Além de serem imunes à covid-19, cães possuem superfaro: têm cerca de 300 milhões receptores olfativos no focinho, 60 vezes a mais que os humanos.
"No Rio Marauiá, aqui embaixo, tá tendo muita virose que é forte e até hoje tá apresentando também coisa de covid-19. Eu estou muito preocupado, porque já foram três óbitos…
Estudo conjunto de pesquisadores espanhóis e brasileiros acompanhou por 15 anos comunidades do Baixo Rio Negro em seu esforço de combate à malária. A participação dos moradores foi crucial para reduzir em 94% o número de casos.
Pesquisadores encontraram uma surpreendente correlação na Região Sul do Brasil: municípios com maior densidade de porcos também são aqueles com o maior número de pessoas infectadas por covid-19.
Em entrevista exclusiva à Mongabay, Tatiana Schor, secretária executiva de Ciência, Tecnologia e Inovação do estado do Amazonas, analisa os equívocos no desenvolvimento do mais importante centro urbano da Amazônia e a resposta ineficiente ao surto de coronavírus.
Primeiras vítimas indígenas confirmadas de covid-19, os Kokama da Amazônia acumulam até o momento mais de mil infectados e 60 mortos. Desconfiados dos remédios “de branco”, os pajés decidiram tratar os pacientes com suas próprias técnicas de cura ancestrais.
Nova pesquisa afirma que grandes reservas protegidas legalmente são necessárias para que os povos indígenas mantenham seus meios tradicionais de subsistência.
Estudo revela que área desmatada de 4.500 km² na Amazônia está pronta para ser queimada, o que pode agravar problemas respiratórios na população e pressionar sistema de saúde
ONG mapeia a distância que separa as aldeias indígenas da Amazônia Legal de cuidados intensivos. Mais da metade dos municípios sequer tem um respirador.
Neste artigo, especialistas defendem um modelo de ações integradas e intensivas para combater o desmatamento na Amazônia.
Certamente não os povos da floresta: grileiros, latifundiários e até petrolíferas são os beneficiados pela nova diretriz da Funai, que abre 237 terras indígenas no Brasil à venda, loteamento e especulação.
Enquanto bandos de aves desaparecem e a dispersão de sementes se altera uma remota região na Guiana mostra o valor de um ecossistema preservado.
Enquanto o vírus se espalha e produz cenas dramáticas na região amazônica, grileiros avançam, a seca se aproxima e os índices de desmatamento já são os piores da década. Tudo isso em meio a uma crise política cujo maior efeito é a perda de fiscais em campo.
É consenso na ciência que novas doenças costumam surgir nas áreas de contato entre a floresta e frentes de expansão econômica, como o agronegócio e a mineração. A julgar pelas políticas do atual governo, segundo especialistas, o risco de a próxima pandemia ter origem no Brasil é grande. Estudos já detectaram a conexão entre a degradação ambiental e o aumento recente nos casos de malária e febre amarela.
Queda no consumo de açaí e castanha-do-brasil é um indício de que a desaceleração econômica provocada pela pandemia de covid-19 já chegou à floresta. Medo dos especialistas é de que as comunidades extrativistas busquem fontes alternativas de renda na criação de gado e na extração, o que pode favorecer a derrubada de árvores.
Com 90% de população indígena, São Gabriel da Cachoeira (AM) tenta se proteger da pandemia limitando o acesso ao município e criando redes de monitoramento. Os indígenas estão entre os mais suscetíveis a infecções respiratórias e o Amazonas já é o estado brasileiro com o maior índice de mortalidade decorrente da covid-19.
Segundo a ONU, mais de 50% dos indígenas acima de 35 anos sofrem de diabetes tipo 2, além de apresentar altos níveis de mortalidade materna e infantil, desnutrição, doenças cardiovasculares, HIV/AIDS e doenças infecciosas malária e tuberculose. Tudo isso torna os povos nativos altamente vulneráveis ao agravamento da Covid-19.
Relatório de ONGs constata que o Brasil é o maior comprador anual de pesticidas altamente perigosos (HHPs), designação técnica da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura. Os HHPs contêm ingredientes ativos com toxicidade extremamente aguda e causam impactos negativos crônicos na saúde humana e no meio ambiente.
Do shampoo inspirado nas teias de aranha ao hotel projetado com base nos atributos térmicos do bico dos tucanos, cientistas e empresas do país estão apostando na inteligência da natureza para criar soluções inovadoras que reduzam os impactos no planeta.
Idealizado por um antropólogo indígena, o Centro de Medicina Indígena Bahserikowi oferece aos moradores de Manaus tratamentos tradicionais de cura e proteção aplicados por pajés das etnias Dessana, Tuyuka e Tukano.