Investir para salvar as florestas úmidas
Investir para salvar as florestas úmidas:
Uma entrevista com Hylton Murray-Philipson da Canopy Capital
Rhett A. Butler, mongabay.com
Traduzido por Marcela V.M. Mendes
20 de Abril, 2008
Semana passada a Canopy Capital baseada em Londres, uma empresa provada de equidade, anunciou um acordo historico para preservar a floresta úmida de Iwokrama, uma reserva de 371.000-hectares no país Sul Americano, Guiana. Em troca por financiar uma parte “significante” da pesquisa e programa de conservação de Iwokrama de $1.2 milhões, a Canopy Capital assegurou o direito de desenvolver valor para os serviços ambientais fornecidos pela reserva. Essentcalmente a empresa financeira apostou que os serviços gerados por uma floresta viva — incluindo a geração de chuvas, regulação do clima, manutenção da biodiversidade e estoque de carbono — irá eventualmente ser valiosa nos mercados internacionais.
Hylton Murray-Philipson, diretor da Canopy Capital, diz que o acordo — que tem retorno de 80 por cento dos procedimentos para o povo da Guiana — poderia iniciar uma fase para uma era onde a conservação da floresta é dirigida pela busca do lucro ao invés de outras preocupações mais altruistas.
“Os esforços de conservação nas últimas duas décadas tem basicamente falhado no que diz respeito à Amazônia. Eu estive lendo durante minha vida adulta inteira sobre a destruição da Floresta Úmida Amazônica, e isso ainda está acontecendo. Qual é o problema? Francamente, falta de dinheiro. A filantropia é muito pequena, os governos muito vagarosos, então estará nas mãos do mercado,” ele disse a mongabay.com durante uma entrevista por telefone. “A única maneira pela qual mudaremos isso é através dos incentivos lucrativos. Isso é o que é necessário para aproveitar o poder dos mercados. Mas isso não impede lucrar — nós igualmente teremos que fornecer uma vida melhor para os povos locais. Precisamos começar a avaliar as partes intrinsicas da floresta como uma entidade intacta ao invés de de ter que convertê-la em outra coisa qualquer.”
Murray-Philipson acredita que o mercado irá em breve ver o desenvolvimento como uma inteira nova classe de produtos financeiros ligados ao valor dos serviços do ecossistema fornecidos pelas florestas. Ele sugere que um índice com peso baseado nas propriedades das florestas globais poderia algum dia ajudar gestores de fundos de investimentos a determinar o valor economico de uma dada floresta em qualquer parte do mundo bem como prover incentivos para a conservação.
“O índice incluiria blocos de floresta ao redor do mundo e seria baseada em critérios estabelecidos que se aplicariam para todas as florestas,” ele explicou. “Por exemplo, imagine que você tenha elementos diferentes e cada elemento possa pontuar 10 de um máximo de 100 pontos. Se a floresta está preservando uma cultura indígena, esse seria um elemento. Outros poderiam incluir graus de ameaça, a presença de espécies endemicas ou ameaçadas, o potencial para o ecoturismo ou colheita sustentável dos produtos da floresta, se a floresta for um corredor para migração da biodiversidade ou geração de chuva, qualidade de administração, e se as pessoas locais se beneficiam dos arranjos de conservação. o índice iria incorporar todas as características para criar um critério pelo qual as florestas ao redor do mundo poderiam ser medidas para dar um grau de uniformidade para o acionista e também mantes a diversidade dentro da classe dos recursos, que é claro a maior característica da floresta.”
“Uma vantagem para o sistema de avaliação é que poderia promover o desenvolvimento de novas reservas e áreas de conservação. Por exemplo, se você tem uns vinte e poucos anos com um amor pela natureza e uma mente afiada seria válido você viakar para uma diferente parte do mundo tentar “melhorar” uma área florestal criando relacionamentos com beneficiários locais para trazê-los para o nosso lado, evitando extração de madeira ilegal, e conduzindo pesquisas sobre a biodiversidade. Essas ações seriam basicamente seus pontos no sistema de peso, tornando a floresta mais valiosa. É uma maneira de aproveitar o motriz do lucro para na verdade conseguir que as coisas sejam feitas. O índice torna fácil para que o gestor de fundos de investimento compre dentro desse mercado.”
No curso de duas entrevistasd por telefone com mongabay.com, Murray-Philipson discutiu o acordo de Iwokrama e sua probabilidade para pagamentos pelos serviços do ecossistema.
Uma entrevista com Hylton Murray-Philipson
Mongabay: Como tem sido a resposta ao anúncio do acordo em Iwokrama?
Hylton Murray-Philipson: É absolutamente interminável. O interesse é extraordinario.
Mongabay: Qual foi sua motivação para o acordo na Guiana?
Hylton Murray-Philipson: Minha motivação para fazer qualquer acordo em qualquer lugar vêm da minha percepção de onde estamos no mundo. Eu sinto que estamos numa encruzilhada. Eu penso que esse é o último momento que temos espécies pelas quais tomar ações corretivas antes que estejamos muito em breve num caminho comprometido de forma significativa pela mudança climática.
