Um estudo recente analisou 40 anos de medições de temperatura do ar em mais de 65 mil locais ao redor do mundo para investigar como as mudanças em uma região se propagam através do sistema climático, afetando as temperaturas em outras partes do globo.
Conversamos com jornalistas que há anos conhecem e relatam a Amazônia, e também vivenciam – com o corpo todo – a violência da região.
Em dezembro, foi descoberta uma estrada ilegal de 150 quilômetros de extensão, além de quatro escavadeiras hidráulicas, na Terra Indígena Yanomami. O garimpo de pequeno porte existe na região há mais de 50 anos, mas a estrada e o uso de maquinário pesado podem tornar as atividades 10 a 15 vezes mais destrutivas.
A mineração ilegal e as fortunas prometidas pelos garimpeiros estão seduzindo e conquistando os jovens indígenas da aldeia. É cada vez maior o número de membros da próxima geração que se afasta de suas funções na proteção das florestas ancestrais e recorre ao garimpo. Isso se deve principalmente à falta de outras oportunidades econômicas e à desintegração da sociedade tradicional.
O desmatamento das florestas tropicais é um custo que nosso planeta paga todos os dias pelos alimentos que comemos. Do óleo de palma em nosso sorvete, passando pelo bife em…
Cooperativa indígena Pataxó reflorestou 210 hectares de Mata Atlântica no Corredor Ecológico Monte Pascoal-Pau Brasil com espécies que cobriam o solo baiano antes do Descobrimento.
Mulher, preta e amazônida, a ex-ministra do Meio Ambiente e recém-eleita deputada federal Marina Silva é hoje uma das mais complexas e fascinantes figuras da política brasileira. Filha de seringueiros…
Defensores do desmatamento no Brasil argumentam com frequência que a derrubada da Amazônia é uma maneira eficaz de aliviar a pobreza. Antes das eleições do próximo domingo, um grupo nosso liderado por Darren Norris, da Universidade Federal do Amapá, decidiu ver o que os dados dizem sobre as ligações entre desmatamento e pobreza na Amazônia.
Criada em 2018, a Reserva Extrativista Baixo Rio Branco-Jauaperi ainda espera por um plano de manejo e pela criação de um conselho de representantes das comunidades locais.
As gigantes do comércio de commodities Cargill e Bunge compram parte da soja usada em ração para frangos e animais de estimação de terras onde comunidades indígenas sofreram violência e das quais foram expulsas, de acordo com uma nova reportagem da Earthsight, organização que investiga injustiças ambientais e sociais.
Em março, 15 comunidades ribeirinhas do Rio Manicoré, no Amazonas, conquistaram, de maneira coletiva, uma Concessão de Direito Real de Uso (CDRU); é a primeira que isso ocorre no estado. Parte destes ribeirinhos luta, desde 2006, para que o território seja transformado em Reserva de Desenvolvimento Sustentável. Mas, por medo e desinformação espalhados por madeireiros e grileiros, a maioria dos comunitários não aprova a reserva.
Desde que foi criada, em 2006, a Área de Proteção Ambiental (APA) Triunfo do Xingu, no Pará, já perdeu 35% de suas florestas primárias. A APA foi criada para servir como zona de amortecimento para áreas vulneráveis adjacentes, tais como a Terra Indígena Apyterewa e a Estação Ecológica Terra do Meio, mas o desmatamento se espalhou para ambas as reservas.
Comunidades indígenas Yanomami na Venezuela estão sofrendo com as crescentes invasões dos garimpeiros brasileiros. Uma das áreas mais impactadas é a Reserva da Biosfera do Alto Orinoco-Casiquiare, uma área protegida de quase 8,5 milhões de hectares que abriga cerca de 15 mil povos indígenas, diversos mamíferos e répteis ameaçados e mais de 500 espécies de plantas endêmicas.
A Suíça é o segundo maior comprador do ouro brasileiro, atrás apenas do Canadá. Importou do Brasil 24,5 toneladas do metal precioso em 2021. O país europeu também abriga algumas das principais refinarias de ouro do mundo. No final de julho, essas refinarias assinaram uma declaração pública em que condenam o garimpo ilegal e se comprometem a rastrear e identificar a origem do metal para evitar o processamento de ouro extraído ilegalmente de Terras Indígenas da Amazônia brasileira.
Em 22 de junho, um grupo de quase 200 indígenas Pataxó ocupou uma plantação de eucaliptos dentro de seu território demarcado na Bahia, incendiando as árvores. A retomada ocorre num contexto de crescente resistência à expansão dos eucaliptos na Bahia e deflagra a frustração dos povos indígenas com a lentidão do processo para ganhar plenos direitos legais sobre suas terras.
Desde 2004, quando começaram os registros de trabalhadores em condições análogas à escravidão, 1.640 indígenas foram resgatados nessa situação; só na pandemia já são mais de 100 indígenas encontrados em formas de trabalho escravo.
Segundo novo estudo, conservar 3,5 milhões de km2 da floresta, área necessária para preservar suas funções ecológicas, custaria de 1,7 a 2,8 bilhões de dólares anuais. Em contrapartida, a União Europeia gasta cerca de 5,3 bilhões de dólares por ano para manter apenas 1 milhão de hectares, soma total de suas áreas protegidas.
Novo estudo confirmou que a Amazônia Ocidental foi inundada pelas águas do Atlântico há menos tempo do que se pensava. O fenômeno contribuiu para a riqueza da biodiversidade da região, incluindo os golfinhos de água doce.
Em 16 de abril de 2020, a Funai publicou a Instrução Normativa nº 9, que permite o registro de imóveis rurais em Terras Indígenas ainda não demarcadas no Brasil. Desde então, o Governo Federal já certificou e registrou mais de 250 mil hectares de fazendas em territórios de 49 povos indígenas ao redor do Brasil.
Nova investigação estabeleceu uma ligação entre as redes de supermercados, fast food e marcas de comida para pets da Europa com a fazenda Brasília do Sul, de 9.700 hectares, que se tornou sinônimo de abusos aos direitos indígenas no Mato Grosso do Sul. Brasília do Sul abrigava um grupo de indígenas Guarani-Kaiowá, que foi expulso à força nos anos 1950 para abrir caminho ao desenvolvimento agrícola.