Garimpeiro não faz home office. Enquanto o mundo parou por causa da covid-19, em 2020, a busca por minério enterrado em terras indígenas da Amazônia não deu trégua, atingindo o…
Espalhados pelos arredores dos municípios de Itaituba e Jacareacanga, no Pará, maior polo de mineração ilegal do Brasil, os garimpos de Raimunda Oliveira Nunes revelam um empreendimento familiar que, ao…
Deputados estaduais de Roraima aprovaram um projeto de lei que legaliza o garimpo no estado sem necessidade de estudos prévios. Emendas também legalizaram o uso do mercúrio, que é tóxico, para o processamento do ouro, e aumentaram o tamanho máximo permitido das áreas de mineração.
"No Rio Marauiá, aqui embaixo, tá tendo muita virose que é forte e até hoje tá apresentando também coisa de covid-19. Eu estou muito preocupado, porque já foram três óbitos…
Não é apenas a pandemia de Covid-19 que preocupa os moradores de Jacareacanga, no sudoeste do Pará. No dia 4 de novembro, a Secretaria de Saúde do Município enviou um…
Levantamento exclusivo revela 145 requerimentos protocolados na Agência Nacional de Mineração até 3 de novembro, o maior volume em 24 anos.
Em 2009, comunidades no município de Juruti (PA) obtiveram um documento inédito no país: o título coletivo das terras e o direito de cobrar pela sua exploração. Na época, a Alcoa estava finalizando as obras de sua jazida.
São 156 barragens críticas de todos os tipos em 22 estados, segundo a Agência Nacional de Águas. Em 2018, eram 68 estruturas nessa condição. Minas Gerais responde por mais da metade, boa parte delas de mineradoras.
Em Oriximiná, 26 barragens de rejeitos da Mineração Rio do Norte (MRN) assombram as comunidades vizinhas. Além do risco de colapso, os moradores a água mudar de cor, possivelmente contaminada com resíduos de bauxita.
Acompanhamos o dia a dia dos empresários e trabalhadores das dragas de ouro no Rio Madeira, em Rondônia. Apesar de ser uma atividade ilegal, a extração funciona abertamente diante da capital Porto Velho.
Nos quatro primeiros meses do ano, 29 toneladas de ouro foram oficialmente extraídas no Brasil. A alta mundial na cotação do metal afeta unidades de conservação e terras indígenas da Amazônia, pressionadas pela presença crescente de garimpeiros.
Novo parecer técnico mostra que o projeto da mineradora Belo Sun na Volta Grande do Xingu tem falhas estruturais gravíssimas. Estudos sísmicos inexistentes, impactos ignorados, dezenas de perguntas sem resposta e o trauma gerado pela usina vizinha de Belo Monte nas comunidades locais tornam o cenário ainda mais complexo.
Cenário do maior desastre ambiental da história da Amazônia, a comunidade quilombola de Boa Vista ainda não viu os benefícios de ter como vizinha a quarta maior produtora de minério de alumínio no mundo.
O Fundo de Pensões Global do Governo da Noruega, o maior do mundo, pôs as gigantes da mineração e da eletricidade em sua lista de exclusão. O acidente de Brumadinho (MG) e problemas decorrentes da construção da usina de Belo Monte foram catalisadores da decisão.
Lançado um ano após o desastre de Brumadinho, o Global Tailings Portal reúne reúne informações sobre 1.700 barragens que armazenam rejeitos de mineração no mundo inteiro.
Um surto de mineração ilegal de ouro no Pará está causando um aumento dramático na poluição da água dos rios e no desmatamento, à medida que os garimpeiros limpam faixas de floresta ao longo das margens para dar lugar aos garimpos. As lavras invadiram a Terra Indígena Kayapó, vasta região que abriga vários povos, entre eles alguns que vivem em isolamento voluntário do mundo exterior.
O Projeto de Monitoramento da Amazônia Andina (MAAP), da Amazon Conservation, documentou mais de 102 km2 de desmatamento ligado à mineração nas Terras Indígenas Kayapó, Munduruku e Yanomami.
Uma das maiores mineradoras do mundo, a Anglo American, junto com duas subsidiárias brasileiras, tem quase 300 requerimentos de pesquisa registrados na Agência Nacional de Mineração que incidem sobre terras indígenas na Amazônia. Os requerimentos atingem 18 terras indígenas, algumas com a presença de povos isolados.
Dados exclusivos mostram que a mineradora tem 11 processos de pesquisa abertos na Agência Nacional de Mineração (ANM) que incidem diretamente sobre as TIs Arara da Volta Grande do Xingu e Trincheira Bacajá, no Pará. O projeto foi planejado para ser a maior de exploração de ouro a céu aberto da América Latina.
O garimpo ilegal de cassiterita, associado a agropecuária ilegal e à construção de estradas, tem contribuído para o desmatamento de um das áreas de maior biodiversidade na Amazônia.