Olhando para as florestas úmidas especificadamente, os esforços de conservação nas últimas duas décadas tem falhado na Amazônia. Eu estive lendo minha vida adulta inteira sobre a destruição da Floresta Amazônica, o que ainda está ocorrendo. Qual é o problema? Francamente, falta de dinheiro. A Filantropia é muito pequena, os governos são muito vagarossos, então estará nas mãos do mercado. Nossa empresa está trazendo capital para a canopy. A única maneira que mudaremos isso será através da motriz do lucro. Isso é o que é necessário para aproveitar o poder dos mercados. Mas ele não para ao conseguir lucors — nós teremos também que prover uma vida melhor para as pessoas locais. Precisamis começar a avaliar partes intrinsecas da floresta como uma entidade intacta ao invés de ter de convertê-la em outra coisa qualquer.
Mongabay: Por que a Guiana?
Hylton Murray-Philipson: Eu originalmente tentei fazer algo no Brasil. Eu vivi lá por 5 anos quando eu estava estabelecendo um banco de investimentos há 20 anos atrás. Eu conheço o ambiente ao redor, falo a língua e obviamente eu sei que mesmo que vençamos as batalhas nas Guianas, Colômbia, Peru, Equador, Bolivia, Venezuela, e perdemos no Brasil, essencialmente perdemos a guerra. Então eu comecei pelo Brasil, mas a perspectiva brasileira sobre isso é muito complicada. Sim, o Brasil tem um longo caminho — há apenas dois anos atrás se vetavam essencialmente todo debate internacional sobre as florestas e para falar sobre essas coisas era muito dificil — mas mesmo agora o país não está abraçando as soluções baseadas no mercado. Eles tentaram fazer pagamentos de governo para governo — que não ganhou grandes apoios — antes de expressar suas próprias idéias de quais são as soluções baseadas no mercado, mas para ser honesto, estes não respondem a nenhum mercado que eu conheça. No fim do dia, a falta de tipos de definições legais em niveis federais torna isso muito difícil.
Então quando eu passei por Iwokrama na Guiana eu pensei, esta é a resposta para todas as minhas orações — é realmente uma jóia na coroa. Na Guiana temos o líder do estado, o Presidente Bharrat Jagdeo, abertamente dizendo, “Ei rapazes, por favor venham e me ajudem porque eu estou em um ponto muito interessante do desenvolvimento do meu país.” A Guiana foi um completo caso financeiro em termos de gastos de 94 por cento da receita pública em serviços de débito, mas agora o débito foi cancelado em o país quer saber por onde vai de agora em diante. A Guiana não está no pelotão de frente da destruição — não é como tentar ir para o Pará ou para o Mato Grosso. Meu sentimento é de que se você não pode salvar a fruta que está ao alcance, o que você será capaz de fazer em qualquer outro lugar?
Quando você engaja pessoas nessas questões e eles dizem “OK tudo bem, eu concoro com sua perspectiva, mas agora no que eu irei investir?” você rapidamente descobre que não há nada em que pode investir. Sair por ai comprando pedaços de terras nesses países é a imediata reação que as pessoas tendem a ter mas essa não é a resposta — não há dinheiro suficiente e é politicamente, socialmente, e moralmente muito inaceitável.
Iwokrama apresenta uma oportunidade especial. Em 1996 pelo ato do Parlamento o povo da Guiana deu 371.000 hectares para serem administrados em seu favor e a favor do mundo pela comunidade. Entao temos quase 12 anos de administração, que é chave para assegurar que o dinheiro irá ser gerenciado apropriadamente. Tipicamente uma vez que você identifica um lugar para investir, você se depara com questões como: “O que irá acontecer com o dinheiro se eu investir mesmo? Será reciclado para a Suiça? Fará mesmo diferença naquilo que eu gostaria que fizesse? Em outras palavras, eu irei realmente receber o que penso que vou receber?” Talvez eu seja cínico por olhar o precedente do Programa Piloto para Conservar a Floresta Brasileira financiada pelo G7 (PPG7) no Brasil — francamente a maioria daquele dinheiro nunca deixou Brasília. É bem fácil surgir com declarações de aspiração dizendo que você vai ter que fazer isso, aquilo, e aquilo outro, mas para realmente fazer diferença é muito difícil.
Em Iwokrama você tem o líder do estado que está apoiando, você tem 12 anos de administração internacional, tem a parceria com a Commonwealth, tem o patrocínio do Principe de Gales, você tem a língua Inglesa, tem as regras da lei, e você tem um país basicamente metade do caminho entre o Brasil e os Estados Unidos que tem florestas muito densas, ricas, e bonitas. Se você não poder fazer algo funcionar na Guiana, não tenho certeza que irá fazer em qualquer outro lugar. Então é uma maneira prolixa de dizer porque tem que ser a Guiana.
