Neste artigo, especialistas defendem um modelo de ações integradas e intensivas para combater o desmatamento na Amazônia.
No Dia Internacional da Biodiversidade, o líder do Fundo de Parceria para Ecossistemas Críticos chama a atenção para a importância ambiental da savana tropical mais biodiversa do planeta.
Certamente não os povos da floresta: grileiros, latifundiários e até petrolíferas são os beneficiados pela nova diretriz da Funai, que abre 237 terras indígenas no Brasil à venda, loteamento e especulação.
Enquanto bandos de aves desaparecem e a dispersão de sementes se altera uma remota região na Guiana mostra o valor de um ecossistema preservado.
O quilombo Baião tenta preservar seu modo de vida no coração da nova fronteira do agronegócio. Cercados por uma grande fazenda de soja, seus moradores se veem vítimas de assédio, bloqueio de estradas e envenenamento das lavouras por agrotóxicos.
O Brasil enfrenta uma decisão crítica sobre o licenciamento da rodovia BR-319, nas bacias dos rios Purus e Madeira no Amazonas. A rodovia levaria desmatadores a grandes áreas intactas da Floresta Amazônica. Áreas protegidas ao longo da rota foram criadas para impedir o avanço do desmatamento.
Enquanto o vírus se espalha e produz cenas dramáticas na região amazônica, grileiros avançam, a seca se aproxima e os índices de desmatamento já são os piores da década. Tudo isso em meio a uma crise política cujo maior efeito é a perda de fiscais em campo.
É consenso na ciência que novas doenças costumam surgir nas áreas de contato entre a floresta e frentes de expansão econômica, como o agronegócio e a mineração. A julgar pelas políticas do atual governo, segundo especialistas, o risco de a próxima pandemia ter origem no Brasil é grande. Estudos já detectaram a conexão entre a degradação ambiental e o aumento recente nos casos de malária e febre amarela.
Queda no consumo de açaí e castanha-do-brasil é um indício de que a desaceleração econômica provocada pela pandemia de covid-19 já chegou à floresta. Medo dos especialistas é de que as comunidades extrativistas busquem fontes alternativas de renda na criação de gado e na extração, o que pode favorecer a derrubada de árvores.
Qual o impacto socioambiental de 75 projetos de estradas previstos para a Bacia Amazônica nos próximos cinco anos? Pesquisadores analisaram e descobriram que os 12 mil quilômetros de estradas novas ou ampliadas podem causar o desmatamento de 2,4 milhões de hectares de floresta nativa que se estenderão por até 20 anos.
Em Santarém, no Pará, cerca de 600 indígenas veem suas lavouras ficarem inférteis à medida que o agronegócio se expande pela região. Com a soja, chegam também a apropriação irregular de terras ancestrais e um atraso ainda maior na demarcação de uma reserva indígena na área.
No ano em que Reserva Extrativista Chico Mendes completa 30 anos, ideal conservacionista do grande líder seringueiro dilui-se enquanto o Acre se defronta com complexas pressões econômicas. Jovens são atraídos a deixar o extrativismo para trabalhar em atividades mais estáveis, como a criação de gado.
Relatório de ONGs constata que o Brasil é o maior comprador anual de pesticidas altamente perigosos (HHPs), designação técnica da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura. Os HHPs contêm ingredientes ativos com toxicidade extremamente aguda e causam impactos negativos crônicos na saúde humana e no meio ambiente.
Em dezembro, a Tesco,a Nutreco e a Grieg Seafood – três empresas ligadas à indústria de pescado – lançaram uma iniciativa pioneira com objetivo de reduzir o desmatamento no Cerrado por meio de pagamentos para produtores para que conservem a vegetação nativa de suas terras.
Aumento nos incêndios, intensificação do desmatamento e agravamento das mudanças climáticas podem transformar a Amazônia em uma fonte de carbono até 2050.
No início de janeiro, atentados a locais sagrados, expulsões e violentos embates contra seguranças armados e oficiais do governo estadual assolaram os Kaiowá de Dourados e Rio Brilhante, municípios próximos à fronteira do Mato Grosso do Sul com o Paraguai.
A construção da Usina Hidrelétrica de Belo Monte é o dispositivo narrativo de Sequestrada, primeiro longa-metragem da cineasta e socióloga americana Sabrina McCormick. O filme, que estreou em dezembro em plataformas de streaming, conta a história da jovem indígena Kamudjara em meio às expectativas sobre as profundas mudanças sociais e ambientais resultantes do empreendimento.
Dados obtidos via Instituto Socioambiental (ISA) e a Agência Nacional de Mineração revelam, pela primeira vez, a extensão dos planos de mineradoras que incidem sobre povos indígenas isolados. Atualmente, 3.773 requerimentos minerários afetam 31 Terras Indígenas e 17 Unidades de Conservação que possuem 71 registros de povos indígenas isolados em seu perímetro. É mais da metade de todos os registros de povos indígenas isolados na Amazônia.
Mega-hidrelétrica na Amazônia foi construída com capacidade para 11.233 MW, mas até agora esteve longe de obter essa meta. Com o desmatamento e a seca causando alterações cada vez mais nítidas na vazão Rio Xingu, é possível que a conta de Belo Monte saia mais cara do que se previa.
Novo estudo publicado na revista PNAS modelou os impactos da produção de soja sobre a conservação de espécies em diversos pontos do Cerrado. Por meio de análises em escala municipal, foi possível rastrear perdas de biodiversidade causadas por comerciantes da China e da União Europeia, que importam a soja brasileira para uso em ração animal.