Estudo revela que área desmatada de 4.500 km² na Amazônia está pronta para ser queimada, o que pode agravar problemas respiratórios na população e pressionar sistema de saúde
O Movimento das Mulheres Yarang, do povo Ikpeng, coletou mais de 3 toneladas de sementes nativas na última década. Um milhão de árvores já brotaram na bacia do Rio Xingu como resultado de seu esforço.
As abelhas nativas brasileiras são importantes em diversos serviços ambientais – a polinização da flora e de cultivos agrícolas é o maior deles. Mas novos estudos mostram que pesticidas podem afetá-las com maior intensidade.
Enquanto o vírus se espalha e produz cenas dramáticas na região amazônica, grileiros avançam, a seca se aproxima e os índices de desmatamento já são os piores da década. Tudo isso em meio a uma crise política cujo maior efeito é a perda de fiscais em campo.
É consenso na ciência que novas doenças costumam surgir nas áreas de contato entre a floresta e frentes de expansão econômica, como o agronegócio e a mineração. A julgar pelas políticas do atual governo, segundo especialistas, o risco de a próxima pandemia ter origem no Brasil é grande. Estudos já detectaram a conexão entre a degradação ambiental e o aumento recente nos casos de malária e febre amarela.
Queda no consumo de açaí e castanha-do-brasil é um indício de que a desaceleração econômica provocada pela pandemia de covid-19 já chegou à floresta. Medo dos especialistas é de que as comunidades extrativistas busquem fontes alternativas de renda na criação de gado e na extração, o que pode favorecer a derrubada de árvores.
Um criador de Tefé, no Amazonas, fez de sua fazenda uma referência para a pecuária na floresta, em uma iniciativa do Instituto de Desenvolvimento Sustentável Mamirauá. Um sistema mais produtivo, mais rentável e que dispensa a necessidade de que novas áreas de floresta sejam derrubadas para a abertura de pastos.
Do shampoo inspirado nas teias de aranha ao hotel projetado com base nos atributos térmicos do bico dos tucanos, cientistas e empresas do país estão apostando na inteligência da natureza para criar soluções inovadoras que reduzam os impactos no planeta.
Idealizado por um antropólogo indígena, o Centro de Medicina Indígena Bahserikowi oferece aos moradores de Manaus tratamentos tradicionais de cura e proteção aplicados por pajés das etnias Dessana, Tuyuka e Tukano.
Comunidades tradicionais no Pará serão as primeiras a receber o projeto Amazônia 4.0, que une ciência, inovação e planejamento estratégico para criar uma bioeconomia da floresta em pé.
Em entrevista exclusiva, Marcelino Guedes, pesquisador da Universidade Federal do Amapá fala sobre a importância do manejo e dos saberes tradicionais para o fortalecimento de uma economia florestal no Brasil, capaz de vencer o paradigma que coloca a floresta em pé como inimiga do desenvolvimento.
Pesquisador do Centro de Ciência do Sistema Terrestre, no Inpe, Antonio Donato Nobre fala com exclusividade à Mongabay sobre o quadro de degradação que ameaça o futuro da Floresta Amazônica.
400 mil mulheres são as guardiãs de 25 milhões de hectares de matas de babaçu, área de transição entre a Amazônia e o Cerrado que vem sofrendo a ocupação sistemática do agronegócio.