Criada em 2018, a Reserva Extrativista Baixo Rio Branco-Jauaperi ainda espera por um plano de manejo e pela criação de um conselho de representantes das comunidades locais.
Nas eleições de 2018, 422 candidatos em todas as Unidades da Federação receberam doações de pessoas e sócios de empresas ligadas a crimes ambientais na Amazônia; 156 deles foram eleitos. Mato Grosso foi o líder em doações: 62 candidatos receberam R$ 6 milhões de infratores multados pelo Ibama. Total das multas por crimes ambientais desses financiadores supera R$ 260 milhões.
Neidinha, Almir e Txai Suruí estão à frente da luta contra o avanço do desmatamento em duas das Terras Indígenas mais ameaçadas de Rondônia: a Sete de Setembro e a Uru-Eu-Wau-Wau. Apontado como uma das novas fronteiras do desmatamento na Amazônia, Rondônia tem sido alvo do crescimento de atividades ilegais como grilagem, garimpo e roubo de madeira dentro de territórios indígenas demarcados.
As gigantes do comércio de commodities Cargill e Bunge compram parte da soja usada em ração para frangos e animais de estimação de terras onde comunidades indígenas sofreram violência e das quais foram expulsas, de acordo com uma nova reportagem da Earthsight, organização que investiga injustiças ambientais e sociais.
Em março, 15 comunidades ribeirinhas do Rio Manicoré, no Amazonas, conquistaram, de maneira coletiva, uma Concessão de Direito Real de Uso (CDRU); é a primeira que isso ocorre no estado. Parte destes ribeirinhos luta, desde 2006, para que o território seja transformado em Reserva de Desenvolvimento Sustentável. Mas, por medo e desinformação espalhados por madeireiros e grileiros, a maioria dos comunitários não aprova a reserva.
Novos incêndios estão atingindo trechos do Pantanal, inclusive o Parque Estadual do Rio Negro, área protegida com rica biodiversidade de espécies de plantas e animais. As chamas afetaram pelo menos 10.062 hectares do parque de 78.302 hectares.
Desde que foi criada, em 2006, a Área de Proteção Ambiental (APA) Triunfo do Xingu, no Pará, já perdeu 35% de suas florestas primárias. A APA foi criada para servir como zona de amortecimento para áreas vulneráveis adjacentes, tais como a Terra Indígena Apyterewa e a Estação Ecológica Terra do Meio, mas o desmatamento se espalhou para ambas as reservas.
Os impactos da operação das ferrovias brasileiras sobre a fauna silvestre são pouco conhecidos por pesquisadores, operadores do sistema e pelo próprio governo. Nas regiões cortadas pelos 30 mil quilômetros de trilhos instalados no país, os atropelamentos são o problema que mais chama a atenção.
Comunidades indígenas Yanomami na Venezuela estão sofrendo com as crescentes invasões dos garimpeiros brasileiros. Uma das áreas mais impactadas é a Reserva da Biosfera do Alto Orinoco-Casiquiare, uma área protegida de quase 8,5 milhões de hectares que abriga cerca de 15 mil povos indígenas, diversos mamíferos e répteis ameaçados e mais de 500 espécies de plantas endêmicas.
Dos 27 estados brasileiros, 24 estão conectados à Amazônia pelos crimes ambientais. Essas ramificações, identificadas a partir de dados de mais de 300 operações da Polícia Federal entre 2016 e 2021, envolvem 254 municípios.
Coordenadora do Comitê Chico Mendes, criado em homenagem a seu pai, a ativista ambiental Ângela Mendes conta de que maneira tem preservado a memória do líder seringueiro e dado continuidade ao seu legado.
A Suíça é o segundo maior comprador do ouro brasileiro, atrás apenas do Canadá. Importou do Brasil 24,5 toneladas do metal precioso em 2021. O país europeu também abriga algumas das principais refinarias de ouro do mundo. No final de julho, essas refinarias assinaram uma declaração pública em que condenam o garimpo ilegal e se comprometem a rastrear e identificar a origem do metal para evitar o processamento de ouro extraído ilegalmente de Terras Indígenas da Amazônia brasileira.
Em 12 de setembro de 2021, o francês Victor Rault zarpou de Plymouth, na Inglaterra, a bordo do navio Captain Darwin. O objetivo: percorrer a mesma rota do naturalista inglês e avaliar como estão hoje as espécies que ele descreveu no século 19.
Em 22 de junho, um grupo de quase 200 indígenas Pataxó ocupou uma plantação de eucaliptos dentro de seu território demarcado na Bahia, incendiando as árvores. A retomada ocorre num contexto de crescente resistência à expansão dos eucaliptos na Bahia e deflagra a frustração dos povos indígenas com a lentidão do processo para ganhar plenos direitos legais sobre suas terras.
A mineradora Brazil Iron vem assoreando nascentes e espalhando poeira tóxica nos cafezais e canaviais de comunidades tradicionais da região da Chapada Diamantina, na Bahia. Os cafés especiais de Piatã vem conquistando importantes prêmios internacionais, enquanto a cachaça de Abaíra foi reconhecida com o selo de Indicação Geográfica pela qualidade do produto.
A arara-azul, o maior psitacídeo do mundo, está prestes a voltar à lista de espécies ameaçadas do Brasil, menos de uma década depois que intensos esforços de conservação a tiraram da lista. Especialistas em conservação atribuem a queda na população dessas aves à perda de habitat devido aos incêndios no Pantanal e ao desmatamento contínuo na Amazônia e no Cerrado.
Estudo mapeia as áreas de maior risco para primatas no mundo de acordo com o impacto exercido por estruturas como estradas, ferrovias, linhas de transmissão de energia e oleodutos. Brasil, Tailândia, Indonésia e China estão no topo da lista.
Para conquistar o mercado mundial, os três grandes frigoríficos brasileiros – JBS, Marfrig e Minerva – foram atrás de capital estrangeiro. Hoje são todos transnacionais, com os fundadores originais possuindo apenas ações minoritárias. Investidores estrangeiros, incluindo empresas de gestão de ativos e fundos de pensão, agora possuem grandes participações, o que significa que cidadãos comuns nos EUA e na Europa estão ajudando a financiar o desmatamento da Amazônia por meio de seus investimentos.
Grupo de pesquisadores decidiu quantificar o impacto da possível reabertura da Estrada do Colono, fechada desde 2001, sobre o número de crimes ambientais dentro do Parque Nacional do Iguaçu.
A retirada da madeira mais cara da floresta equatorial sul-americana acompanha as maiores frentes de desmatamento criminoso na Amazônia brasileira.