Em 2020, o governo estadual de São Paulo empreendeu uma reforma administrativa que levou à extinção e à fusão de diversas instituições de pesquisa científica ambiental. Um dos órgãos extintos foi o Instituto Florestal, que, ao longo de mais de um século de atuação, criou dezenas de Unidades de Conservação no estado; hoje elas somam quase 1 milhão de hectares.
Iracambi é uma ONG que atua na Serra do Brigadeiro, em Minas Gerais, em uma área no coração da Mata Atlântica, bioma em grande parte destruído pelo desmatamento.
Pesquisadores monitoraram três ouriços-pretos que haviam sido resgatados de uma área que seria suprimida para a construção de um terminal portuário no Espírito Santo e translocados para uma Área de Preservação Permanente; o método, chamado de translocação, revelou-se uma ferramenta de conservação viável para proteger esses animais.
Levantamento global de 8 mil espécies de anfíbios feito pela IUCN revelou que 40% delas estão com algum risco de extinção: 2.873 espécies no total. Desmatamento e fungos letais já eram apontados como causas do declínio, mas agora biólogos ressaltam o papel da crise climática: altas temperaturas e baixa umidade afetam a respiração dos anfíbios, que é feita em parte pela pele.
Análise do Instituto Escolhas detectou que recuperar 1,02 milhão de hectares de áreas desmatadas com Sistemas Agroflorestais pode produzir 156 milhões de toneladas de alimentos e ainda remover 482,8 milhões de toneladas de CO2 da atmosfera.
Os três viveiros municipais de São Paulo envasam por ano cerca de 1,5 milhão de mudas nativas para verdejar a cidade. O ajardinamento público colabora com a recarga de aquíferos, combate ilhas de calor, evita enchentes, atrai a fauna, melhora a qualidade do ar e colabora para o bem-estar emocional e físico das pessoas.
Pressionadas por inúmeras ameaças, três Terras Indígenas localizadas em diferentes biomas brasileiros (Amazônia, Cerrado e Mata Atlântica) estão entre as dez iniciativas aprovadas pelo Programa Polinizando a Regeneração.
Prestes a iniciarem o trabalho, algumas das 146 coletoras indígenas da Rede de Sementes da Bioeconomia Amazônica (Reseba), a primeira de Rondônia, viajaram até o nordeste de Mato Grosso para conhecer o grupo mais longevo do Brasil, a Rede de Sementes do Xingu.
Experimento que vem sendo realizado há 15 anos em áreas da Serra do Mar paulista mostrou que a presença de grandes mamíferos herbívoros, como antas e queixadas, é fundamental para manter a integridade e a biodiversidade da floresta.
Em cartaz até 24 de setembro no Museu Afro Brasil Emanoel Araújo, a mostra Roça é Vida conta os modos de vida e o conhecimento tradicional da comunidade Quilombo São Pedro, um dos 26 quilombos reconhecidos no Vale do Ribeira, em São Paulo.
Esgotos das cidades do entorno, uso de agrotóxico no cultivo de cana-de-açúcar e resíduos da produção das usinas presentes na região estão entre as causas da contaminação, que já afeta a renda de pescadores.
Em quatro áreas de conservação do interior paulista, pesquisadores constataram a presença de 278 espécies de aves florestais — 80 a menos do que havia sido registrado em estudos anteriores.
A 230 km de Brasília, na Chapada dos Veadeiros (GO), representantes de redes de sementes de várias partes do país se reuniram por quase uma semana no início de junho.…
Quatro mil alunos plantaram quase 10 mil árvores em escolas públicas de São Paulo até o final de 2022. Em 2023, serão implementadas mais oito miniflorestas. A iniciativa da ONG formigas-de-embaúba tem o potencial de alcançar 650 escolas públicas na cidade, segundo levantamento do MapBiomas.
Em entrevista à Mongabay, Malu Ribeiro, diretora de políticas públicas da SOS Mata Atlântica, fala sobre a Medida Provisória 1150, que tramita no Congresso Nacional. A MP prevê alterações na Lei da Mata Atlântica, a única a proteger um bioma brasileiro; uma delas é a permissão para desmatar florestas primárias e florestas em estágio avançado e médio de regeneração.
Comunidades tradicionais e ambientes naturais em terra e mar podem ser os mais prejudicados pela construção de um projeto turístico-imobiliário privado na ilha de Boipeba. A empreitada pode azeitar a…
Com pequenos projetos de produção de mel, castanhas de baru e óleo de babaçu, povos indígenas como Terena, Kayapó e Kuikuro estão contribuindo para a proteção da biodiversidade do Cerrado.
No estado do Rio de Janeiro, a ONG Saving Nature trabalha para criar corredores de vida silvestre que reconectem trechos fragmentados da Mata Atlântica e ajudam a expandir a população de espécies ameaçadas, como o mico-leão-dourado.
Os Guarani da Terra Indígena Jaraguá, na zona noroeste do município de São Paulo, recuperaram nove espécies de abelhas nativas, antes extintas na região; hoje são 300 colmeias. As abelhas nativas são sagradas para os Guarani, que utilizam a cera para espantar maus espíritos e o mel e o própolis para curar diversas doenças.
Com o crescimento dos compromissos globais de reflorestamento, como empresas, governos e comunidades irão pagar a restauração dos ecossistemas florestais e ajudar a sequestrar o carbono em longo prazo? Uma saída possível: cultivar e vender madeira nos mesmos lotes de terra onde estão sendo realizados trabalhos de reflorestamento.