Sarawak continua a desflorestar florestas para plantações de palma de óleo
Sarawak continua a desflorestar florestas para plantações de palma de óleo
mongabay.com
Traduzido por Marcela V.M. Mendes
14 de Julho, 2008
Apesar de uma diretriz do primeiro ministro banindo a conversão da reserva florestal para plantações de palmeira de óleo, o estado de Sarawak na Malásia continuará abrindo terras florestais para plantações de palmeira de óleo, relata o New Straits Times.
Falando à imprensa no sábado, o Ministro Chefe Tan Sri Abdul Taib Mahmud disse que o movimento não irá contra a diretriz do primeiro ministro porque “isso não se aplica ao estado,” de acordo com o New Straits Times. Taib disse que a terra escolhida para novas plantações “não eram reservas florestais permanentes mas terras escolhidas para agricultura desde 1950.”
Ele acrescentou que os orangotangos estavam “seguros” no estado devido ao estabelecimento de um santuário. Ele disse que o estado tinha também estabelecido uma reserva de 30.000 hectares (75.000 acres) para o Penan e outras tribos indígenas nõmades que vivem na floresta úmida.
Plantação de óleo de palma e floresta em Bornéo na Malásia.
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“Não há motivos para não continaurmos abrindo mais terras,” disse ele.
O comentário de Taib logo após um mês de protesto pelos indígenas Kenyah sobre a extração ilegal em suas terras comunais. o bloqueio de estradas madeireiras foi quebrado pela polícia da Malasia no começo do mês.
Os pesquisadores dizem que o crescimento da industria de palma de óleo na Malásia veio parcialmente as custas das florestas naturais. Um estudo publicado no journal Conservation Letters mostrou que 55-59 por cento da expansão da palmeira de óleo na Malásia entre 1990 e 2005 ocorreu em terras florestais. Ambientalistas dizem que a perda de florestas ameaça a biodiversidade e tem diminuido importante serviços do ecossistema incluindo regulamento de água e estoque de carbono. A industria de palmeira de óleo tem respondido observando que a palmeira de óleo é usada em sua maior parte na produção de alimentos — e não para produzir biocombustiveis — e tem um maior rendimento que outras colheitas de óleo, incluindo a soja e semente de couve. A industria diz que a palmeira de óleo tem sido um condutor do desenvolvimento rural na Malasia e que muito da floresta convertida para a palma de óleo tem sido previamente desmatada ou destinada a agricultura.