Numa das áreas com maior população negra na capital baiana, a proximidade com um porto, um complexo industrial e uma refinaria de petróleo vem causando impactos na saúde da população e do ecossistema desde os anos 1950.
A Terra Indígena Apyterewa está sob proteção federal desde 2007, porém nos últimos anos tornou-se uma das reservas mais desmatadas do Brasil, já que madeireiros, pecuaristas e garimpeiros invadiram e arrasaram extensões de floresta.
A mineradora canadense Belo Sun quer construir uma imensa mina de ouro na região da Volta Grande do Xingu, no Pará; projeto prevê a extração de 74 toneladas de ouro em 20 anos de operação.
Moradores de um assentamento sem-terra em Anapu, no Pará, acusam o Governo Federal de favorecer grandes latifundiários, grileiros e corporações às custas de camponeses pobres e sem terra.
O desmatamento das florestas tropicais é um custo que nosso planeta paga todos os dias pelos alimentos que comemos. Do óleo de palma em nosso sorvete, passando pelo bife em…
Mulher, preta e amazônida, a ex-ministra do Meio Ambiente e recém-eleita deputada federal Marina Silva é hoje uma das mais complexas e fascinantes figuras da política brasileira. Filha de seringueiros…
Moradores do Arquipélago do Bailique, na foz do Amazonas, instituíram um Protocolo Comunitário para promover a autogestão por meio do fortalecimento da identidade sociocultural. O caminho escolhido foi investir na cadeia produtiva de açaí.
A construção de barragens é uma das ferramentas mais antigas para gerenciamento de água doce. A prática atingiu um pico internacional nas décadas de 1960 e 1970, porém, nos últimos anos, a construção de barragens vem enfrentando críticas globais crescentes à medida que se acumula o alto preço ambiental pago por seus benefícios.
O declínio das matas de araucária na região Sul traz consequências graves para a cultura Kaingáng, que faz do pinheiro importante fonte alimentar, cultural e de resistência. Ecossistema é um dos mais devastados do Brasil: restam apenas 3% de sua extensão original.
Nas eleições de 2018, 422 candidatos em todas as Unidades da Federação receberam doações de pessoas e sócios de empresas ligadas a crimes ambientais na Amazônia; 156 deles foram eleitos. Mato Grosso foi o líder em doações: 62 candidatos receberam R$ 6 milhões de infratores multados pelo Ibama. Total das multas por crimes ambientais desses financiadores supera R$ 260 milhões.
As gigantes do comércio de commodities Cargill e Bunge compram parte da soja usada em ração para frangos e animais de estimação de terras onde comunidades indígenas sofreram violência e das quais foram expulsas, de acordo com uma nova reportagem da Earthsight, organização que investiga injustiças ambientais e sociais.
Dos 27 estados brasileiros, 24 estão conectados à Amazônia pelos crimes ambientais. Essas ramificações, identificadas a partir de dados de mais de 300 operações da Polícia Federal entre 2016 e 2021, envolvem 254 municípios.
Em 22 de junho, um grupo de quase 200 indígenas Pataxó ocupou uma plantação de eucaliptos dentro de seu território demarcado na Bahia, incendiando as árvores. A retomada ocorre num contexto de crescente resistência à expansão dos eucaliptos na Bahia e deflagra a frustração dos povos indígenas com a lentidão do processo para ganhar plenos direitos legais sobre suas terras.
A mineradora Brazil Iron vem assoreando nascentes e espalhando poeira tóxica nos cafezais e canaviais de comunidades tradicionais da região da Chapada Diamantina, na Bahia. Os cafés especiais de Piatã vem conquistando importantes prêmios internacionais, enquanto a cachaça de Abaíra foi reconhecida com o selo de Indicação Geográfica pela qualidade do produto.
Para conquistar o mercado mundial, os três grandes frigoríficos brasileiros – JBS, Marfrig e Minerva – foram atrás de capital estrangeiro. Hoje são todos transnacionais, com os fundadores originais possuindo apenas ações minoritárias. Investidores estrangeiros, incluindo empresas de gestão de ativos e fundos de pensão, agora possuem grandes participações, o que significa que cidadãos comuns nos EUA e na Europa estão ajudando a financiar o desmatamento da Amazônia por meio de seus investimentos.
Mineradora de capital canadense finalmente deu início a um processo de consulta aos indígenas que vivem na área – mais de uma década depois de chegar à região e começou a prospectar potássio. A Potássio do Brasil prometeu empregos e prosperidade ao município de Autazes, mas as comunidades indígenas Mura temem que a mina possa poluir os rios, matando os peixes dos quais dependem para sobreviver.
Estudos recentes mostram que o sistema agrivoltaico pode servir como estratégia de desenvolvimento sustentável ao otimizar duas atividades produtivas num mesmo espaço: a produção de alimentos e a geração de energia solar. O primeiro sistema agrivoltaico no Brasil, chamado Ecolume, foi desenvolvido por uma rede nacional de mais de 40 pesquisadores e instalado em uma escola de agroecologia de Pernambuco em 2019.
Empresas em todo o mundo estão alcançando resultados promissores usando fontes naturais, conhecimento tradicional e técnicas avançadas de biotecnologia para desenvolver materiais sustentáveis para a indústria da moda, substituindo couros e peles de animais e reduzindo os impactos de uma das indústrias mais poluentes do mundo.
Nova investigação estabeleceu uma ligação entre as redes de supermercados, fast food e marcas de comida para pets da Europa com a fazenda Brasília do Sul, de 9.700 hectares, que se tornou sinônimo de abusos aos direitos indígenas no Mato Grosso do Sul. Brasília do Sul abrigava um grupo de indígenas Guarani-Kaiowá, que foi expulso à força nos anos 1950 para abrir caminho ao desenvolvimento agrícola.
Coleção de sementes da Embrapa tem cerca de 120 mil amostras de quase 700 espécies agrícolas coletadas ao longo dos 49 anos de existência da estatal. Algumas das amostras foram enviadas ao Banco Mundial de Sementes de Svalbard, no Oceando Ártico, que, além de já conservar alimentos como arroz, feijão, pimenta e abóbora do Brasil, em breve receberá também variedades de milho crioulo, maracujá e caju.