Especialista no Cerrado, a bióloga e professora da Universidade de Brasília elenca os porquês do crescimento exponencial do desmatamento no bioma, a savana mais biodiversa do planeta.
Coletando dados dos últimos 40 anos, pesquisadores observaram aumento de temperatura e secas mais severas na região do Matopiba, que engloba partes de Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia.
Um estudo recente analisou 40 anos de medições de temperatura do ar em mais de 65 mil locais ao redor do mundo para investigar como as mudanças em uma região se propagam através do sistema climático, afetando as temperaturas em outras partes do globo.
Levantamento inédito descobriu que os manguezais da costa brasileira armazenam até 4,3 vezes mais carbono nos primeiros 100 centímetros de solo quando comparados a outros biomas vegetados no país, incluindo a Amazônia.
Dados oficiais mostram que o número de bovinos chegou a 3,8 milhões no Acre, um aumento de 8,3% em 2020 em relação ao ano anterior. Em 2021, o Acre entrou chegou a figurar no terceiro lugar no ranking dos estados que mais destruíram a Amazônia no ano passado; a taxa de desmatamento é a maior em 18 anos.
Em 2020, uma grande seca seguida de forte geada prejudicou a safra brasileira de café; pequenos produtores, que em geral não usam sistema de irrigação, foram os mais afetados. Para driblar os efeitos da crise climática nas lavouras de café, produtores do Cerrado mineiro aderiram a um programa de agricultura climaticamente inteligente.
Imagens de satélite nos trazem uma primeira visão dos hotspots de desmatamento deste ano, totalizando mais de 860 mil hectares entre janeiro e setembro.
Diversos pesquisadores haviam previsto, no início deste ano, que a seca contínua, o aumento das taxas de desmatamento e a falta de fiscalização resultariam em um grave período de incêndios.
Estudo da Embrapa diz que até 2025 os Puyanawa deixarão de emitir cerca de 6,4 mil toneladas de gás carbônico por ano - equivalente a R$ 200 mil por ano.
De acordo com os autores, a redução florestal fez com que um dos maiores sumidouros de carbono do mundo gerasse quase 500 milhões de toneladas de emissões de CO2, uma quantidade maior do que as emissões anuais de países desenvolvidos como o Reino Unido e a Austrália.
O desmatamento está tornando o Cerrado mais quente e seco: pesquisadores observaram aumentos de 2,24 °C em média nas temperaturas máximas mensais entre 1961 e 2019; se esta tendência persistir, as temperaturas poderão ser até 6 °C mais altas.
Estudos científicos recentes confirmam o que produtores brasileiros já sentem na prática: a produção descontrolada de commodities agrícolas está destruindo a produtividade e o lucro do próprio agronegócio; pesquisadores falam em "agro-suicídio".
“A gente mora aqui no Pará e uma das grandes produções que a gente tem é o açaí, e ultimamente a gente tem tido uma perda muito grande por essa…
Em vigência desde dezembro de 2019, o programa RenovaBio, do Ministério de Minas e Energia, aposta no incremento dos biocombustíveis para diminuir as emissões de gases de efeito estufa (GEE).…
Análise de 20 anos de dados de satélites mostra diferenças significativas de temperatura em terras agrícolas no sul da Amazônia, dependendo do tamanho da propriedade.
Se a Amazônia perder 3 a 8% a mais de sua cobertura florestal, alertam pesquisadores, pode passar do ponto irreversível de se tornar uma savana degradada. No resto do Brasil, isso poderá se traduzir em secas de imensas proporções.
Além de identificar as ameaças que pairam sobre a biodiversidade marinha brasileira, pesquisadores também definiram cerca de 280 mil km2 de áreas prioritárias para proteção.
A partir do modelo desenvolvido, cientistas conseguiram antecipar seis entre os sete principais eventos de seca desde a década de 80. Com as informações, agricultores e comunidades tradicionais amazônicas poderão se planejar e sofrer menos com a interferência do clima.
Commodities agrícolas foram as grandes responsáveis por incêndios na Amazônia, segundo estudo que cruza dados da Nasa com cadeias de suprimentos das empresas.
Dois novos estudos alertam que a ruptura das condições climáticas ameaça degradar de forma irreversível diversos biomas em todo o planeta.