Assistindo horas de filmagem registradas por uma armadilha fotográfica montada no Parque Estadual do Espinilho, no sudoeste do Rio Grande do Sul, em agosto de 2023, Fábio Mazim e sua…
Um tiro no pé com impactos ambientais irreversíveis. É assim que ambientalistas e pesquisadores descrevem a proposta de construção de uma hidrovia no Rio Paraguai, principal formador do Pantanal. O…
Do tucunaré que migrou dos rios da Amazônia para as regiões Sul e Sudeste, levado pela pesca esportiva, às controversas produções em larga escala de tilápia para a alimentação humana…
Enquanto você está lendo este texto, um veleiro refaz o trajeto do naturalista inglês Charles Darwin no século 19 — a mesma viagem que inspirou sua teoria da seleção natural…
A maioria das 701 espécies de mamíferos que vivem no Brasil presta serviços que de algum modo beneficiam a humanidade, entre elas a dispersão de sementes e o consequente crescimento…
Cenário da colonização do Brasil desde o primeiro contato, a Mata Atlântica hoje concentra 72% da população e responde por 80% do Produto Interno Bruto do país. Não por acaso,…
Em 2020, o governo estadual de São Paulo empreendeu uma reforma administrativa que levou à extinção e à fusão de diversas instituições de pesquisa científica ambiental. Um dos órgãos extintos foi o Instituto Florestal, que, ao longo de mais de um século de atuação, criou dezenas de Unidades de Conservação no estado; hoje elas somam quase 1 milhão de hectares.
Iracambi é uma ONG que atua na Serra do Brigadeiro, em Minas Gerais, em uma área no coração da Mata Atlântica, bioma em grande parte destruído pelo desmatamento.
Relatos de defensores animais afirmam que cavalos são forçados a percorrer longos trajetos, sem água e comida, rumo à Romaria de São Severino dos Ramos, evento religioso-cultural realizado em Paudalho, Pernambuco. Nas vaquejadas, eventos de grande popularidade em todo o Nordeste, os bois são submetidos a quedas e fraturas para divertimento do público; o STF discute a inconstitucionalidade da prática.
Pesquisadores monitoraram três ouriços-pretos que haviam sido resgatados de uma área que seria suprimida para a construção de um terminal portuário no Espírito Santo e translocados para uma Área de Preservação Permanente; o método, chamado de translocação, revelou-se uma ferramenta de conservação viável para proteger esses animais.
Levantamento global de 8 mil espécies de anfíbios feito pela IUCN revelou que 40% delas estão com algum risco de extinção: 2.873 espécies no total. Desmatamento e fungos letais já eram apontados como causas do declínio, mas agora biólogos ressaltam o papel da crise climática: altas temperaturas e baixa umidade afetam a respiração dos anfíbios, que é feita em parte pela pele.
Nova pesquisa mostra que a crescente população de javalis representa uma ameaça maior do que se pensava às áreas protegidas e aos hotspots de biodiversidade, entre eles a Mata Atlântica.
Experimento que vem sendo realizado há 15 anos em áreas da Serra do Mar paulista mostrou que a presença de grandes mamíferos herbívoros, como antas e queixadas, é fundamental para manter a integridade e a biodiversidade da floresta.
Especialista no Cerrado, a bióloga e professora da Universidade de Brasília elenca os porquês do crescimento exponencial do desmatamento no bioma, a savana mais biodiversa do planeta.
Estudo inédito analisou 420 mil registros de ocorrência de 3.060 espécies de plantas da Caatinga e concluiu que 99% das comunidades vegetais devem perder espécies até 2060.
No MS, tatus-canastra foram vistos destruindo colmeias de abelhas em busca de larvas, causando perdas econômicas aos apicultores e consequentes mortes por retaliação. Uma ONG promove a coexistência entre apicultores e tatus-canastra certificando os apicultores que vendem um mel “amigo” dos tatus.
Estima-se que vivam apenas 250 onças-pintadas e 2.500 onças-pardas em toda a Caatinga, a maior parte na região do Boqueirão da Onça, no norte da Bahia, o maior contínuo preservado de vegetação do semiárido. Nessa mesma região há quatro complexos eólicos em funcionamento, um deles com 500 torres.
Fonte renovável, barata e limpa, a energia eólica tem recebido grandes investimentos e alterações na legislação que facilitam sua instalação – às vezes fazendo vista grossa nos licenciamentos ambientais. O problema é que muitos parques eólicos são instalados em áreas onde vivem espécies raras de aves da Caatinga, sujeitas a colisões com as pás das turbinas.
Em quatro áreas de conservação do interior paulista, pesquisadores constataram a presença de 278 espécies de aves florestais — 80 a menos do que havia sido registrado em estudos anteriores.
Em entrevista à Mongabay, Malu Ribeiro, diretora de políticas públicas da SOS Mata Atlântica, fala sobre a Medida Provisória 1150, que tramita no Congresso Nacional. A MP prevê alterações na Lei da Mata Atlântica, a única a proteger um bioma brasileiro; uma delas é a permissão para desmatar florestas primárias e florestas em estágio avançado e médio de regeneração.