Os Guarani da Terra Indígena Jaraguá, na zona noroeste do município de São Paulo, recuperaram nove espécies de abelhas nativas, antes extintas na região; hoje são 300 colmeias. As abelhas nativas são sagradas para os Guarani, que utilizam a cera para espantar maus espíritos e o mel e o própolis para curar diversas doenças.
As florestas com araucária tiveram 98% de sua extensão original devastada pela indústria madeireira; hoje, manter as árvores em pé tem se provado melhor alternativa de renda para as comunidades serranas.
Estudo analisou 129 territórios indígenas na Mata Atlântica entre 1995 e 2016 e concluiu que, onde houve formalização da posse, a cobertura florestal aumentou em um média de 0,77% ao ano.
Enquanto crescia, Maria de Fátima Batista costumava estudar no escuro, usando uma vela ou lanterna para iluminar. Não havia eletricidade na comunidade ribeirinha onde ela mora, em Rondônia. Hoje, aos…
A Ferrogrão (EF-170) foi projetada para reduzir custos de transporte de cargas entre o Mato Grosso e o Pará, onde a soja representa um dos principais produtos de exportação. Mas a ferrovia esbarra em resistências de povos indígenas que serão afetados por riscos socioambientais. Seu traçado corre paralelamente à BR-163, obra que já causou impactos não compensados para populações tradicionais.
Em dois assentamentos do Vale do Paraíba, em São Paulo, mulheres estão liderando o processo de integrar a apicultura a técnicas baseadas na agricultura orgânica e regenerativa. Nos últimos cinco anos, as novas apicultoras relatam melhorias na qualidade do solo, redução da erosão e maior diversidade de pássaros e abelhas nativas.
Pesquisas mostram que as mudanças climáticas já podem ser percebidas no tamanho reduzido dos peixes e na diminuição de sua quantidade em várzeas e igarapés; as fêmeas também estão se reproduzindo mais cedo.
Numa das áreas com maior população negra na capital baiana, a proximidade com um porto, um complexo industrial e uma refinaria de petróleo vem causando impactos na saúde da população e do ecossistema desde os anos 1950.
Moradores do Arquipélago do Bailique, na foz do Amazonas, instituíram um Protocolo Comunitário para promover a autogestão por meio do fortalecimento da identidade sociocultural. O caminho escolhido foi investir na cadeia produtiva de açaí.
Nas quatro décadas desde sua criação, o MST organizou mais de 350 mil famílias para criar comunidades, cooperativas e mercados de produtores baseados nesse método sustentável de produção de alimentos. Em entrevista à Mongabay, três líderes do programa de agroecologia do MST compartilham sua filosofia, conquistas e objetivos.
O Sistema Agrícola Tradicional Quilombola (SATQ) do Vale do Ribeira foi reconhecido em 2018 Patrimônio Cultural Imaterial do Brasil. Dentre os saberes dos povos quilombola, está o plantio na lua minguante para evitar o uso de agrotóxicos.
Pescadores artesanais e industriais relatam incremento no volume e variedade de espécies na Lagoa do Patos e na costa do Rio Grande do Sul. Fartura coincide com o período posterior à aprovação de uma lei que veta a pesca de arrasto motorizada na costa gaúcha, sancionada em 2018.
A mineradora Brazil Iron vem assoreando nascentes e espalhando poeira tóxica nos cafezais e canaviais de comunidades tradicionais da região da Chapada Diamantina, na Bahia. Os cafés especiais de Piatã vem conquistando importantes prêmios internacionais, enquanto a cachaça de Abaíra foi reconhecida com o selo de Indicação Geográfica pela qualidade do produto.
Criada em 2018, a primeira e única associação de parteiras tradicionais do Amazonas busca valorizar a profissão frente à crítica dos médicos e à falta de reconhecimento do poder público.
No extremo sul da cidade de São Paulo, indígenas Guarani conseguiram recuperar terras degradadas antes usadas para a monocultura de eucalipto. Recolhendo sementes de aldeias de outros estados e países, os indígenas chegaram a plantar mais de 200 variedades livres de qualquer transformação gênica.
Empresas em todo o mundo estão alcançando resultados promissores usando fontes naturais, conhecimento tradicional e técnicas avançadas de biotecnologia para desenvolver materiais sustentáveis para a indústria da moda, substituindo couros e peles de animais e reduzindo os impactos de uma das indústrias mais poluentes do mundo.
Coleção de sementes da Embrapa tem cerca de 120 mil amostras de quase 700 espécies agrícolas coletadas ao longo dos 49 anos de existência da estatal. Algumas das amostras foram enviadas ao Banco Mundial de Sementes de Svalbard, no Oceando Ártico, que, além de já conservar alimentos como arroz, feijão, pimenta e abóbora do Brasil, em breve receberá também variedades de milho crioulo, maracujá e caju.
No nordeste de Minas Gerais, a cerca de 500 quilômetros da capital Belo Horizonte, fica localizado o Alto Jequitinhonha. Neste trecho do país, ponto de convergência entre Cerrado, Mata Atlântica…
Em uma pequena clareira na margem da floresta tropical, duas fileiras de painéis solares brilham ao sol do final da manhã. Em um galpão próximo, inversores zumbem baixo enquanto transformam…
No noroeste de Minas Gerais, mais de 40 produtores já trabalham com a metodologia agroecológica; a safra 2020/2021 rendeu mais de 5 toneladas de algodão.