Especialista no Cerrado, a bióloga e professora da Universidade de Brasília elenca os porquês do crescimento exponencial do desmatamento no bioma, a savana mais biodiversa do planeta.
Coletando dados dos últimos 40 anos, pesquisadores observaram aumento de temperatura e secas mais severas na região do Matopiba, que engloba partes de Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia.
Uma nova onda de conflitos de terra entre a maior exportadora de óleo de palma do país e comunidades tradicionais foi deflagrada nos últimos dias na Amazônia, gerando preocupação sobre…
Uma investigação da Mongabay sobre grilagem de terras na Amazônia desencadeou a suspensão do certificado de sustentabilidade da segunda maior exportadora de óleo de palma do país, como mostra correspondência…
Quase metade do Cerrado já foi desmatado, e não são poucas as iniciativas que propõem restaurá-lo plantando florestas. Reflorestar o Cerrado com árvores pode descaracterizar o bioma, causar alterações na biodiversidade e impactar a disponibilidade de água no solo.
A Ferrogrão (EF-170) foi projetada para reduzir custos de transporte de cargas entre o Mato Grosso e o Pará, onde a soja representa um dos principais produtos de exportação. Mas a ferrovia esbarra em resistências de povos indígenas que serão afetados por riscos socioambientais. Seu traçado corre paralelamente à BR-163, obra que já causou impactos não compensados para populações tradicionais.
Desde a ditadura militar, Barcarena, no Pará, é a sede de um complexo industrial que concentra diversas mineradoras; a maior delas é a norueguesa Norsk Hydro. A região, porém, é um território quilombola, e há documentos e pesquisas arqueológicas que legitimam a presença ancestral de comunidades tradicionais na área. Além da luta pela posse da terra, os quilombolas também vêm sofrendo com a contaminação da água, do solo e do ar pelos metais pesados que são despejados pelas mineradoras.
A Terra Indígena Apyterewa está sob proteção federal desde 2007, porém nos últimos anos tornou-se uma das reservas mais desmatadas do Brasil, já que madeireiros, pecuaristas e garimpeiros invadiram e arrasaram extensões de floresta.
A mineradora canadense Belo Sun quer construir uma imensa mina de ouro na região da Volta Grande do Xingu, no Pará; projeto prevê a extração de 74 toneladas de ouro em 20 anos de operação.
ALTO ACARÁ, Pará — “Esse direito ao acesso das pessoas que moravam aqui e querem ver o cemitério, isso está na Constituição... O cemitério é um local sagrado", a socióloga…
O desmatamento das florestas tropicais é um custo que nosso planeta paga todos os dias pelos alimentos que comemos. Do óleo de palma em nosso sorvete, passando pelo bife em…
Mulher, preta e amazônida, a ex-ministra do Meio Ambiente e recém-eleita deputada federal Marina Silva é hoje uma das mais complexas e fascinantes figuras da política brasileira. Filha de seringueiros…
A construção de barragens é uma das ferramentas mais antigas para gerenciamento de água doce. A prática atingiu um pico internacional nas décadas de 1960 e 1970, porém, nos últimos anos, a construção de barragens vem enfrentando críticas globais crescentes à medida que se acumula o alto preço ambiental pago por seus benefícios.
Uma investigação da Mongabay sobre a contaminação provocada pela produção de óleo de palma na Amazônia foi chave para o Ministério Público Federal (MPF) obter uma decisão judicial esta semana…
Nas eleições de 2018, 422 candidatos em todas as Unidades da Federação receberam doações de pessoas e sócios de empresas ligadas a crimes ambientais na Amazônia; 156 deles foram eleitos. Mato Grosso foi o líder em doações: 62 candidatos receberam R$ 6 milhões de infratores multados pelo Ibama. Total das multas por crimes ambientais desses financiadores supera R$ 260 milhões.
Dos 27 estados brasileiros, 24 estão conectados à Amazônia pelos crimes ambientais. Essas ramificações, identificadas a partir de dados de mais de 300 operações da Polícia Federal entre 2016 e 2021, envolvem 254 municípios.
Para conquistar o mercado mundial, os três grandes frigoríficos brasileiros – JBS, Marfrig e Minerva – foram atrás de capital estrangeiro. Hoje são todos transnacionais, com os fundadores originais possuindo apenas ações minoritárias. Investidores estrangeiros, incluindo empresas de gestão de ativos e fundos de pensão, agora possuem grandes participações, o que significa que cidadãos comuns nos EUA e na Europa estão ajudando a financiar o desmatamento da Amazônia por meio de seus investimentos.
Mineradora de capital canadense finalmente deu início a um processo de consulta aos indígenas que vivem na área – mais de uma década depois de chegar à região e começou a prospectar potássio. A Potássio do Brasil prometeu empregos e prosperidade ao município de Autazes, mas as comunidades indígenas Mura temem que a mina possa poluir os rios, matando os peixes dos quais dependem para sobreviver.
Estudos recentes mostram que o sistema agrivoltaico pode servir como estratégia de desenvolvimento sustentável ao otimizar duas atividades produtivas num mesmo espaço: a produção de alimentos e a geração de energia solar. O primeiro sistema agrivoltaico no Brasil, chamado Ecolume, foi desenvolvido por uma rede nacional de mais de 40 pesquisadores e instalado em uma escola de agroecologia de Pernambuco em 2019.
Empresas em todo o mundo estão alcançando resultados promissores usando fontes naturais, conhecimento tradicional e técnicas avançadas de biotecnologia para desenvolver materiais sustentáveis para a indústria da moda, substituindo couros e peles de animais e reduzindo os impactos de uma das indústrias mais poluentes do mundo.