionais no Pará serão as primeiras a receber o projeto Amazônia 4.0, que une ciência, inovação e planejamento estratégico para criar uma bioeconomia da floresta em pé.
Modelos climáticos e eventos reais indicam que, a menos que medidas imediatas sejam tomadas, até 70% da Floresta Amazônica pode se tornar savana em menos de 50 anos, com grandes liberações de carbono.
A construção da Usina Hidrelétrica de Belo Monte é o dispositivo narrativo de Sequestrada, primeiro longa-metragem da cineasta e socióloga americana Sabrina McCormick. O filme, que estreou em dezembro em plataformas de streaming, conta a história da jovem indígena Kamudjara em meio às expectativas sobre as profundas mudanças sociais e ambientais resultantes do empreendimento.
Há mais de 50 anos, os Xavante lutam para retomar a soberania da Terra Indígena Marãiwatsédé, em Mato Grosso. O mais recente obstáculo são os planos do governo federal de asfaltar a BR-158, rodovia que atravessa a reserva bem ao meio.
Mega-hidrelétrica na Amazônia foi construída com capacidade para 11.233 MW, mas até agora esteve longe de obter essa meta. Com o desmatamento e a seca causando alterações cada vez mais nítidas na vazão Rio Xingu, é possível que a conta de Belo Monte saia mais cara do que se previa.