Em 16 de abril de 2020, a Funai publicou a Instrução Normativa nº 9, que permite o registro de imóveis rurais em Terras Indígenas ainda não demarcadas no Brasil. Desde então, o Governo Federal já certificou e registrou mais de 250 mil hectares de fazendas em territórios de 49 povos indígenas ao redor do Brasil.
No extremo sul da cidade de São Paulo, indígenas Guarani conseguiram recuperar terras degradadas antes usadas para a monocultura de eucalipto. Recolhendo sementes de aldeias de outros estados e países, os indígenas chegaram a plantar mais de 200 variedades livres de qualquer transformação gênica.
Nova investigação estabeleceu uma ligação entre as redes de supermercados, fast food e marcas de comida para pets da Europa com a fazenda Brasília do Sul, de 9.700 hectares, que se tornou sinônimo de abusos aos direitos indígenas no Mato Grosso do Sul. Brasília do Sul abrigava um grupo de indígenas Guarani-Kaiowá, que foi expulso à força nos anos 1950 para abrir caminho ao desenvolvimento agrícola.
A Baixada Maranhense é uma região rica em recursos naturais, explorados de forma sustentável por comunidades tradicionais. O território é impactado pelo agronegócio, mineração e siderurgia, escoados no complexo portuário de São Luís. Nos últimos anos, as tensões entre as comunidades e o avanço do progresso predatório têm se intensificado na região. Terras e campos naturais são mais cobiçados por pecuaristas, criadores de búfalos e grandes projetos de infraestrutura.
Grafiteiros estão pintando murais que contam a história dos povos indígenas e homenageiam sua cultura na capital do Amazonas, o estado brasileiro com a maior população indígena. Lideranças dizem esperar que o movimento aumente a visibilidade dos indígenas que vivem nas cidades, que costumam enfrentar pobreza, insegurança habitacional e o estigma que desencoraja muitos de preservar sua cultura e identidade.
Baseado em dados científicos sobre estado geral de saúde dos ecossistemas aquáticos amazônicos no Brasil, o inédito Índice de Impacto nas Águas da Amazônia sintetiza dados de monitoramento e pesquisa para apontar as áreas mais vulneráveis da floresta.
As maiores áreas de garimpo em Terras Indígenas estão em território Kayapó, Munduruku e Yanomami; juntas, somam quase 10 mil hectares invadidos pela mineração.
Terras Indígenas, Territórios Quilombolas e Unidades de Conservação são as áreas que mais contribuíram com a preservação e regeneração da Amazônia Legal nos últimos anos, aponta artigo. O estudo também mostra que territórios indígenas e quilombolas demarcados contribuíram de duas a três vezes mais para a regeneração da vegetação nativa entre 2012 e 2017.
Como autor de best-sellers, cofundador da premiada Amazon Conservation Team e aclamado orador público, Mark Plotkin é um dos etnobotânicos e conservacionistas da floresta tropical mais proeminentes do mundo.
Relatório aponta que 2021 foi o ano com o maior volume de derrubadas na área de influência da rodovia, que corta o estado do Amazonas, ligando Manaus a Porto Velho, capital de Rondônia. Em janeiro de 2022, o corte de árvores na região foi 339% maior do que em janeiro do ano anterior.
Maior reserva indígena do Brasil passa pelo pior momento de invasões dos últimos 30 anos, segundo relatório; 56% dos 27 mil habitantes da Terra Indígena Yanomami são afetados diretamente pelo garimpo. Em muitas comunidades, os garimpeiros estão aliciando meninas e jovens indígenas, oferecendo comida, bebida alcoólica e armas de fogo em troca de sexo e pequenos serviços.
Cerca de 2.260 famílias, muitas delas indígenas, foram desalojadas em março de 2020 quando as autoridades desmantelaram o assentamento informal Monte Horebe, na periferia de Manaus, retirando todos os moradores do local. Dois anos depois, muitos seguem em moradias precárias em meio à pobreza e à atual crise da covid-19, segundo lideranças indígenas.
Avanço do corte de árvores no sul do Amazonas, descaso da Funai e pavimentação da BR-319 poderão quadruplicar o desmatamento no Médio Rio Purus até 2050 e dizimar povos isolados recém descobertos. A área devastada na região pode chegar a 170 mil km2, maior que a extensão do Acre.
Em 2013, os Ka’apor expulsaram a Funai de seu território no norte do Maranhão, criaram um novo conselho de governo, adotaram seu próprio sistema de ensino e de estabeleceram assentamentos permanentes ao longo de suas fronteiras para conter o avanço ilegal de madeireiros, grileiros e mineradoras.
Grandes instituições financeiras norte-americanas e brasileiras continuam financiando a destruição da Amazônia, investindo em mineradoras que fazem pressão para operar em territórios indígenas, diz um novo relatório.
Estudos arqueológicos na região do Tapajós, no Pará, enriquecem o conhecimento histórico sobre a ocupação da Amazônia e registram alguns dos vestígios mais antigos das Américas. A área, porém, é alvo do garimpo ilegal industrializado, que causa destruição massiva. Devastados pelo avanço do que é vendido como desenvolvimento, inúmeros sítios arqueológicos jamais serão sequer conhecidos.
No ano passado, cerca de US$ 1,2 bilhão em ouro foi exportado do Brasil para a Suíça, tornando-se o segundo maior mercado de exportação de ouro do país, depois do Canadá. Cerca de um quinto do metal é proveniente da Amazônia, segundo dados oficiais.
Em janeiro de 2021, a Funai decidiu não prorrogar uma ordem de proteção territorial para o grupo indígena isolado Igarapé-Ipiaçava; após um protesto público e pressão legal, a ordem foi prorrogada por seis meses.
Três anos após o acidente que obrigou moradores a abandonarem suas casas em Minas Gerais, uma pequena comunidade de indígenas Pataxó e Pataxó Hãhãhãe enfrenta mais um deslocamento provocado por…
Dados oficiais mostram que o número de bovinos chegou a 3,8 milhões no Acre, um aumento de 8,3% em 2020 em relação ao ano anterior. Em 2021, o Acre entrou chegou a figurar no terceiro lugar no ranking dos estados que mais destruíram a Amazônia no ano passado; a taxa de desmatamento é a maior em 18 anos.