O Brasil pode aumentar sua produção agrícola significativamente enquanto melhora a proteção de seus ecossistemas nativos, revela uma nova análise publicada pela Climate Policy Initiave (CPI), uma think tank internacional.
O estudo, intitulado Production and Protection: A First Look at Key Challenges in Brazil, analisa a produtividade agrícola, tendências do uso da terra, e políticas dominantes nas área rurais do Brasil. Há “amplo escopo para o aumento da proteção de recursos naturais e crescimento da produção agrícola no Brasil”, conclui o estudo.
“De um ponto de vista protecionista, o país se beneficiaria com o desenvolvimento de mecanismos que aumentam significativamente o custo da destruição clandestina da vegetação nativa, assim como através do avanço de incentivos com base no mercado, que promovem práticas sustentáveis”, afirma o relatório. “De um ponto de vista voltado para a produtividade, há espaço para aumentar a produção agrícola brasileira através de aumentos de produtividade, sem qualquer custo aparente para a conservação ambiental”.
A CPI afirma que há diversas oportunidades para expandir tanto a proteção quanto a produção, inclusive melhorias no monitoramento e aplicação de leis para melhorar o acesso ao crédito rural, assistência técnica e educação.
Por exemplo, o relatório diz que a melhoria na monitoração dos desmatamentos de florestas em pequena escala que atualmente não é detectado pelo sistema de detecção de desmatamento via satélite do governo poderia ajudar a identificar 70% do desmatamento da Amazônia atualmente causado por pequenos agricultores. O monitoramento de ecossistemas externos à Amazônia, como o Cerrado e a Mata Atlântica, dariam maior apoio à aplicação das leis para a proteção desses habitats menos apreciados, mas ainda assim importantes.
A CPI relata que um plano de ações para a proteção da vegetação nativa já está em vigor, mas precisa ser mais reforçado através do registro de terras para proprietários particulares e outros meios.
Com relação à produção agrícola, o relatório afirma que o setor agrícola do Brasil está sofrendo variações significativas em termos de produtividade. Muitas dessas variações podem ser atribuídas ao acesso às finanças, tecnologia, infraestrutura e posse da terra. Melhorar esse acesso através de uma estrutura abrangente que também vise conservar ecossistemas nativos pode aumentar tanto a proteção quanto a produção, de acordo com a CPI.
“A implementação de uma estratégia de produção e proteção no Brasil, portanto, configura-se como um meio prático para obter ganhos sociais, econômicos e ambientais, possibilitando o crescimento da economia rural do país, além do aprimoramento da proteção de seus recursos naturais,” diz o relatório.
Izabella Teixeira, the Minister for the Environment of Brazil, said the research may help offer a path forward for Brazil to continue reducing deforestation while increasing farm output.
Izabella Teixeira, a ministra do meio-ambiente do Brasil, disse que a pesquisa pode ajudar a encaminhar o Brasil em direção à redução do desmatamento enquanto aumenta a produção agrícola.
“Os recursos naturais do Brasil são a base do futuro de nosso país,” disse Teixeira em um comunicado de imprensa. “A análise da CPI identifica desafios e oportunidades para o aumento da produtividade de terras agrícolas existentes e proteção da vegetação nativa. Revela que o Brasil segue a estratégia certa, ambos podemos melhorar nossa economia e a proteção de nossos recursos minerais.”
A CPI publicou anteriormente análises observando a eficácia de inúmeras medidas políticas na redução do desmatamento da Amazônia. Um estudo publicado em Janeiro concluiu que 15 % da diminuição do desmatamento entre 2007 e 2011 pode ser atribuído a uma lei de crédito agrário que concede empréstimos de acordo com o cumprimento da legislação ambiental. Um relatório de maio atribuiu 60 % da diminuição do desmatamento ao monitoramento via satélite e a aplicação da lei.
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