Retardantes de chamas como os que foram usados recentemente na Chapada dos Veadeiros e no Pantanal produzem impactos ambientais que, em casos mais graves, podem ocasionar a perda total de vegetação.
"Foi um dia difícil. Estamos no meio de um combate contra um incêndio em uma das comunidades mais emblemáticas do Pantanal. Pela primeira vez em nove meses, o fogo está…
A partir do modelo desenvolvido, cientistas conseguiram antecipar seis entre os sete principais eventos de seca desde a década de 80. Com as informações, agricultores e comunidades tradicionais amazônicas poderão se planejar e sofrer menos com a interferência do clima.
Novo estudo mostra que a Caatinga está severamente ameaçada pela atividade humana. Com mais de 27 milhões de moradores, é um dos biomas mais degradados do país.
Em setembro, o Tribunal de Justiça da Bahia deu razão à tese de que as terras da fazenda Gleba Campo Largo, no oeste baiano, foram griladas. A fazenda pertence à Caracol Agropecuária Ltda., empresa que por quase uma década foi financiada por um fundo da universidade norte-americana de Harvard.
Há aproximadamente 2 mil onças-pintadas vivendo no Corredor das Onças no Pantanal, e conservacionistas estimam que os incêndios impactaram o habitat de cerca de 600 delas, além de deixarem algumas mortas ou feridas.
A erosão nas margens do Arquipélago do Bailique, no Amapá, tem destruído casas, escolas e postes de eletricidade. A construção de três usinas no Rio Araguari nos últimos 50 anos, além da degradação provocada pela criação de búfalos, podem estar por trás do crescente avanço do mar sobre as ilhas.
São 156 barragens críticas de todos os tipos em 22 estados, segundo a Agência Nacional de Águas. Em 2018, eram 68 estruturas nessa condição. Minas Gerais responde por mais da metade, boa parte delas de mineradoras.
O governo federal pretende escavar e dragar mais de 200 quilômetros do leito do Rio Tocantins para ampliar a hidrovia Araguaia-Tocantins. A obra, que visa facilitar o transporte de commodities para exportação, ameaça populações tradicionais e vai degradar o ambiente de peixes locais, dificultando a pesca.
Neste antigo balneário do litoral do Rio de Janeiro, o Atlântico vem destruindo ruas, casas e comércios há mais de 50 anos. Barragens no Rio Paraíba do Sul, devastação das matas ciliares e mudanças climáticas estão entre as causas.
Estima-se que mais de 80% da soja produzida nas fazendas onde houve desmatamento ilegal seguiu para mercados internacionais, principalmente China e União Europeia. Maior produtor e exportador da soja brasileira, Mato Grosso é pioneiro em termos de transparência de dados.
Há dois anos, Centro-Oeste, Sul e parte do Sudeste vêm registrando chuvas abaixo das médias históricas, prejudicando culturas agrícolas. Segundo boletim recente do Cemaden, órgão do governo federal, um dos responsáveis é o próprio agronegócio.
Relatório recente mostra que a universidade norte-americana, uma das mais respeitadas do mundo, investiu pesado em terras na região do Matopiba, nova fronteira agrícola do Cerrado. São áreas marcadas por crimes ambientais e violações de direitos contra agricultores.
Um artigo publicado recentemente por três pesquisadores brasileiros revela que, sem novas estratégias de conservação e uma mudança radical de rumo na política ambiental do país, metas firmadas em pactos globais para a Mata Atlântica não serão atingidas. Restam hoje apenas 12,4% da cobertura original do bioma.
Novo estudo detectou mais um entre os já muitos impactos do desmatamento no Cerrado: alterações no clima. A perda de vegetação nativa tem provocado aumento de temperatura no bioma, que afeta diretamente a produção de milho, uma das principais commodities da região.
Usinas construídas rio acima reduziram a vazão das águas e fizeram o mar avançar sobre o estuário. O sal espantou os peixes, arruinou os arrozais, reduziu a oferta de água potável e está fazendo a população do Pixaim deixar a comunidade. Secas cada vez mais severas devem agravar o quadro.
Commodities agrícolas foram as grandes responsáveis por incêndios na Amazônia, segundo estudo que cruza dados da Nasa com cadeias de suprimentos das empresas.
Dois biólogos brasileiros dividiram a Floresta Amazônica em 13 sub-regiões diferentes, de acordo com suas árvores e arbustos. Essa distribuição espacial permite direcionar esforços de proteção.
Até 2050, a soja deve ocupar 12 milhões de hectares a mais no Brasil. Estudos científicos, porém, apontam que nesse mesmo espaço de tempo as mudanças climáticas devem causar secas cada vez severas no Cerrado, pondo em risco o cultivo da leguminosa. Resta saber se, até lá, ela não terá levado a vegetação nativa junto.
Dois novos estudos alertam que a ruptura das condições climáticas ameaça degradar de forma irreversível diversos biomas em todo o planeta.