Desde o início, os acadêmicos perceberam que os programas de desenvolvimento que estavam sendo implantados em toda a Amazônia nas décadas de 1960 e 1970 trariam danos irreversíveis. Tentativas de promover a conservação foram um resultado natural de seus esforços para documentar a biodiversidade e a complexidade ecológica da região. No entanto, esses cientistas não foram os primeiros defensores da Amazônia; essa distinção pertence aos povos indígenas que lutaram para proteger seu modo de vida durante séculos.
Leia aqui o texto em inglês e espanhol
Esses dois grupos, às vezes trabalhando juntos e às vezes de forma independente, motivaram cidadãos de todo o mundo a organizar grupos da sociedade civil, agora conhecidos como “organizações não governamentais” (ONGs), para defender a conservação da biodiversidade, a proteção dos direitos indígenas e, finalmente, a transformação da economia da região. Os governos e o setor privado responderam, implementando políticas e adotando práticas empresariais que buscam travar a deterioração do meio ambiente.
Resta saber, no entanto, se essas ações serão suficientes para mudar o comportamento humano nas áreas fronteiriças ou retardar o aquecimento global no período de tempo necessário para salvar a Amazônia. Essas políticas estão sendo colocadas em dúvida por governos eleitos no Brasil e na Bolívia, que adotaram modelos convencionais de desenvolvimento, pelo caos na Venezuela, e pela prevaricação no Equador, Peru, Guiana e Suriname.
“Uma tempestade perfeita na Amazônia” é um livro de Timothy Killeen que contém as opiniões e análises do autor. A segunda edição foi publicada pela editora britânica The White Horse em 2021, sob os termos de uma licença Creative Commons (licença CC BY 4.0).