Comunidades indígenas Yanomami na Venezuela estão sofrendo com as crescentes invasões dos garimpeiros brasileiros. Uma das áreas mais impactadas é a Reserva da Biosfera do Alto Orinoco-Casiquiare, uma área protegida de quase 8,5 milhões de hectares que abriga cerca de 15 mil povos indígenas, diversos mamíferos e répteis ameaçados e mais de 500 espécies de plantas endêmicas.
Coordenadora do Comitê Chico Mendes, criado em homenagem a seu pai, a ativista ambiental Ângela Mendes conta de que maneira tem preservado a memória do líder seringueiro e dado continuidade ao seu legado.
A Suíça é o segundo maior comprador do ouro brasileiro, atrás apenas do Canadá. Importou do Brasil 24,5 toneladas do metal precioso em 2021. O país europeu também abriga algumas das principais refinarias de ouro do mundo. No final de julho, essas refinarias assinaram uma declaração pública em que condenam o garimpo ilegal e se comprometem a rastrear e identificar a origem do metal para evitar o processamento de ouro extraído ilegalmente de Terras Indígenas da Amazônia brasileira.
Em 22 de junho, um grupo de quase 200 indígenas Pataxó ocupou uma plantação de eucaliptos dentro de seu território demarcado na Bahia, incendiando as árvores. A retomada ocorre num contexto de crescente resistência à expansão dos eucaliptos na Bahia e deflagra a frustração dos povos indígenas com a lentidão do processo para ganhar plenos direitos legais sobre suas terras.
Criada em 2018, a primeira e única associação de parteiras tradicionais do Amazonas busca valorizar a profissão frente à crítica dos médicos e à falta de reconhecimento do poder público.
Desde 2004, quando começaram os registros de trabalhadores em condições análogas à escravidão, 1.640 indígenas foram resgatados nessa situação; só na pandemia já são mais de 100 indígenas encontrados em formas de trabalho escravo.
A situação atual da Amazônia Killeen T.J., 2007. A Perfect Storm in Amazon Wilderness, Conservation and Development in the Context of the Initiative for the Integration of the Regional Infrastructure…
Angelsen, A., C. Martius, V. De Sy, A.E. Duchelle, A.M. Larson y T.T. Pham. 2018. Transforming REDD+: Lessons and New Directions. Bogor, Indonesia: Center for International Forestry Research (CIFOR). Boucher,…
Novo documentário denuncia a expansão da monocultura da soja, a mineração em territórios indígenas e a contaminação das águas pelo garimpo e pela atividade petroleira na Floresta Amazônica.
Mineradora de capital canadense finalmente deu início a um processo de consulta aos indígenas que vivem na área – mais de uma década depois de chegar à região e começou a prospectar potássio. A Potássio do Brasil prometeu empregos e prosperidade ao município de Autazes, mas as comunidades indígenas Mura temem que a mina possa poluir os rios, matando os peixes dos quais dependem para sobreviver.
Segundo novo estudo, conservar 3,5 milhões de km2 da floresta, área necessária para preservar suas funções ecológicas, custaria de 1,7 a 2,8 bilhões de dólares anuais. Em contrapartida, a União Europeia gasta cerca de 5,3 bilhões de dólares por ano para manter apenas 1 milhão de hectares, soma total de suas áreas protegidas.
Novo estudo confirmou que a Amazônia Ocidental foi inundada pelas águas do Atlântico há menos tempo do que se pensava. O fenômeno contribuiu para a riqueza da biodiversidade da região, incluindo os golfinhos de água doce.
Em 16 de abril de 2020, a Funai publicou a Instrução Normativa nº 9, que permite o registro de imóveis rurais em Terras Indígenas ainda não demarcadas no Brasil. Desde então, o Governo Federal já certificou e registrou mais de 250 mil hectares de fazendas em territórios de 49 povos indígenas ao redor do Brasil.
No extremo sul da cidade de São Paulo, indígenas Guarani conseguiram recuperar terras degradadas antes usadas para a monocultura de eucalipto. Recolhendo sementes de aldeias de outros estados e países, os indígenas chegaram a plantar mais de 200 variedades livres de qualquer transformação gênica.
Nova investigação estabeleceu uma ligação entre as redes de supermercados, fast food e marcas de comida para pets da Europa com a fazenda Brasília do Sul, de 9.700 hectares, que se tornou sinônimo de abusos aos direitos indígenas no Mato Grosso do Sul. Brasília do Sul abrigava um grupo de indígenas Guarani-Kaiowá, que foi expulso à força nos anos 1950 para abrir caminho ao desenvolvimento agrícola.
A Baixada Maranhense é uma região rica em recursos naturais, explorados de forma sustentável por comunidades tradicionais. O território é impactado pelo agronegócio, mineração e siderurgia, escoados no complexo portuário de São Luís. Nos últimos anos, as tensões entre as comunidades e o avanço do progresso predatório têm se intensificado na região. Terras e campos naturais são mais cobiçados por pecuaristas, criadores de búfalos e grandes projetos de infraestrutura.
Grafiteiros estão pintando murais que contam a história dos povos indígenas e homenageiam sua cultura na capital do Amazonas, o estado brasileiro com a maior população indígena. Lideranças dizem esperar que o movimento aumente a visibilidade dos indígenas que vivem nas cidades, que costumam enfrentar pobreza, insegurança habitacional e o estigma que desencoraja muitos de preservar sua cultura e identidade.
Baseado em dados científicos sobre estado geral de saúde dos ecossistemas aquáticos amazônicos no Brasil, o inédito Índice de Impacto nas Águas da Amazônia sintetiza dados de monitoramento e pesquisa para apontar as áreas mais vulneráveis da floresta.
As maiores áreas de garimpo em Terras Indígenas estão em território Kayapó, Munduruku e Yanomami; juntas, somam quase 10 mil hectares invadidos pela mineração.
Terras Indígenas, Territórios Quilombolas e Unidades de Conservação são as áreas que mais contribuíram com a preservação e regeneração da Amazônia Legal nos últimos anos, aponta artigo. O estudo também mostra que territórios indígenas e quilombolas demarcados contribuíram de duas a três vezes mais para a regeneração da vegetação nativa entre 2012 e 2017.