Matérias de Xavier Bartaburu

Pescadores e cientistas falam dos impactos de Belo Monte sobre os peixes do Rio Xingu

Sete anos após o início das operações da Usina Hidrelétrica de Belo Monte, pescadores confirmam o que cientistas vêm constatando em estudos: os peixes desapareceram do Rio Xingu. O maior impacto foi na dispersão de frutos por parte de peixes frugívoros: com a vazão do rio reduzida, os frutos agora caem em áreas secas, fazendo com os que os peixes busquem alimento em outros territórios e comprometendo toda a cadeia alimentar acima deles.

Nova espécie de tartaruga é descoberta na Amazônia em pleno Arco do Desmatamento

Duas espécies de tartarugas foram descobertas recentemente no Pará; a última, a perema-do-pará, foi encontrada no sul do estado, uma das regiões mais devastadas da Amazônia. Na Amazônia brasileira há 21 espécies de quelônios e 16 delas são endêmicas, muitas ainda pouco estudadas; conhecer o papel dessas espécies no ecossistema é o caminho para definir estratégias de conservação.

No Pará, criminosos destroem um dos trechos mais bem preservados da Amazônia

Apesar de ser uma área protegida, a Terra do Meio sofre pressões cada vez maiores, com dados mostrando que o desmatamento dobrou em 2022, chegando a 4.300 hectares. Apesar de ser uma área protegida, a Terra do Meio sofre pressões cada vez maiores, com dados mostrando que o desmatamento dobrou em 2022, chegando a 4.300 hectares.

O que o silêncio das rãs na Mata Atlântica tem a ver com o desmatamento na Amazônia

Estudo mostra que, nas regiões degradadas da Amazônia, diminuiu a quantidade de água evaporada e transportada pelos chamados rios voadores, impactando a biodiversidade da Mata Atlântica. Uma das consequências dessas mudanças foi a seca de 2014 na região Sudeste, que coibiu o período reprodutivo das rãs-de-corredeira (Hylodes sazimai), endêmicas de quatro municípios do sul de Minas Gerais e São Paulo, colocando a população em declínio.

Para salvar anfíbios de fungo letal, é preciso reconectar as florestas tropicais, diz estudo

Anfíbios tropicais estão vivendo um declínio global, com a doença causada pelo fungo Batrachochytrium dendrobatidis (Bd) exercendo um papel especialmente significativo nas mortes; mais de 500 espécies no mundo já foram dizimadas pela infecção. De acordo com estudo recente, a divisão de habitat - quando diferentes ecossistemas, tais como áreas terrestres e de água doce, se separam - poderia contribuir para tornar os anfíbios mais vulneráveis ao fungo. 

Pantanal está em risco de colapso, advertem cientistas

Uma confluência de atividades humanas no Brasil e no mundo, incluindo desmatamento e mudanças climáticas, está aquecendo essa paisagem, ameaçando todo o ecossistema com secas, incêndios florestais e perda de habitat. Um plano de hidrovia no Rio Paraguai pode ser uma sentença de morte para a manutenção do equilíbrio do ecossistema pantaneiro.