O Fundo de Pensões Global do Governo da Noruega, o maior do mundo, pôs as gigantes da mineração e da eletricidade em sua lista de exclusão. O acidente de Brumadinho (MG) e problemas decorrentes da construção da usina de Belo Monte foram catalisadores da decisão.
Lançado um ano após o desastre de Brumadinho, o Global Tailings Portal reúne reúne informações sobre 1.700 barragens que armazenam rejeitos de mineração no mundo inteiro.
Um surto de mineração ilegal de ouro no Pará está causando um aumento dramático na poluição da água dos rios e no desmatamento, à medida que os garimpeiros limpam faixas de floresta ao longo das margens para dar lugar aos garimpos. As lavras invadiram a Terra Indígena Kayapó, vasta região que abriga vários povos, entre eles alguns que vivem em isolamento voluntário do mundo exterior.
O Projeto de Monitoramento da Amazônia Andina (MAAP), da Amazon Conservation, documentou mais de 102 km2 de desmatamento ligado à mineração nas Terras Indígenas Kayapó, Munduruku e Yanomami.
Uma das maiores mineradoras do mundo, a Anglo American, junto com duas subsidiárias brasileiras, tem quase 300 requerimentos de pesquisa registrados na Agência Nacional de Mineração que incidem sobre terras indígenas na Amazônia. Os requerimentos atingem 18 terras indígenas, algumas com a presença de povos isolados.
Um ano depois do rompimento de uma barragem de rejeitos que matou quase 270 pessoas e provocou um tsunami de lama tóxica que destruiu a região de Brumadinho, os indígenas afetados ainda enfrentam dificuldades para ter uma morada distante das águas poluídas do rio Paraopeba.
Enquanto o rompimento de barragem da Vale em Brumadinho completa um ano neste 25 de janeiro, a mineradora está com obras em curso para retomar a produção em Mariana, onde em 2015 outra de suas barragens resultou em um dos maiores crimes ambientais da história do Brasil.
Projeto de lei que libera o garimpo em terras indígenas já está pronto para ser enviado ao Congresso. Pode ser o primeiro passo para um plano ainda maior: ressuscitar a velha ideia dos militares de explorar minérios na Renca, área de floresta virgem do tamanho da Suíça no norte da Amazônia.
Desde 2017, o governo de Minas Gerais avaliou a portas fechadas 108 projetos no estado. O objetivo: facilitar o licenciamento ambiental e reduzir a fiscalização. Desses, 25 projetos são da Vale, quase todos classificados como de alto risco – entre eles a mina do Córrego do Feijão, em Brumadinho, cuja barragem se rompeu em 2019, matando 259 pessoas.
Estratégico para o agronegócio brasileiro, o projeto no município de Autazes envolve graves riscos de danos socioambientais e pode estar sobreposto a terras indígenas.
O Brasil começou a década como um exemplo para o mundo, reduzindo de modo inédito o desmatamento na Amazônia. Sob o governo Bolsonaro, caminha para a ruína ecológica.
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