Estudo mostra que, nas regiões degradadas da Amazônia, diminuiu a quantidade de água evaporada e transportada pelos chamados rios voadores, impactando a biodiversidade da Mata Atlântica. Uma das consequências dessas mudanças foi a seca de 2014 na região Sudeste, que coibiu o período reprodutivo das rãs-de-corredeira (Hylodes sazimai), endêmicas de quatro municípios do sul de Minas Gerais e São Paulo, colocando a população em declínio.
Enquanto crescia, Maria de Fátima Batista costumava estudar no escuro, usando uma vela ou lanterna para iluminar. Não havia eletricidade na comunidade ribeirinha onde ela mora, em Rondônia. Hoje, aos…
Conversamos com jornalistas que há anos conhecem e relatam a Amazônia, e também vivenciam – com o corpo todo – a violência da região.
Em entrevista à Mongabay, a artista, educadora e ativista Daiara Tukano fala dos caminhos que a arte atravessa para impulsionar o pensamento crítico da população e ajudar na luta pelos direitos indígenas.
A Ferrogrão (EF-170) foi projetada para reduzir custos de transporte de cargas entre o Mato Grosso e o Pará, onde a soja representa um dos principais produtos de exportação. Mas a ferrovia esbarra em resistências de povos indígenas que serão afetados por riscos socioambientais. Seu traçado corre paralelamente à BR-163, obra que já causou impactos não compensados para populações tradicionais.
Milhares de anfíbios morrem nas Américas em decorrência de um fungo letal, Batrachochytrium dendrobatidis (Bd), que causa uma doença chamada quitridiomicose. Algumas das espécies mais afetadas são as do gênero Atelopus, conhecidas como sapos-arlequim; por suas cores vivas, são chamados de “joias da região neotropical”.
Desde a ditadura militar, Barcarena, no Pará, é a sede de um complexo industrial que concentra diversas mineradoras; a maior delas é a norueguesa Norsk Hydro. A região, porém, é um território quilombola, e há documentos e pesquisas arqueológicas que legitimam a presença ancestral de comunidades tradicionais na área. Além da luta pela posse da terra, os quilombolas também vêm sofrendo com a contaminação da água, do solo e do ar pelos metais pesados que são despejados pelas mineradoras.
Especialistas defendem a agrofloresta como uma alternativa agrícola sustentável à monocultura de soja e à pecuária. Projetos bem sucedidos podem restaurar pastagens degradadas e fornecer uma renda estável para pequenos agricultores. Um desses projetos é o Reca, cooperativa agropecuária sustentável e pioneira da agrofloresta na Amazônia brasileira, com mais de 30 anos de experiência.
Em dezembro, foi descoberta uma estrada ilegal de 150 quilômetros de extensão, além de quatro escavadeiras hidráulicas, na Terra Indígena Yanomami. O garimpo de pequeno porte existe na região há mais de 50 anos, mas a estrada e o uso de maquinário pesado podem tornar as atividades 10 a 15 vezes mais destrutivas.
BRASÍLIA — “Eu quero ver a Terra Indígena Yanomami e Raposa Serra do Sol livres de invasões,” Joenia Wapichana, a primeira mulher indígena nomeada presidenta da Fundação Nacional dos Povos…
Segundo estudo inédito assinado por 35 cientistas do mundo todo, mais de 2,5 milhões de km2 do que resta da Floresta Amazônica sofrem com a degradação; isso equivale a mais de 10 vezes o tamanho do Reino Unido.
Pesquisas mostram que as mudanças climáticas já podem ser percebidas no tamanho reduzido dos peixes e na diminuição de sua quantidade em várzeas e igarapés; as fêmeas também estão se reproduzindo mais cedo.
A Terra Indígena Apyterewa está sob proteção federal desde 2007, porém nos últimos anos tornou-se uma das reservas mais desmatadas do Brasil, já que madeireiros, pecuaristas e garimpeiros invadiram e arrasaram extensões de floresta.
Há três décadas, Carlos Nobre projetou um cenário nada animador para a Amazônia. Hoje, mesmo vendo o início do processo de savanização da floresta, o climatologista acredita que ainda é possível reverter o cenário.
A mineradora canadense Belo Sun quer construir uma imensa mina de ouro na região da Volta Grande do Xingu, no Pará; projeto prevê a extração de 74 toneladas de ouro em 20 anos de operação.
A mineração ilegal e as fortunas prometidas pelos garimpeiros estão seduzindo e conquistando os jovens indígenas da aldeia. É cada vez maior o número de membros da próxima geração que se afasta de suas funções na proteção das florestas ancestrais e recorre ao garimpo. Isso se deve principalmente à falta de outras oportunidades econômicas e à desintegração da sociedade tradicional.
O comércio legal e ilegal de animais selvagens continua crescendo em paralelo ao aumento dos investimentos chineses na região amazônica, refletindo uma tendência similar ao tráfico chinês que devastou elefantes, rinocerontes e pangolins na África.
Há seis meses, mais de uma centena de indígenas de cinco diferentes etnias adentravam o Rio Itaquaí, próximo à cidade de Atalaia do Norte, no Vale do Javari, no estado…
Projeto Harpia completa 25 anos monitorando mais de 60 ninhos na Amazônia, Cerrado e Mata Atlântica; um de seus programas tem como objetivo trabalhar a conservação de forma integrada, devolvendo para a natureza toda ave em condições de não ficar em cativeiro permanente.
Uma das principais vozes da juventude indígena, Samela Sateré Mawé conta à Mongabay sobre a importância das redes sociais como ferramentas para o ativismo praticado pelos povos originários.