A Ferrogrão (EF-170) foi projetada para reduzir custos de transporte de cargas entre o Mato Grosso e o Pará, onde a soja representa um dos principais produtos de exportação. Mas a ferrovia esbarra em resistências de povos indígenas que serão afetados por riscos socioambientais. Seu traçado corre paralelamente à BR-163, obra que já causou impactos não compensados para populações tradicionais.
A construção de barragens é uma das ferramentas mais antigas para gerenciamento de água doce. A prática atingiu um pico internacional nas décadas de 1960 e 1970, porém, nos últimos anos, a construção de barragens vem enfrentando críticas globais crescentes à medida que se acumula o alto preço ambiental pago por seus benefícios.
Construção da Ferrovia de Integração Oeste-Leste (Fiol), que ligará o porto de Ilhéus, na Bahia, à BR-153 (Rodovia Belém-Brasília), ganhou novo fôlego com o leilão vencido pela empresa que opera a maior mina de ferro da região.
A Reserva Biológica de Sooretama é um dos últimos refúgios de Mata Atlântica do Espírito Santo. Mas também um raro ponto do Sudeste brasileiro onde é possível encontrar vestígios de espécies amazônicas.
Não simples passarelas, mas estruturas de concreto, largas e com vegetação: nas rodovias e ferrovias do país, começam a surgir meios eficazes para conectar fragmentos de florestas e reduzir o risco de atropelamentos.
Novo estudo mostra que a Caatinga está severamente ameaçada pela atividade humana. Com mais de 27 milhões de moradores, é um dos biomas mais degradados do país.
O Brasil enfrenta uma decisão crítica sobre o licenciamento da rodovia BR-319, nas bacias dos rios Purus e Madeira no Amazonas. A rodovia levaria desmatadores a grandes áreas intactas da Floresta Amazônica. Áreas protegidas ao longo da rota foram criadas para impedir o avanço do desmatamento.
Qual o impacto socioambiental de 75 projetos de estradas previstos para a Bacia Amazônica nos próximos cinco anos? Pesquisadores analisaram e descobriram que os 12 mil quilômetros de estradas novas ou ampliadas podem causar o desmatamento de 2,4 milhões de hectares de floresta nativa que se estenderão por até 20 anos.
Projetos de estradas que se ramificariam a partir da BR-319 abririam a parte norte deste vasto bloco de floresta para a entrada dos desmatadores. Agora, uma nova ameaça avança rapidamente: o projeto de extração de petróleo e gás na região do Solimões, que prevê milhares de poços espalhados pelas porções central e sul dessa área florestal. Embora não façam parte do relatório preliminar de impacto ambiental oficial, futuras estradas ligando as áreas perfuradas à BR-319 provavelmente darão aos desmatadores acesso à toda a área.
A construção da Usina Hidrelétrica de Belo Monte é o dispositivo narrativo de Sequestrada, primeiro longa-metragem da cineasta e socióloga americana Sabrina McCormick. O filme, que estreou em dezembro em plataformas de streaming, conta a história da jovem indígena Kamudjara em meio às expectativas sobre as profundas mudanças sociais e ambientais resultantes do empreendimento.
Mega-hidrelétrica na Amazônia foi construída com capacidade para 11.233 MW, mas até agora esteve longe de obter essa meta. Com o desmatamento e a seca causando alterações cada vez mais nítidas na vazão Rio Xingu, é possível que a conta de Belo Monte saia mais cara do que se previa.
Em janeiro, líderes indígenas de 47 povos participaram de um evento histórico em uma aldeia Kayapó de Mato Grosso. O encontro foi convocado pelo cacique Raoni Metuktire para articular uma resposta à retórica incendiária e às ações agressivas do governo Bolsonaro contra a população indígena do país.
Na véspera de Natal, 70 indígenas Munduruku ocuparam o Museu de História Natural de Alta Floresta, em Mato Grosso. O objetivo: resgatar 12 urnas funerárias e outros artefatos removidos de um cemitério sagrado, sem sua permissão, durante o processo de licenciamento da Usina Hidrelétrica Teles Pires, na divisa de Mato Grosso e Pará.
O Brasil começou a década como um exemplo para o mundo, reduzindo de modo inédito o desmatamento na Amazônia. Sob o governo Bolsonaro, caminha para a ruína ecológica.