Estudos recentes mostram que o sistema agrivoltaico pode servir como estratégia de desenvolvimento sustentável ao otimizar duas atividades produtivas num mesmo espaço: a produção de alimentos e a geração de energia solar. O primeiro sistema agrivoltaico no Brasil, chamado Ecolume, foi desenvolvido por uma rede nacional de mais de 40 pesquisadores e instalado em uma escola de agroecologia de Pernambuco em 2019.
Segundo novo estudo, conservar 3,5 milhões de km2 da floresta, área necessária para preservar suas funções ecológicas, custaria de 1,7 a 2,8 bilhões de dólares anuais. Em contrapartida, a União Europeia gasta cerca de 5,3 bilhões de dólares por ano para manter apenas 1 milhão de hectares, soma total de suas áreas protegidas.
Novo estudo confirmou que a Amazônia Ocidental foi inundada pelas águas do Atlântico há menos tempo do que se pensava. O fenômeno contribuiu para a riqueza da biodiversidade da região, incluindo os golfinhos de água doce.
Em 16 de abril de 2020, a Funai publicou a Instrução Normativa nº 9, que permite o registro de imóveis rurais em Terras Indígenas ainda não demarcadas no Brasil. Desde então, o Governo Federal já certificou e registrou mais de 250 mil hectares de fazendas em territórios de 49 povos indígenas ao redor do Brasil.
Pesquisadores reuniram mais de 154 mil registros de imagens feitas com armadilhas fotográficas na Floresta Amazônica, registrando 317 espécies de aves, mamíferos e répteis. Este é o primeiro estudo que reúne imagens desse tipo em toda a Amazônia nesta escala, abrangendo Brasil, Bolívia, Colômbia, Equador, Guiana Francesa, Peru, Suriname e Venezuela.
No Maranhão, estado com a menor renda domiciliar do Brasil, comunidades convivem 24 horas por dia com os impactos dos trens da mineradora Vale. Moradores às margens da ferrovia relatam um longo histórico de problemas de saúde, danos à estrutura de suas casas, atropelamentos, mortes e falta de diálogo por parte da empresa.
Empresas em todo o mundo estão alcançando resultados promissores usando fontes naturais, conhecimento tradicional e técnicas avançadas de biotecnologia para desenvolver materiais sustentáveis para a indústria da moda, substituindo couros e peles de animais e reduzindo os impactos de uma das indústrias mais poluentes do mundo.
De olhos esbugalhados e pele verde brilhante, a rã amazônica kambô (Phyllomedusa bicolor) é conhecida pelas propriedades medicinais de sua secreção, usada por diversos povos indígenas amazônicos. E ela já…
Nova investigação estabeleceu uma ligação entre as redes de supermercados, fast food e marcas de comida para pets da Europa com a fazenda Brasília do Sul, de 9.700 hectares, que se tornou sinônimo de abusos aos direitos indígenas no Mato Grosso do Sul. Brasília do Sul abrigava um grupo de indígenas Guarani-Kaiowá, que foi expulso à força nos anos 1950 para abrir caminho ao desenvolvimento agrícola.
Pesquisadores britânicos analisaram imagens de 4.500 passeriformes e detectaram que sua plumagem é 30% mais colorida em regiões como a Amazônia brasileira, o oeste da África e o Sudeste Asiático, em comparação com espécies de zonas temperadas.
A Baixada Maranhense é uma região rica em recursos naturais, explorados de forma sustentável por comunidades tradicionais. O território é impactado pelo agronegócio, mineração e siderurgia, escoados no complexo portuário de São Luís. Nos últimos anos, as tensões entre as comunidades e o avanço do progresso predatório têm se intensificado na região. Terras e campos naturais são mais cobiçados por pecuaristas, criadores de búfalos e grandes projetos de infraestrutura.
Pesquisadores identificaram que, dos cerca de 4,5 milhões de hectares de floresta nativa restaurados na Mata Atlântica entre 1985 e 2019, 1,5 milhão de hectares voltou a ser cortado depois de quatro a oito anos.
Alvos da agropecuária e da urbanização, as últimas paisagens de butiás resistem em municípios do Rio Grande do Sul. Projeto experimental propõe o manejo do gado em áreas de butiazais como forma de impedir que os brotos sejam comidos pelo rebanho.
Baseado em dados científicos sobre estado geral de saúde dos ecossistemas aquáticos amazônicos no Brasil, o inédito Índice de Impacto nas Águas da Amazônia sintetiza dados de monitoramento e pesquisa para apontar as áreas mais vulneráveis da floresta.
No século 19, revoltosos da Cabanagem refugiaram-se em lugares remotos do Pará, onde criaram comunidades que hoje se empenham em manter a posse de suas terras. Depois de sofrer com impactos na caça e na pesca decorrentes da construção da hidrelétrica de Tucuruí, os quilombolas agora se veem envoltos em conflitos de terra com empresas associadas à extração do óleo de palma.
As maiores áreas de garimpo em Terras Indígenas estão em território Kayapó, Munduruku e Yanomami; juntas, somam quase 10 mil hectares invadidos pela mineração.
Terras Indígenas, Territórios Quilombolas e Unidades de Conservação são as áreas que mais contribuíram com a preservação e regeneração da Amazônia Legal nos últimos anos, aponta artigo. O estudo também mostra que territórios indígenas e quilombolas demarcados contribuíram de duas a três vezes mais para a regeneração da vegetação nativa entre 2012 e 2017.
Levantamento inédito mapeou a distribuição original de 145 espécies de grandes mamíferos, mostrando como elas tiveram suas áreas reduzidas pela atividade humana. Algumas espécies se tornaram “refugiadas climáticas” ao se verem restritas a regiões com clima diferente daquele em que seus antepassados viviam.
Como autor de best-sellers, cofundador da premiada Amazon Conservation Team e aclamado orador público, Mark Plotkin é um dos etnobotânicos e conservacionistas da floresta tropical mais proeminentes do mundo.
Relatório aponta que 2021 foi o ano com o maior volume de derrubadas na área de influência da rodovia, que corta o estado do Amazonas, ligando Manaus a Porto Velho, capital de Rondônia. Em janeiro de 2022, o corte de árvores na região foi 339% maior do que em janeiro do ano anterior.