A Unilever chama pela proibição da destruição de florestas úmidas para plantações de palmeira de óleo
A Unilever chama pela proibição da destruição de florestas úmidas para plantações de palmeira de óleo
mongabay.com
Traduzido por Marcela V.M. Mendes
28 de Maio, 2008
A Unilever, a maior companhia consumidora de bens do mundo, começará a usar palmeira de óleo de fontes sustentáveis certificadas esse ano e diz que vai ter certificada toda sua palmeira de óleo até 2015, de acordo com um discurso feito hoje por Patrick Cescau.
Cescau também declarou apoio para uma moratória na destruição da floresta úmida causada pelas plantações de palmeiras de óleo na Indonesia.
“Hoje nós precisamos tomar o próximo passo. Os fornecedores precisam mudar para atender os critérios, conseguindo ter certificados tanto suas próprias plantações de palmeira de óleo como as plantações de palmeira de óleo que eles compram de terceiros,” Chefe Executivo da Unilever Patrick Cescau. “We also intend to support the call for an immediate moratorium on any further deforestation in Indonesia for palm oil.”
“Nós estamos comprometidos a fazer isso porque acreditamos ser a coisa certa a fazer pelas pessoas que utilizam nossos produtos, pelo meio ambiente e comunidades dentro e ao redor de onde crescem as palmeira de óleo e para nosso negócio e nossas marcas” continuou ele.
Floresta e plantação de palmeira de óleo em Borneo. Foto por Rhett A. Butler |
O anúncio da Unilever veio logo após que um relatório do Greenpeace mostrou que os fornecedores da companhia estavam destruindo o habitat dos orangotangos e áreas de turfas ricas em carbono na Indonesia devido às plantações de palmeira de óleo. No relatório, o Greenpeace revelou que a Unilever não poderia traçar a origem de suas palmeira de óleo e disse que a Mesa Redonda de Palmeira de Óleo Sustentável (RSPO) — a resposta da industria às criticas de sua performance ambiental — foi insuficiente a suas metas traçadas para reduzir a conversão das terras da floresta úmida.
Além de apoiar a proibição do desmatamento da floresta para as plantações de palmeira de óleo, Cescau disse que a companhia terá toda sua palmeira de óleo usada na Europa completamente traçada até 2012.
O Greenpeace diz que os esforços da Unilever terão pouco impacto a não ser que outros compradores se juntem e forçem os fornecedores a abandonar a destruição da floresta.
“O comprometimento da Unilever em selecionar palmeira de óleo sustentável será inútil a não ser que seus fornecedores parem de arrasar com as florestas úmidas da Indonésia – esse é o porquê a moratória é tão importante,” disse Tim Birch, ativista do Greenpeace International forest. “Todo dia que a Unilever continua comprando palmeira de óleo desses fornecedores, os orangotangos estão levados a extinção e a mudança climática continua imbatível.”
A Unilever é o maior consumidor de palmeira de óleo do mundo, usando 4% da produção total global de seus alimentos e produtos cosméticos.
Os ambientalistas dizem que a produção de palmeira de óleo nas terras florestais resultam na destruição de habitats criticos de orangotangos e liberam grandes quantidades de gases de efeito estufa.
A Indonesia atualmente é a terceira no ranking de emissões de carbono devido ao desflorestamento e degradação de pantanos de turfas, de acordo com Wetlands International.