Iracambi é uma ONG que atua na Serra do Brigadeiro, em Minas Gerais, em uma área no coração da Mata Atlântica, bioma em grande parte destruído pelo desmatamento.
Pesquisadores monitoraram três ouriços-pretos que haviam sido resgatados de uma área que seria suprimida para a construção de um terminal portuário no Espírito Santo e translocados para uma Área de Preservação Permanente; o método, chamado de translocação, revelou-se uma ferramenta de conservação viável para proteger esses animais.
Levantamento global de 8 mil espécies de anfíbios feito pela IUCN revelou que 40% delas estão com algum risco de extinção: 2.873 espécies no total. Desmatamento e fungos letais já eram apontados como causas do declínio, mas agora biólogos ressaltam o papel da crise climática: altas temperaturas e baixa umidade afetam a respiração dos anfíbios, que é feita em parte pela pele.
Experimento que vem sendo realizado há 15 anos em áreas da Serra do Mar paulista mostrou que a presença de grandes mamíferos herbívoros, como antas e queixadas, é fundamental para manter a integridade e a biodiversidade da floresta.
Especialista no Cerrado, a bióloga e professora da Universidade de Brasília elenca os porquês do crescimento exponencial do desmatamento no bioma, a savana mais biodiversa do planeta.
Regulamentados em 2005, alimentos geneticamente modificados prometiam aumentar o acesso a alimentos de baixo custo e reduzir o uso de agrotóxicos; hoje, porém, a insegurança alimentar atinge 33 milhões de brasileiros e a quantidade de pesticidas aumentou 38%.
Pesquisa inédita identificou, em mais de mil amostras coletadas em 10% dos municípios da Caatinga, a presença de até sete genes transgênicos em uma mesma semente crioula. O resultado evidencia contaminações cruzadas ocorridas em campo.
Em entrevista à Mongabay, Malu Ribeiro, diretora de políticas públicas da SOS Mata Atlântica, fala sobre a Medida Provisória 1150, que tramita no Congresso Nacional. A MP prevê alterações na Lei da Mata Atlântica, a única a proteger um bioma brasileiro; uma delas é a permissão para desmatar florestas primárias e florestas em estágio avançado e médio de regeneração.
Em janeiro de 2019, o rompimento de barragem da Vale em Brumadinho (MG) devastou o território banhado pelo Rio Paraopeba – incluindo as áreas habitadas pelos povos Pataxó e Pataxó Hã-hã-hãe. Parte da comunidade permaneceu na aldeia original, Naõ Xohã, onde hoje vive sem poder pescar no rio e com o solo contaminado por metais pesados; mudanças na alimentação deflagraram uma epidemia de diabetes, intoxicações e alergias.
A economia ambiental vê o meio ambiente como uma forma de capital natural: a terra, a água e a biodiversidade são vistas como ativos que facilitam o fluxo de bens…
Coletando dados dos últimos 40 anos, pesquisadores observaram aumento de temperatura e secas mais severas na região do Matopiba, que engloba partes de Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia.
Em dezembro, pesquisadores realizaram uma extensa bateria de exames, coletas e medições nos botos-vermelhos da Reserva de Desenvolvimento Sustentável Amanã, no Amazonas, além de instalar radiotransmissores a fim de identificar áreas preferenciais e prioritárias para a proteção da espécie.
No estado do Rio de Janeiro, a ONG Saving Nature trabalha para criar corredores de vida silvestre que reconectem trechos fragmentados da Mata Atlântica e ajudam a expandir a população de espécies ameaçadas, como o mico-leão-dourado.
A Reserva Ecológica de Guapiaçu, no estado de Rio de Janeiro, conserva 12 mil hectares de Mata Atlântica em uma área responsável pelo abastecimento de água para 2,5 milhões de pessoas.
Estudo mostra que, nas regiões degradadas da Amazônia, diminuiu a quantidade de água evaporada e transportada pelos chamados rios voadores, impactando a biodiversidade da Mata Atlântica. Uma das consequências dessas mudanças foi a seca de 2014 na região Sudeste, que coibiu o período reprodutivo das rãs-de-corredeira (Hylodes sazimai), endêmicas de quatro municípios do sul de Minas Gerais e São Paulo, colocando a população em declínio.
Anfíbios tropicais estão vivendo um declínio global, com a doença causada pelo fungo Batrachochytrium dendrobatidis (Bd) exercendo um papel especialmente significativo nas mortes; mais de 500 espécies no mundo já foram dizimadas pela infecção. De acordo com estudo recente, a divisão de habitat - quando diferentes ecossistemas, tais como áreas terrestres e de água doce, se separam - poderia contribuir para tornar os anfíbios mais vulneráveis ao fungo.
Milhares de anfíbios morrem nas Américas em decorrência de um fungo letal, Batrachochytrium dendrobatidis (Bd), que causa uma doença chamada quitridiomicose. Algumas das espécies mais afetadas são as do gênero Atelopus, conhecidas como sapos-arlequim; por suas cores vivas, são chamados de “joias da região neotropical”.
Projeto Harpia completa 25 anos monitorando mais de 60 ninhos na Amazônia, Cerrado e Mata Atlântica; um de seus programas tem como objetivo trabalhar a conservação de forma integrada, devolvendo para a natureza toda ave em condições de não ficar em cativeiro permanente.
Nova pesquisa brasileira mostra que os insetos terrestres estão diminuindo tanto em abundância quanto em diversidade; populações de insetos aquáticos permanecem estáveis.
Estudo inédito analisa a biodiversidade presente em mais de 16 mil minutos de sons gravados na Floresta Nacional de Carajás, área protegida no sudeste do Pará. Cerca de 230 espécies de aves já foram reconhecidas em 7 mil minutos de gravação.