Desde o início da gestão Bolsonaro, foram assinados 57 atos legislativos que enfraqueceram as regulamentações ambientais — metade durante os sete primeiros meses da pandemia de covid-19. Houve também queda de 70% na aplicação de multas ambientais.
Entre os projetos considerados prioritários para o governo federal neste início de ano, a ferrovia EF-170, conhecida como Ferrogrão, deve começar a ser licenciada em abril. A previsão é que…
Acompanhar a devastação do Cerrado nas últimas décadas é um exercício necessário, sobretudo porque o desaparecimento do bioma compromete a segurança hídrica e alimentar do Brasil. A savana mais biodiversa…
“Imagine ser uma agricultora, viver na Amazônia e acordar todas as manhãs com medo de criminosos que rondam sua casa em motocicletas, que simulam túmulos no seu quintal”, disse Caroline…
Apuí, no sul do Amazonas, vem produzindo desde 2012 o primeiro café agroecológico da Amazônia. O município está entre os líderes em focos de incêndio e desmatamento na região.
A redução nos níveis de desmatamento e emissões de carbono atribuídas a projetos na Amazônia brasileira certificados por um importante programa de compensação de carbono da ONU foi bastante superestimada,…
Entre abril e novembro, o governo da Bahia liberou 1,9 bilhões de litros para captação diária por projetos agrícolas no oeste do estado. A irrigação em larga escala oferece grande risco para as comunidades tradicionais da região.
Quem viaja ao extremo oeste da Bahia se vê cercado por lavouras de soja preenchendo toda a faixa entre o horizonte e as margens de rodovias federais, como a BR-135,…
Quase um quinto da soja e dos grãos do Brasil já correm pelos rios da Amazônia. Um boom na construção de portos fluviais privados, com pouca supervisão governamental, ameaça ainda mais os cursos d'água da região.
Credenciamento de plantas é permeado por pressões políticas e econômicas. Exigências ambientais são ignoradas enquanto pecuária impulsiona desmatamento da Amazônia.
Em setembro, o Tribunal de Justiça da Bahia deu razão à tese de que as terras da fazenda Gleba Campo Largo, no oeste baiano, foram griladas. A fazenda pertence à Caracol Agropecuária Ltda., empresa que por quase uma década foi financiada por um fundo da universidade norte-americana de Harvard.
Há mais de um século, as comunidades de fecho de pasto no oeste baiano preservam o Cerrado criando gado em terras de uso comum, coletando espécies nativas e cultivando alimentos orgânicos.
Segundo novo levantamento do MapBiomas, 87,2 milhões de hectares de áreas de vegetação nativa foram destruídos de 1985 a 2019. Metade na Amazônia.
De acordo com um estudo publicado na revista Science, ao menos um quinto das exportações agrícolas do Brasil para a União Europeia pode estar ligado ao desmatamento ilegal. Utilizando conjuntos…
Estima-se que mais de 80% da soja produzida nas fazendas onde houve desmatamento ilegal seguiu para mercados internacionais, principalmente China e União Europeia. Maior produtor e exportador da soja brasileira, Mato Grosso é pioneiro em termos de transparência de dados.
Há dois anos, Centro-Oeste, Sul e parte do Sudeste vêm registrando chuvas abaixo das médias históricas, prejudicando culturas agrícolas. Segundo boletim recente do Cemaden, órgão do governo federal, um dos responsáveis é o próprio agronegócio.
Relatório recente mostra que a universidade norte-americana, uma das mais respeitadas do mundo, investiu pesado em terras na região do Matopiba, nova fronteira agrícola do Cerrado. São áreas marcadas por crimes ambientais e violações de direitos contra agricultores.
Nova pesquisa afirma que grandes reservas protegidas legalmente são necessárias para que os povos indígenas mantenham seus meios tradicionais de subsistência.
Acompanhamos o dia a dia dos empresários e trabalhadores das dragas de ouro no Rio Madeira, em Rondônia. Apesar de ser uma atividade ilegal, a extração funciona abertamente diante da capital Porto Velho.
Mesmo sabendo que as atividades da Minerva apresentavam riscos de desmatamento, trabalho infantil e conflitos de terra, o fundo internacional injetou US$ 85 milhões na empresa, que se tornou a maior exportadora de carne na América Latina. Ainda há dúvidas, porém, se o frigorífico cumpriu à risca as contrapartidas socioambientais previstas no contrato.