Quase metade do Cerrado já foi desmatado, e não são poucas as iniciativas que propõem restaurá-lo plantando florestas. Reflorestar o Cerrado com árvores pode descaracterizar o bioma, causar alterações na biodiversidade e impactar a disponibilidade de água no solo.
A Ferrogrão (EF-170) foi projetada para reduzir custos de transporte de cargas entre o Mato Grosso e o Pará, onde a soja representa um dos principais produtos de exportação. Mas a ferrovia esbarra em resistências de povos indígenas que serão afetados por riscos socioambientais. Seu traçado corre paralelamente à BR-163, obra que já causou impactos não compensados para populações tradicionais.
A construção de barragens é uma das ferramentas mais antigas para gerenciamento de água doce. A prática atingiu um pico internacional nas décadas de 1960 e 1970, porém, nos últimos anos, a construção de barragens vem enfrentando críticas globais crescentes à medida que se acumula o alto preço ambiental pago por seus benefícios.
Nova investigação estabeleceu uma ligação entre as redes de supermercados, fast food e marcas de comida para pets da Europa com a fazenda Brasília do Sul, de 9.700 hectares, que se tornou sinônimo de abusos aos direitos indígenas no Mato Grosso do Sul. Brasília do Sul abrigava um grupo de indígenas Guarani-Kaiowá, que foi expulso à força nos anos 1950 para abrir caminho ao desenvolvimento agrícola.
Enquanto alguns observadores defendem uma abordagem na qual se empregue uma recompensa para alcançar o resultado desejado, pagando aos agricultores para não desmatar, outros defendem uma que se faça uso de uma punição que cortaria o acesso ao mercado para os agricultores que desmatam.
O combate ao desmatamento no Brasil, especialmente na Amazônia, é um tema de interesse global. Evidências apontam que a Floresta Amazônica contribui para a regulação climática mundial (Malhi et al.…
Entre os projetos considerados prioritários para o governo federal neste início de ano, a ferrovia EF-170, conhecida como Ferrogrão, deve começar a ser licenciada em abril. A previsão é que…
Quase um quinto da soja e dos grãos do Brasil já correm pelos rios da Amazônia. Um boom na construção de portos fluviais privados, com pouca supervisão governamental, ameaça ainda mais os cursos d'água da região.
Há mais de um século, as comunidades de fecho de pasto no oeste baiano preservam o Cerrado criando gado em terras de uso comum, coletando espécies nativas e cultivando alimentos orgânicos.
Segundo novo levantamento do MapBiomas, 87,2 milhões de hectares de áreas de vegetação nativa foram destruídos de 1985 a 2019. Metade na Amazônia.
Estima-se que mais de 80% da soja produzida nas fazendas onde houve desmatamento ilegal seguiu para mercados internacionais, principalmente China e União Europeia. Maior produtor e exportador da soja brasileira, Mato Grosso é pioneiro em termos de transparência de dados.
Há dois anos, Centro-Oeste, Sul e parte do Sudeste vêm registrando chuvas abaixo das médias históricas, prejudicando culturas agrícolas. Segundo boletim recente do Cemaden, órgão do governo federal, um dos responsáveis é o próprio agronegócio.
Nova pesquisa afirma que grandes reservas protegidas legalmente são necessárias para que os povos indígenas mantenham seus meios tradicionais de subsistência.
Novo estudo detectou mais um entre os já muitos impactos do desmatamento no Cerrado: alterações no clima. A perda de vegetação nativa tem provocado aumento de temperatura no bioma, que afeta diretamente a produção de milho, uma das principais commodities da região.
Commodities agrícolas foram as grandes responsáveis por incêndios na Amazônia, segundo estudo que cruza dados da Nasa com cadeias de suprimentos das empresas.
No interior de São Paulo, 2,5 milhões de árvores da Mata Atlântica foram plantadas para viabilizar a sobrevivência de um dos primatas mais raros do mundo.
Até 2050, a soja deve ocupar 12 milhões de hectares a mais no Brasil. Estudos científicos, porém, apontam que nesse mesmo espaço de tempo as mudanças climáticas devem causar secas cada vez severas no Cerrado, pondo em risco o cultivo da leguminosa. Resta saber se, até lá, ela não terá levado a vegetação nativa junto.
Em seu primeiro estudo na região, a brasileira Patrícia Medici, premiada com o Whitley Gold Award, quer compreender como o maior mamífero terrestre da América do Sul reage a alterações na floresta causadas pela atividade econômica.
Neste artigo, especialistas defendem um modelo de ações integradas e intensivas para combater o desmatamento na Amazônia.
No Dia Internacional da Biodiversidade, o líder do Fundo de Parceria para Ecossistemas Críticos chama a atenção para a importância ambiental da savana tropical mais biodiversa do planeta.