No estado do Rio de Janeiro, a ONG Saving Nature trabalha para criar corredores de vida silvestre que reconectem trechos fragmentados da Mata Atlântica e ajudam a expandir a população de espécies ameaçadas, como o mico-leão-dourado.
Os Guarani da Terra Indígena Jaraguá, na zona noroeste do município de São Paulo, recuperaram nove espécies de abelhas nativas, antes extintas na região; hoje são 300 colmeias. As abelhas nativas são sagradas para os Guarani, que utilizam a cera para espantar maus espíritos e o mel e o própolis para curar diversas doenças.
Com o crescimento dos compromissos globais de reflorestamento, como empresas, governos e comunidades irão pagar a restauração dos ecossistemas florestais e ajudar a sequestrar o carbono em longo prazo? Uma saída possível: cultivar e vender madeira nos mesmos lotes de terra onde estão sendo realizados trabalhos de reflorestamento.
A Reserva Ecológica de Guapiaçu, no estado de Rio de Janeiro, conserva 12 mil hectares de Mata Atlântica em uma área responsável pelo abastecimento de água para 2,5 milhões de pessoas.
O que pode acontecer com as cerca de 300 espécies de mamíferos que vivem na Amazônia se o desmatamento e o aquecimento global levarem à savanização da floresta? Para responder à pergunta, pesquisadores analisaram imagens de 400 armadilhas fotográficas em quatro enclaves naturais de Cerrado no sul da Amazônia.
Uma nova iniciativa para estudar o tatu-bola-da-caatinga (Tolypeutes tricinctus) teve início na região da Chapada Diamantina, na Bahia, com o objetivo de estimar as tendências populacionais da espécie por meio do monitoramento de longo prazo e da ciência cidadã.
Estudo mostra que, nas regiões degradadas da Amazônia, diminuiu a quantidade de água evaporada e transportada pelos chamados rios voadores, impactando a biodiversidade da Mata Atlântica. Uma das consequências dessas mudanças foi a seca de 2014 na região Sudeste, que coibiu o período reprodutivo das rãs-de-corredeira (Hylodes sazimai), endêmicas de quatro municípios do sul de Minas Gerais e São Paulo, colocando a população em declínio.
Quase metade do Cerrado já foi desmatado, e não são poucas as iniciativas que propõem restaurá-lo plantando florestas. Reflorestar o Cerrado com árvores pode descaracterizar o bioma, causar alterações na biodiversidade e impactar a disponibilidade de água no solo.
Anfíbios tropicais estão vivendo um declínio global, com a doença causada pelo fungo Batrachochytrium dendrobatidis (Bd) exercendo um papel especialmente significativo nas mortes; mais de 500 espécies no mundo já foram dizimadas pela infecção. De acordo com estudo recente, a divisão de habitat - quando diferentes ecossistemas, tais como áreas terrestres e de água doce, se separam - poderia contribuir para tornar os anfíbios mais vulneráveis ao fungo.
Uma confluência de atividades humanas no Brasil e no mundo, incluindo desmatamento e mudanças climáticas, está aquecendo essa paisagem, ameaçando todo o ecossistema com secas, incêndios florestais e perda de habitat. Um plano de hidrovia no Rio Paraguai pode ser uma sentença de morte para a manutenção do equilíbrio do ecossistema pantaneiro.
Em dois assentamentos do Vale do Paraíba, em São Paulo, mulheres estão liderando o processo de integrar a apicultura a técnicas baseadas na agricultura orgânica e regenerativa. Nos últimos cinco anos, as novas apicultoras relatam melhorias na qualidade do solo, redução da erosão e maior diversidade de pássaros e abelhas nativas.
Milhares de anfíbios morrem nas Américas em decorrência de um fungo letal, Batrachochytrium dendrobatidis (Bd), que causa uma doença chamada quitridiomicose. Algumas das espécies mais afetadas são as do gênero Atelopus, conhecidas como sapos-arlequim; por suas cores vivas, são chamados de “joias da região neotropical”.
Há três décadas, Carlos Nobre projetou um cenário nada animador para a Amazônia. Hoje, mesmo vendo o início do processo de savanização da floresta, o climatologista acredita que ainda é possível reverter o cenário.
O comércio legal e ilegal de animais selvagens continua crescendo em paralelo ao aumento dos investimentos chineses na região amazônica, refletindo uma tendência similar ao tráfico chinês que devastou elefantes, rinocerontes e pangolins na África.
Há seis meses, mais de uma centena de indígenas de cinco diferentes etnias adentravam o Rio Itaquaí, próximo à cidade de Atalaia do Norte, no Vale do Javari, no estado…
Projeto Harpia completa 25 anos monitorando mais de 60 ninhos na Amazônia, Cerrado e Mata Atlântica; um de seus programas tem como objetivo trabalhar a conservação de forma integrada, devolvendo para a natureza toda ave em condições de não ficar em cativeiro permanente.
Moisés Oliveira de Carmo relata um dia em 2020, quando viu uma cadeia de chamas se espalhar lateralmente nas bordas de sua fazenda, unindo-se para então criar uma enorme parede…
Uma das principais vozes da juventude indígena, Samela Sateré Mawé conta à Mongabay sobre a importância das redes sociais como ferramentas para o ativismo praticado pelos povos originários.
Dom Roque Paloschi, presidente do Conselho Indigenista Missionário (Cimi) e arcebispo de Porto Velho (RO), vem sofrendo ataques em represália a suas denúncias de violações de direitos de povos indígenas
Os últimos cervos-do-pantanal no Rio Grande do Sul vivem isolados em duas reservas ambientais na Região Metropolitana de Porto Alegre. Os animais mudaram hábitos tentando driblar as ameaças e podem até ter reduzido de tamanho pelo isolamento histórico.