Analisando os padrões de temperatura nos últimos 40 anos em cinco pontos do litoral brasileiro, cientistas confirmaram os impactos do aquecimento global no país: verões mais quentes, mais ondas de calor e maior amplitude térmica ao longo do dia.
Um estudo recente analisou 40 anos de medições de temperatura do ar em mais de 65 mil locais ao redor do mundo para investigar como as mudanças em uma região se propagam através do sistema climático, afetando as temperaturas em outras partes do globo.
Levantamento inédito descobriu que os manguezais da costa brasileira armazenam até 4,3 vezes mais carbono nos primeiros 100 centímetros de solo quando comparados a outros biomas vegetados no país, incluindo a Amazônia.
Estudo da Embrapa diz que até 2025 os Puyanawa deixarão de emitir cerca de 6,4 mil toneladas de gás carbônico por ano - equivalente a R$ 200 mil por ano.
De acordo com os autores, a redução florestal fez com que um dos maiores sumidouros de carbono do mundo gerasse quase 500 milhões de toneladas de emissões de CO2, uma quantidade maior do que as emissões anuais de países desenvolvidos como o Reino Unido e a Austrália.
“A gente mora aqui no Pará e uma das grandes produções que a gente tem é o açaí, e ultimamente a gente tem tido uma perda muito grande por essa…
Análise de 20 anos de dados de satélites mostra diferenças significativas de temperatura em terras agrícolas no sul da Amazônia, dependendo do tamanho da propriedade.
Se a Amazônia perder 3 a 8% a mais de sua cobertura florestal, alertam pesquisadores, pode passar do ponto irreversível de se tornar uma savana degradada. No resto do Brasil, isso poderá se traduzir em secas de imensas proporções.
Além de identificar as ameaças que pairam sobre a biodiversidade marinha brasileira, pesquisadores também definiram cerca de 280 mil km2 de áreas prioritárias para proteção.
A partir do modelo desenvolvido, cientistas conseguiram antecipar seis entre os sete principais eventos de seca desde a década de 80. Com as informações, agricultores e comunidades tradicionais amazônicas poderão se planejar e sofrer menos com a interferência do clima.
Commodities agrícolas foram as grandes responsáveis por incêndios na Amazônia, segundo estudo que cruza dados da Nasa com cadeias de suprimentos das empresas.
Dois novos estudos alertam que a ruptura das condições climáticas ameaça degradar de forma irreversível diversos biomas em todo o planeta.
Chuvas atrasadas, secas intensas, rios sem água — em diversas partes da Amazônia, comunidades indígenas vêm testemunhando as transformações decorrentes das alterações no clima. O resultado: mais incêndios, menos alimento disponível.
Além de promover um desastre climático global, a conversão da Floresta Amazônica em savana em razão do desmatamento pode devastar a economia brasileira. Tanto o agronegócio quanto a produção de energia hidrelétrica seriam severamente prejudicados com a redução das chuvas.
Estudo recente descobriu que espécies de besouros rola-bosta sofreram um declínio significativo em diversidade e população em ecossistemas tropicais brasileiros modificados pela ação humana como consequência da intensificação das secas e incêndios após o fenômeno climático El Niño em 2015-2016.
Dinheiro do contribuinte está ajudando a alavancar uma das atividades produtivas mais propensas ao desmatamento no Brasil, segundo estudo. Na última década, os governos estaduais e federal abriram mão de R$ 12,3 bilhões por ano para estimular a criação de gado e a indústria de carne no Brasil. Retorno em impostos, porém, foi de R$ 15,1 bilhões por ano.
Floresta secundária degradada no Brasil armazena apenas duas vezes a taxa de carbono absorvida pela floresta primária, em comparação com taxas até 11 vezes maiores em outros lugares; cientistas poderiam estar superestimando a capacidade de armazenamento de carbono da Amazônia.
O desmatamento e as mudanças climáticas podem transformar a Floresta Amazônica em savana até 2050. Novas obras de infraestrutura podem acelerar o processo.
Um novo estudo descobriu que o impacto do fogo resultou em depósitos de carbono negro que escurecem as neves das geleiras da Cordilheira dos Andes. A absorção – em vez da reflexão – da radiação solar aumenta o derretimento do gelo, que deve resultar, em curto prazo, num aumento do fluxo d'água das geleiras andinas, provavelmente causando inundações.
Em um documento de 94 páginas intitulado ‘Querida Amazônia’, o papa Francisco fez um forte apelo aos líderes mundiais, às companhias transnacionais e à população de todo o planeta para aumentarem os esforços de proteção da floresta amazônica e dos povos indígenas que nela vivem.