O garimpo ilegal de cassiterita, associado a agropecuária ilegal e à construção de estradas, tem contribuído para o desmatamento de um das áreas de maior biodiversidade na Amazônia.
Em um documento de 94 páginas intitulado ‘Querida Amazônia’, o papa Francisco fez um forte apelo aos líderes mundiais, às companhias transnacionais e à população de todo o planeta para aumentarem os esforços de proteção da floresta amazônica e dos povos indígenas que nela vivem.
No início de janeiro, atentados a locais sagrados, expulsões e violentos embates contra seguranças armados e oficiais do governo estadual assolaram os Kaiowá de Dourados e Rio Brilhante, municípios próximos à fronteira do Mato Grosso do Sul com o Paraguai.
Dados obtidos via Instituto Socioambiental (ISA) e a Agência Nacional de Mineração revelam, pela primeira vez, a extensão dos planos de mineradoras que incidem sobre povos indígenas isolados. Atualmente, 3.773 requerimentos minerários afetam 31 Terras Indígenas e 17 Unidades de Conservação que possuem 71 registros de povos indígenas isolados em seu perímetro. É mais da metade de todos os registros de povos indígenas isolados na Amazônia.
Há mais de 50 anos, os Xavante lutam para retomar a soberania da Terra Indígena Marãiwatsédé, em Mato Grosso. O mais recente obstáculo são os planos do governo federal de asfaltar a BR-158, rodovia que atravessa a reserva bem ao meio.
Um ano depois do rompimento de uma barragem de rejeitos que matou quase 270 pessoas e provocou um tsunami de lama tóxica que destruiu a região de Brumadinho, os indígenas afetados ainda enfrentam dificuldades para ter uma morada distante das águas poluídas do rio Paraopeba.
O Brasil começou a década como um exemplo para o mundo, reduzindo de modo inédito o desmatamento na Amazônia. Sob o governo Bolsonaro, caminha para a ruína ecológica.
Não foi por falta de dados: pesquisadores e lideranças regionais passaram as duas semanas da conferência da ONU sobre mudanças climáticas, em Madri, alertando governos sobre a gravidade da situação na Amazônia. Em troca, receberam o silêncio das autoridades ou o adiamento das soluções para a próxima COP, em 2020.
Fazendeiros e ocupantes irregulares da Reserva Extrativista Chico Mendes, no Acre, alcançam poder político inédito e pressionam pela redução dos limites da primeira unidade de conservação desse tipo no país, que completa 30 anos em março.
O artista visual Denilson Baniwa e a cantora Djuena Tikuna estão levando a Amazônia para galerias e palcos ao redor do mundo, revelando a diversidade socioambiental da floresta e suscitando reflexões sobre seu futuro.
Brasil inflama Madri: de um lado, apoio à expansão do agronegócio na Amazônia; do outro, movimentos sociais que marcham em defesa de indígenas e direitos à terra
A APA Triunfo do Xingu, no Pará, perdeu 22% de sua cobertura florestal entre 2007 e 2018. E os números deste ano indicam que a taxa de desmatamento vem aumentando.
A prisão dos voluntários da ONG Brigada de Alter chamou a atenção nacional para uma batalha que vem acontencendo há décadas no chamado “Caribe Amazônico”: de um lado, grileiros e segmentos do setor imobiliário interessados em construir grandes empreendimentos na orla; do outro, ambientalistas e empresas de ecoturismo insistindo no crescimento sustentável.
Buscando formas de ocupar novos lugares de poder nas aldeias, cerca de 200 mulheres 200 mulheres de 16 etnias realizaram o primeiro grande encontro voltado para questões de gênero do Território Indígena do Xingu.
Porque Ituna/Itatá, no Pará, tornou-se a terra indígena mais desmatada do Brasil.
Batizada de Operação Faroeste pela Polícia Federal, investigação mira a grilagem de terras no oeste da Bahia, um das maiores produtoras de soja do Brasil, em um esquema de corrupção para garantir a venda de decisões judiciais que legitimavam terras roubadas na região.
Alessandra Korap Munduruku é uma das principais lideranças femininas indígenas no Brasil. Nesta entrevista, ela fala sobre a situação das populações indígenas sob o governo Bolsonaro, o aumento das invasões em territórios ancestrais e o protagonismo das mulheres na luta pela terra.
Ao longo do rio Mamuru, no Pará, indígenas Sateré-Mawé e ribeirinhos resistem juntos às incursões de madeireiros e forasteiros, que reivindicam área localizada entre terra Indígena e assentamento agroextrativista.