Cientistas alertam que a Amazônia está se aproximando de um ponto de inflexão, a partir do qual a floresta tropical começaria a se transformar de modo irreversível em uma savana seca e degradada. Este ponto pode ser alcançado quando 25% da floresta for perdida.
Estudo inovador, feito com o uso de dados de satélite e um algoritmo de inteligência artificial, mostra como a proliferação de estradas não oficiais na Amazônia está impulsionando o desmatamento generalizado.
Dez anos após o assassinato dos líderes comunitários Zé Claudio e Maria, a advogada Claudelice dos Santos formalizou a criação de um instituto que leva o nome do irmão e da cunhada, onde apoia famílias ameaçadas pelo ativismo socioambiental na Amazônia.
Inaugurada durante a ditadura militar, a rodovia foi projetada para ser um eixo colonizador de 830 km no sul da Amazônia, mas estava abandonada desde a redemocratização.
Neidinha, Almir e Txai Suruí estão à frente da luta contra o avanço do desmatamento em duas das Terras Indígenas mais ameaçadas de Rondônia: a Sete de Setembro e a Uru-Eu-Wau-Wau. Apontado como uma das novas fronteiras do desmatamento na Amazônia, Rondônia tem sido alvo do crescimento de atividades ilegais como grilagem, garimpo e roubo de madeira dentro de territórios indígenas demarcados.
As gigantes do comércio de commodities Cargill e Bunge compram parte da soja usada em ração para frangos e animais de estimação de terras onde comunidades indígenas sofreram violência e das quais foram expulsas, de acordo com uma nova reportagem da Earthsight, organização que investiga injustiças ambientais e sociais.
Desde que foi criada, em 2006, a Área de Proteção Ambiental (APA) Triunfo do Xingu, no Pará, já perdeu 35% de suas florestas primárias. A APA foi criada para servir como zona de amortecimento para áreas vulneráveis adjacentes, tais como a Terra Indígena Apyterewa e a Estação Ecológica Terra do Meio, mas o desmatamento se espalhou para ambas as reservas.
Comunidades indígenas Yanomami na Venezuela estão sofrendo com as crescentes invasões dos garimpeiros brasileiros. Uma das áreas mais impactadas é a Reserva da Biosfera do Alto Orinoco-Casiquiare, uma área protegida de quase 8,5 milhões de hectares que abriga cerca de 15 mil povos indígenas, diversos mamíferos e répteis ameaçados e mais de 500 espécies de plantas endêmicas.
Coordenadora do Comitê Chico Mendes, criado em homenagem a seu pai, a ativista ambiental Ângela Mendes conta de que maneira tem preservado a memória do líder seringueiro e dado continuidade ao seu legado.
A Suíça é o segundo maior comprador do ouro brasileiro, atrás apenas do Canadá. Importou do Brasil 24,5 toneladas do metal precioso em 2021. O país europeu também abriga algumas das principais refinarias de ouro do mundo. No final de julho, essas refinarias assinaram uma declaração pública em que condenam o garimpo ilegal e se comprometem a rastrear e identificar a origem do metal para evitar o processamento de ouro extraído ilegalmente de Terras Indígenas da Amazônia brasileira.
Em 22 de junho, um grupo de quase 200 indígenas Pataxó ocupou uma plantação de eucaliptos dentro de seu território demarcado na Bahia, incendiando as árvores. A retomada ocorre num contexto de crescente resistência à expansão dos eucaliptos na Bahia e deflagra a frustração dos povos indígenas com a lentidão do processo para ganhar plenos direitos legais sobre suas terras.
A mineradora Brazil Iron vem assoreando nascentes e espalhando poeira tóxica nos cafezais e canaviais de comunidades tradicionais da região da Chapada Diamantina, na Bahia. Os cafés especiais de Piatã vem conquistando importantes prêmios internacionais, enquanto a cachaça de Abaíra foi reconhecida com o selo de Indicação Geográfica pela qualidade do produto.
Desde 2004, quando começaram os registros de trabalhadores em condições análogas à escravidão, 1.640 indígenas foram resgatados nessa situação; só na pandemia já são mais de 100 indígenas encontrados em formas de trabalho escravo.
A situação atual da Amazônia Killeen T.J., 2007. A Perfect Storm in Amazon Wilderness, Conservation and Development in the Context of the Initiative for the Integration of the Regional Infrastructure…
Angelsen, A., C. Martius, V. De Sy, A.E. Duchelle, A.M. Larson y T.T. Pham. 2018. Transforming REDD+: Lessons and New Directions. Bogor, Indonesia: Center for International Forestry Research (CIFOR). Boucher,…
Novo documentário denuncia a expansão da monocultura da soja, a mineração em territórios indígenas e a contaminação das águas pelo garimpo e pela atividade petroleira na Floresta Amazônica.
Mineradora de capital canadense finalmente deu início a um processo de consulta aos indígenas que vivem na área – mais de uma década depois de chegar à região e começou a prospectar potássio. A Potássio do Brasil prometeu empregos e prosperidade ao município de Autazes, mas as comunidades indígenas Mura temem que a mina possa poluir os rios, matando os peixes dos quais dependem para sobreviver.
Segundo novo estudo, conservar 3,5 milhões de km2 da floresta, área necessária para preservar suas funções ecológicas, custaria de 1,7 a 2,8 bilhões de dólares anuais. Em contrapartida, a União Europeia gasta cerca de 5,3 bilhões de dólares por ano para manter apenas 1 milhão de hectares, soma total de suas áreas protegidas.
Novo estudo confirmou que a Amazônia Ocidental foi inundada pelas águas do Atlântico há menos tempo do que se pensava. O fenômeno contribuiu para a riqueza da biodiversidade da região, incluindo os golfinhos de água doce.
Em 16 de abril de 2020, a Funai publicou a Instrução Normativa nº 9, que permite o registro de imóveis rurais em Terras Indígenas ainda não demarcadas no Brasil. Desde então, o Governo Federal já certificou e registrou mais de 250 mil hectares de fazendas em territórios de 49 povos indígenas ao redor do Brasil.