Um grupo que representa 2,800 supermercados brasileiros assinou um acordo que bane das suas prateleiras a carne de vaca que esteja associada à desflorestação da floresta Amazónica.
A Associação Brasileira de supermercados assinou o pacto na segunda-feira com o Gabinete do Procurador Público Federal, cujas acções, em 2009- nomeadamente a ameaça de milhares de milhões de dólares em coimas- ajudaram a pressionar as cadeias de supermercados a exigir, dos maiores produtores de carne do mundo, que a carne de vaca não esteja associada à desflorestação. Essa pressão, que chegou ao mesmo tempo de uma intensa campanha do Greenpeace contra os maiores compradores de peles e carne, conduziu a que os maiores interessados na indústria de gado brasileira assinassem este acordo histórico para eliminar gradualmente a associanção da destruição da floresta Amazónica das suas cadeias de abastecimento.
Fate of deforested land in the Brazilian Amazon until 2008 |
O novo acordo obriga os supermercados brasileiros a rejeitar carne de origens desconhecidas, apoiando o sistema de certificação, para a produção de gado, do Brasil. Este sistema tem como objectivo melhorar a transparência nas fontes de comodidades, enquanto encoraja os donos de terras a respeitar as leis ambientais Brasileiras.
A alteração é significativa porque as fazendas de gado são o maior condutor de desflorestação no Amazonas Brasileiro. De acordo com dados governamentais, mais de 60 por cento da terra desmatada na floresta do Amazonas acaba como pastagem de gado..
A maioria das fazendas de gado no Amazonas são um negócio de reduzida productividade, com a maioria das explorações tendo, em média, menos de uma cabeça de gado por hectare. Estas fazendas são geralmente usadas como um veículo de especulação que eleva os valores das terras.