Dados recém-divulgados indicam que a destruição da floresta tropical na Amazônia brasileira atingiu o nível mais elevado desde 2009.
Na semana passada, o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) do Brasil e a Imazon, uma ONG brasileira, liberaram, de forma independente, dados de seus programas de monitoramento do desmatamento que acontece quase que em tempo real.
As revelações suscitam a preocupação de que o progresso histórico do Brasil na redução do desmatamento da floresta tropical da Amazônia pode estar diminuindo.
Dados recém-divulgados indicam que a destruição da floresta tropical na Amazônia brasileira atingiu o nível mais elevado desde 2009.
Na semana passada, o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) do Brasil e a Imazon, uma ONG brasileira, liberaram, de forma independente, dados de seus programas de monitoramento do desmatamento que acontece quase que em tempo real. Ambos mostram um aumento acentuado da clareira na floresta em relação ao ano passado no mesmo período, colocando o desmatamento perto de uma década de níveis elevados.
O INPE, que no ano passado parou de relatar o desmatamento em uma base mensal, publicou os números de abril a julho 2016, revelando que seu sistema de alerta detectou 2.953 quilômetros quadrados de desmatamento na floresta tropical Amazônica. Esse valor representa um aumento de 25% em relação ao período do ano anterior. Para os doze meses findos em 31 de julho, a área, somando 5.971 quilômetros quadrados, é a maior no total de doze meses remontando a março de 2009.
Embora a Imazon utilize seu próprio algoritmo de detecção de desmatamento, seus dados mostram uma tendência semelhante no aumento da perda da floresta para um período de sete anos.
Tanto o INPE como a Imazon mostram um desmatamento considerável, especialmente em junho de 2016: 1.431 quilômetros quadrados e 972 quilômetros quadrados respectivamente. O sistema da Imazon também revelou um grande aumento na degradação da floresta, que muitas vezes precede o desmatamento total.
No entanto, os dados ainda são preliminares. O INPE e a Imazon publicam dados mais precisos com base em imagens de satélite com maior resolução no final do ano.
Contudo, há uma forte correlação entre os dados de “alerta” a curto prazo e a perda real de floresta ao longo da última década, sugerindo que talvez a recente tendência será confirmada quando a avaliação das imagens de alta resolução for liberada.
As revelações suscitam a preocupação de que o progresso histórico do Brasil na redução do desmatamento da floresta tropical da Amazônia pode estar diminuindo. O que não seria uma surpresa dada a recente evolução da situação no país: muitas vezes, o desmatamento da floresta no Brasil aumenta em anos de seca e quando a moeda nacional está fraca, tornando as exportações agrícolas mais rentáveis. Além disso, alguns ambientalistas têm manifestado certa preocupação acerca da recente transformação política, incluindo a revisão do código florestal do país e uma tentativa do Congresso em relaxar ainda mais as proteções da floresta.
O Brasil representa cerca de dois terços da floresta Amazônica, a maior floresta tropical do planeta.
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