Uma confluência de atividades humanas no Brasil e no mundo, incluindo desmatamento e mudanças climáticas, está aquecendo essa paisagem, ameaçando todo o ecossistema com secas, incêndios florestais e perda de habitat. Um plano de hidrovia no Rio Paraguai pode ser uma sentença de morte para a manutenção do equilíbrio do ecossistema pantaneiro.
Em dois assentamentos do Vale do Paraíba, em São Paulo, mulheres estão liderando o processo de integrar a apicultura a técnicas baseadas na agricultura orgânica e regenerativa. Nos últimos cinco anos, as novas apicultoras relatam melhorias na qualidade do solo, redução da erosão e maior diversidade de pássaros e abelhas nativas.
Milhares de anfíbios morrem nas Américas em decorrência de um fungo letal, Batrachochytrium dendrobatidis (Bd), que causa uma doença chamada quitridiomicose. Algumas das espécies mais afetadas são as do gênero Atelopus, conhecidas como sapos-arlequim; por suas cores vivas, são chamados de “joias da região neotropical”.
O comércio legal e ilegal de animais selvagens continua crescendo em paralelo ao aumento dos investimentos chineses na região amazônica, refletindo uma tendência similar ao tráfico chinês que devastou elefantes, rinocerontes e pangolins na África.
Moisés Oliveira de Carmo relata um dia em 2020, quando viu uma cadeia de chamas se espalhar lateralmente nas bordas de sua fazenda, unindo-se para então criar uma enorme parede…
Conservacionistas dizem que investir no ecoturismo baseado em primatas, usando como referência o modelo já estabelecido de observação de aves e aproveitando a infraestrutura agroindustrial existente, poderia oferecer uma solução de conservação eficaz.
O Brasil tem registrado mais de 2 mil colisões entre animais e aeronaves por ano; os números, porém, são subnotificados e não especificam todas as espécies atingidas. Quero-queros (Vanellus chilensis), carcarás (Caracara plancus) e urubus (família Cathartidae) são as espécies mais afetadas.
Um programa de monitoramento comunitário de longa duração na região do Médio Amazonas identificou o número de felídeos selvagens mortos, motivações para a caça e muitos outros detalhes.
Nova pesquisa brasileira mostra que os insetos terrestres estão diminuindo tanto em abundância quanto em diversidade; populações de insetos aquáticos permanecem estáveis.
Estudo inédito analisa a biodiversidade presente em mais de 16 mil minutos de sons gravados na Floresta Nacional de Carajás, área protegida no sudeste do Pará. Cerca de 230 espécies de aves já foram reconhecidas em 7 mil minutos de gravação.
Expedição do Projeto Mantis ao Delta do Amazonas registra a fauna que se revela quando a noite cai sobre a maior floresta do mundo. Os pesquisadores focaram nos insetos e outros animais de pequeno porte, com destaque para espécies de louva-a-deus ainda não descritas pela ciência.
Há 15 anos, o Projeto Quatis monitora as populações de quatis no Parque Municipal das Mangabeiras, em Belo Horizonte. Interações com visitantes, moradores no entorno e animais domésticos contribuem não só para a alta densidade populacional dos quatis como também para o intercâmbio de doenças entre animais silvestres, animais domésticos e humanos.
Pescadores artesanais e industriais relatam incremento no volume e variedade de espécies na Lagoa do Patos e na costa do Rio Grande do Sul. Fartura coincide com o período posterior à aprovação de uma lei que veta a pesca de arrasto motorizada na costa gaúcha, sancionada em 2018.
Novos incêndios estão atingindo trechos do Pantanal, inclusive o Parque Estadual do Rio Negro, área protegida com rica biodiversidade de espécies de plantas e animais. As chamas afetaram pelo menos 10.062 hectares do parque de 78.302 hectares.
Os impactos da operação das ferrovias brasileiras sobre a fauna silvestre são pouco conhecidos por pesquisadores, operadores do sistema e pelo próprio governo. Nas regiões cortadas pelos 30 mil quilômetros de trilhos instalados no país, os atropelamentos são o problema que mais chama a atenção.
A arara-azul, o maior psitacídeo do mundo, está prestes a voltar à lista de espécies ameaçadas do Brasil, menos de uma década depois que intensos esforços de conservação a tiraram da lista. Especialistas em conservação atribuem a queda na população dessas aves à perda de habitat devido aos incêndios no Pantanal e ao desmatamento contínuo na Amazônia e no Cerrado.
Estudo mapeia as áreas de maior risco para primatas no mundo de acordo com o impacto exercido por estruturas como estradas, ferrovias, linhas de transmissão de energia e oleodutos. Brasil, Tailândia, Indonésia e China estão no topo da lista.
Grupo de pesquisadores decidiu quantificar o impacto da possível reabertura da Estrada do Colono, fechada desde 2001, sobre o número de crimes ambientais dentro do Parque Nacional do Iguaçu.
De olhos esbugalhados e pele verde brilhante, a rã amazônica kambô (Phyllomedusa bicolor) é conhecida pelas propriedades medicinais de sua secreção, usada por diversos povos indígenas amazônicos. E ela já…
Os mais de 1,7 milhão de quilômetros de rodovias e estradas brasileiras são palco diário de colisões entre veículos e animais. Estimativa sugere que mais de 400 milhões de vertebrados silvestres morram atropelados todo ano no Brasil.