Um artigo publicado recentemente por três pesquisadores brasileiros revela que, sem novas estratégias de conservação e uma mudança radical de rumo na política ambiental do país, metas firmadas em pactos globais para a Mata Atlântica não serão atingidas. Restam hoje apenas 12,4% da cobertura original do bioma.
Novo estudo detectou mais um entre os já muitos impactos do desmatamento no Cerrado: alterações no clima. A perda de vegetação nativa tem provocado aumento de temperatura no bioma, que afeta diretamente a produção de milho, uma das principais commodities da região.
Usinas construídas rio acima reduziram a vazão das águas e fizeram o mar avançar sobre o estuário. O sal espantou os peixes, arruinou os arrozais, reduziu a oferta de água potável e está fazendo a população do Pixaim deixar a comunidade. Secas cada vez mais severas devem agravar o quadro.
Commodities agrícolas foram as grandes responsáveis por incêndios na Amazônia, segundo estudo que cruza dados da Nasa com cadeias de suprimentos das empresas.
Dois biólogos brasileiros dividiram a Floresta Amazônica em 13 sub-regiões diferentes, de acordo com suas árvores e arbustos. Essa distribuição espacial permite direcionar esforços de proteção.
Até 2050, a soja deve ocupar 12 milhões de hectares a mais no Brasil. Estudos científicos, porém, apontam que nesse mesmo espaço de tempo as mudanças climáticas devem causar secas cada vez severas no Cerrado, pondo em risco o cultivo da leguminosa. Resta saber se, até lá, ela não terá levado a vegetação nativa junto.
Dois novos estudos alertam que a ruptura das condições climáticas ameaça degradar de forma irreversível diversos biomas em todo o planeta.
Chuvas atrasadas, secas intensas, rios sem água — em diversas partes da Amazônia, comunidades indígenas vêm testemunhando as transformações decorrentes das alterações no clima. O resultado: mais incêndios, menos alimento disponível.
Lançado um ano após o desastre de Brumadinho, o Global Tailings Portal reúne reúne informações sobre 1.700 barragens que armazenam rejeitos de mineração no mundo inteiro.
Além de promover um desastre climático global, a conversão da Floresta Amazônica em savana em razão do desmatamento pode devastar a economia brasileira. Tanto o agronegócio quanto a produção de energia hidrelétrica seriam severamente prejudicados com a redução das chuvas.
Dinheiro do contribuinte está ajudando a alavancar uma das atividades produtivas mais propensas ao desmatamento no Brasil, segundo estudo. Na última década, os governos estaduais e federal abriram mão de R$ 12,3 bilhões por ano para estimular a criação de gado e a indústria de carne no Brasil. Retorno em impostos, porém, foi de R$ 15,1 bilhões por ano.
Floresta secundária degradada no Brasil armazena apenas duas vezes a taxa de carbono absorvida pela floresta primária, em comparação com taxas até 11 vezes maiores em outros lugares; cientistas poderiam estar superestimando a capacidade de armazenamento de carbono da Amazônia.
Do shampoo inspirado nas teias de aranha ao hotel projetado com base nos atributos térmicos do bico dos tucanos, cientistas e empresas do país estão apostando na inteligência da natureza para criar soluções inovadoras que reduzam os impactos no planeta.
O desmatamento e as mudanças climáticas podem transformar a Floresta Amazônica em savana até 2050. Novas obras de infraestrutura podem acelerar o processo.
Um novo estudo descobriu que o impacto do fogo resultou em depósitos de carbono negro que escurecem as neves das geleiras da Cordilheira dos Andes. A absorção – em vez da reflexão – da radiação solar aumenta o derretimento do gelo, que deve resultar, em curto prazo, num aumento do fluxo d'água das geleiras andinas, provavelmente causando inundações.
O Projeto de Monitoramento da Amazônia Andina publicou uma análise dos dados preliminares do desmatamento na Amazônia ocorrido em 2019. Os números indicam que o desmatamento ao longo do ano diminuiu, ainda que pouco, ou manteve-se estável em quatro dos cinco países incluídos no estudo.
Em um documento de 94 páginas intitulado ‘Querida Amazônia’, o papa Francisco fez um forte apelo aos líderes mundiais, às companhias transnacionais e à população de todo o planeta para aumentarem os esforços de proteção da floresta amazônica e dos povos indígenas que nela vivem.
Comunidades tradicionais no Pará serão as primeiras a receber o projeto Amazônia 4.0, que une ciência, inovação e planejamento estratégico para criar uma bioeconomia da floresta em pé.
Modelos climáticos e eventos reais indicam que, a menos que medidas imediatas sejam tomadas, até 70% da Floresta Amazônica pode se tornar savana em menos de 50 anos, com grandes liberações de carbono.
Enquanto o rompimento de barragem da Vale em Brumadinho completa um ano neste 25 de janeiro, a mineradora está com obras em curso para retomar a produção em Mariana, onde em 2015 outra de suas barragens resultou em um dos maiores crimes ambientais da história do Brasil.