Estudo inédito analisou 420 mil registros de ocorrência de 3.060 espécies de plantas da Caatinga e concluiu que 99% das comunidades vegetais devem perder espécies até 2060.
Pesquisa inédita identificou, em mais de mil amostras coletadas em 10% dos municípios da Caatinga, a presença de até sete genes transgênicos em uma mesma semente crioula. O resultado evidencia contaminações cruzadas ocorridas em campo.
Estima-se que vivam apenas 250 onças-pintadas e 2.500 onças-pardas em toda a Caatinga, a maior parte na região do Boqueirão da Onça, no norte da Bahia, o maior contínuo preservado de vegetação do semiárido. Nessa mesma região há quatro complexos eólicos em funcionamento, um deles com 500 torres.
Fonte renovável, barata e limpa, a energia eólica tem recebido grandes investimentos e alterações na legislação que facilitam sua instalação – às vezes fazendo vista grossa nos licenciamentos ambientais. O problema é que muitos parques eólicos são instalados em áreas onde vivem espécies raras de aves da Caatinga, sujeitas a colisões com as pás das turbinas.
A Serra das Almas se estende por 6.285 hectares e é a maior Reserva Particular do Patrimônio Natural do Ceará; em 20 anos, roças e pastagens foram substituídas por uma vegetação exuberante, que logo atraiu de volta a fauna da região.
Uma nova iniciativa para estudar o tatu-bola-da-caatinga (Tolypeutes tricinctus) teve início na região da Chapada Diamantina, na Bahia, com o objetivo de estimar as tendências populacionais da espécie por meio do monitoramento de longo prazo e da ciência cidadã.
A mineradora Brazil Iron vem assoreando nascentes e espalhando poeira tóxica nos cafezais e canaviais de comunidades tradicionais da região da Chapada Diamantina, na Bahia. Os cafés especiais de Piatã vem conquistando importantes prêmios internacionais, enquanto a cachaça de Abaíra foi reconhecida com o selo de Indicação Geográfica pela qualidade do produto.
Estudos recentes mostram que o sistema agrivoltaico pode servir como estratégia de desenvolvimento sustentável ao otimizar duas atividades produtivas num mesmo espaço: a produção de alimentos e a geração de energia solar. O primeiro sistema agrivoltaico no Brasil, chamado Ecolume, foi desenvolvido por uma rede nacional de mais de 40 pesquisadores e instalado em uma escola de agroecologia de Pernambuco em 2019.
No país de maior biodiversidade do planeta, o sistema de atendimento a espécimes resgatados de traficantes de animais e cativeiros ilegais não é prioridade dos gestores públicos ambientais e depende do esforço e da dedicação dos profissionais envolvidos.
Parceria entre cientistas e jornalistas traduz dados científicos em informações visuais para alertar sobre a importância da preservação dos biomas brasileiros.
Cerca de 2 mil biodigestores foram construídos no Nordeste com tecnologia social inspirada em modelo da Índia.
A multinacional francesa Voltalia está iniciando a construção de um complexo eólico em Canudos, na região da Caatinga baiana, a 400 km de Salvador. O projeto prevê a instalação de…
Um dos efeitos mais devastadores do tráfico ilegal de animais silvestres no Brasil é a multiplicação de saguis nas grandes cidades. Isso ocorreu com duas espécies em particular: o sagui-de-tufo-preto…
Novo estudo mostra que a Caatinga está severamente ameaçada pela atividade humana. Com mais de 27 milhões de moradores, é um dos biomas mais degradados do país.
Segundo novo levantamento do MapBiomas, 87,2 milhões de hectares de áreas de vegetação nativa foram destruídos de 1985 a 2019. Metade na Amazônia.
Em Santarém, no Pará, cerca de 600 indígenas veem suas lavouras ficarem inférteis à medida que o agronegócio se expande pela região. Com a soja, chegam também a apropriação irregular de terras ancestrais e um atraso ainda maior na demarcação de uma reserva indígena na área.
Dinheiro do contribuinte está ajudando a alavancar uma das atividades produtivas mais propensas ao desmatamento no Brasil, segundo estudo. Na última década, os governos estaduais e federal abriram mão de R$ 12,3 bilhões por ano para estimular a criação de gado e a indústria de carne no Brasil. Retorno em impostos, porém, foi de R$ 15,1 bilhões por ano.
Pesquisa mostra como a arara-azul (Anodorhynchus hyacinthinus) e a arara-azul-de-lear (Anodorhynchus leari) ajudam a espalhar as sementes de 18 espécies de plantas no Brasil. Os resultados desafiam a visão predominante de que a dispersão de grandes frutos foi comprometida após a extinção da megafauna na América do Sul durante o Pleistoceno.
Vinte anos após ter sido oficialmente declarada extinta na natureza, 52 exemplares da ararinha-azul (Cyanopsitta spixii) chegaram ao sertão da Bahia para serem reintroduzidas em seu habitat. A origem: um obscuro criadouro alemão crivado de denúncias de tráfico de animais silvestres e ligação om máfias europeias.
Em um documento de 94 páginas intitulado ‘Querida Amazônia’, o papa Francisco fez um forte apelo aos líderes mundiais, às companhias transnacionais e à população de todo o planeta para aumentarem os esforços de proteção da floresta amazônica e dos povos indígenas que nela vivem.