As harpias na Amazônia usam apenas 28 espécies de árvores para fazerem seus ninhos. Muitas delas, como a samaúma, são cobiçadas por madeireiras tanto legais quanto ilegais.
Segundo novo levantamento do MapBiomas, 87,2 milhões de hectares de áreas de vegetação nativa foram destruídos de 1985 a 2019. Metade na Amazônia.
De acordo com um estudo publicado na revista Science, ao menos um quinto das exportações agrícolas do Brasil para a União Europeia pode estar ligado ao desmatamento ilegal. Utilizando conjuntos…
Nova pesquisa afirma que grandes reservas protegidas legalmente são necessárias para que os povos indígenas mantenham seus meios tradicionais de subsistência.
Estudo recente que 38 espécies de árvore listadas oficialmente como ameaçadas de extinção foram comercializadas entre 2012 e 2016 no Brasil. Embora sua extração seja proibida, a madeira das árvores ameaçadas foi negociada dentro do país e exportada.
Pela primeira vez, Ibama e ICMBio têm o Estado como adversário. Censura, perseguição e exonerações são a nova rotina desde a posse de Jair Bolsonaro. “O Salles veio para destruir por dentro a área ambiental”, diz uma servidora, referindo-se ao ministro do Meio Ambiente.
Nesta reportagem fotográfica, acompanhamos de perto a retirada ilegal de madeira no estado de Rondônia — um dos pilares que sustentam a atividade econômica na Amazônia brasileira, sem sinal de redução durante a pandemia de coronavírus.
Neste artigo, especialistas defendem um modelo de ações integradas e intensivas para combater o desmatamento na Amazônia.
Certamente não os povos da floresta: grileiros, latifundiários e até petrolíferas são os beneficiados pela nova diretriz da Funai, que abre 237 terras indígenas no Brasil à venda, loteamento e especulação.
A rodovia BR-319 (Figura 1), que liga Manaus a Porto Velho, está em processo de reformas (chamadas de "manutenção" pelos seus responsáveis) antes mesmo de autorizada a retomada de suas…
Pesquisadores cruzaram informações oficiais com imagens de satélite para identificar os 27 mil hectares explorados de maneira ilegal de 2017 a 2018. Altamira, afetada por Belo Monte e a segunda cidade mais violenta do Brasil em 2019, registrou aumento de 845% na extração não autorizada de madeira.
Em entrevista exclusiva à Mongabay, o líder dos Ashaninka relembra os anos de exploração de seu território por parte das madeireiras e comenta o acordo judicial inédito que assegurou indenização e pedido de desculpas.
Acordo judicial inédito assegura reparação ao povo Ashaninka, do Acre, cujas terras foram desmatadas nos anos 1980 para abastecer a indústria moveleira na Europa. Os indígenas só concordaram com negociação porque ela incluiu um pedido de desculpas e reconhecimento de sua “enorme importância como guardiões” da Amazônia.
Facilitando a extração ilegal de madeiras raras e valiosas, como o ipê, cujo metro cúbico pode ser vendido por até U$ 2.500 em terminais brasileiros de exportação, autoridades ambientais reverteram regulamentações que proibiam a venda para o exterior de madeiras suspeitas, tornando legal a maior parte das exportações do tipo.
Em Santarém, no Pará, cerca de 600 indígenas veem suas lavouras ficarem inférteis à medida que o agronegócio se expande pela região. Com a soja, chegam também a apropriação irregular de terras ancestrais e um atraso ainda maior na demarcação de uma reserva indígena na área.
No ano em que Reserva Extrativista Chico Mendes completa 30 anos, ideal conservacionista do grande líder seringueiro dilui-se enquanto o Acre se defronta com complexas pressões econômicas. Jovens são atraídos a deixar o extrativismo para trabalhar em atividades mais estáveis, como a criação de gado.
Dinheiro do contribuinte está ajudando a alavancar uma das atividades produtivas mais propensas ao desmatamento no Brasil, segundo estudo. Na última década, os governos estaduais e federal abriram mão de R$ 12,3 bilhões por ano para estimular a criação de gado e a indústria de carne no Brasil. Retorno em impostos, porém, foi de R$ 15,1 bilhões por ano.
Reserva valiosa da Mata Atlântica e cenário histórico do descobrimento do Brasil, a terra dos Pataxó sofre com a derrubada ilegal de madeiras nobres, usadas para a produção de artesanato. Entre os envolvidos no crime, há também indígenas.
No início de janeiro, atentados a locais sagrados, expulsões e violentos embates contra seguranças armados e oficiais do governo estadual assolaram os Kaiowá de Dourados e Rio Brilhante, municípios próximos à fronteira do Mato Grosso do Sul com o Paraguai.
Fazendeiros e ocupantes irregulares da Reserva Extrativista Chico Mendes, no Acre, alcançam poder político inédito e pressionam pela redução dos limites da primeira unidade de conservação desse tipo no país, que completa 30 anos em março.