Mongabay: Por onde você o mercado indo? Você espera que ele se mova além do carbono para valorizar outros serviços do ecossistema como a água?
Hylton Murray-Philipson: Existem diferentes maneiras de olhar para os serviços do ecossistema. Você poderia, por exemplo, dividir os direitos da água e vendê-las para o Cargill, plantadores de soja em Mato Grosso, residentes de Lima (Peru) e quem quer que seja que esteja se beneficiando da água gerada na Floresta Amazônica. A companhia de água em São Paulo ou na Georgia seriam exemplos clássicos. Deixe-me explicar. Tem havido poderosos estudos que ligam a Floresta Amazonica à precipitação na América do Norte, então o caso pode ser feito de tal maneira que a Guiana tem um papel chave na economia nos EUA. Similarmente, no ano passado a Argentina viu fortes secas e escassez porque a chuva da Amazonia não chegou até abaixo na América do Sul como de costume. Enquanto isso o Brasil tem $58 bilhões em exportações agrícolas no ano passado e aproximadamente 70 por cento na geração de eletricidade do país vindo das hidrelectricas. Se você não tem chuvas, afeta diretamente a produção de energia e a agricultura, componentes essenciais da economia. Outra maneira de olhar para isso é comparar as florestas úmidas com uma grande utilidade — se você não pagar sua conta de utilidade, sua energia e água serão cortadas.
No entanto o valor real dos serviços do ecossistema é em tudo empacotado junto. É a pura complexidade e diversidade da vida que dão às florestas seus valores. Então sim, eu penso que estamos nos movendo para além do carbono. Claro, o carbono não é incidental. Na Guiana você tem presa cerca de 100 toneladas de carbono — possivelmente até mesmo o dobro ou mais — por hectare.
Mongabay: Além das entidades que você menciona, quem mais irá pagar por esses serviços ambientais? Você vê a indústria de seguros como um cliente em potencial? Onde os governos de países industrializados se encaixam na equação?
Hylton Murray-Philipson: Companhias de Seguro pode ser uma chave para esse mercado desde que elas já estejam lidando com os riscos relacionados ao clima em locais como a Florida.
Um Contribuinte de potencial surpreendente na minha mente é o Programa Seguro Nacional de Inundação (NFIP) sob a FEMA. Se você reside na Florida e não pode ter seguro comercial da sua casa você tem o direito de colocar essa apólice no Tio Sam — o governo federal. A exposição comercial do NFIP é algo em volta de um trilhão de dólares dos quais 40 por cento só na Florida. Agora se você é Hank Paulson, Secretário da Tesouraria e o NFIP está informando você $400 bilhões de exposição nas áreas extremas de inundação na Florida, eu argumentaria que é fiduciariamente irresponsável para o americano que paga seus impostos não tomar a unica seguradora que Hank Paulson poderia possivelmente fornecer: contribuindo com a preservação da Amazônia. Então esse é uma maneira pela qual os mercados de seguro podem pagar pelos serviços dos ecossistemas.
Seguro poderia ser uma forma pela qual um grupo de G-8 governos poderia se juntar e decidir que eles sozinhos vão liderar o mundo no salvamento das florestas úmidas. Poderiam confiar sob mandato que todo seguro em seus mercados irá incluir alguma quantidade de dinheiro para a conservação de florestas úmidas ao redor do mundo. Há uma equidade fundamental nisso. Se você tem um Lear jet, um grande iate, ou uma casa enorme, você tem mais a segurar e tem que pagar mais. Mas seu impacto no meio ambiente é também maior e eu penso que é claro e justo. Se você tem pouco entao não pagará muito.
Mongabay: Você está olhando em outras partes do mundo ou você se concentrará na Guiana para fazer dar certo lá primeiro?
Hylton Murray-Philipson: Eu acho que tentaremos fazer dar certo na Guiana primeiro.
Eu acho que a próxima coisa que nós deveríamos nos engajar é o que eu descreveria como um esquema “de peso” para as florestas assim podemos desenvolver uma classe real de recursos para apelar para um gestor de finanças que nunca viu uma floresta em sua vida mas decide que as florestas são uma boa coisa para se investir. Um índice é um veículo perfeito para isso.
O índice incluiria blocos da floresta de todo o mundo e seria baseada em critérios estabelecidos que se aplicariam à todas as florestas. Por exemplo, digamos qeu você tenha dez elementos diferentes e cada elemento pode pontuar 10 de um máximo de 100. Se a floresta está preservando a cultura indigena, esse seria um elemento. Outros poderiam incluir graus de ameaça, a presença endêmica ou espécies ameaçadas, o potencial para ecoturismo ou colheita sustentável dos produtos florestais, se a floresta é um corredor para a migração da biodiversidade ou geraçãod e chuva, qualidade de administração, e se os povos locais se beneficiam dos arranjos de conservação. O índice iria incorporar todas as caracteristicas para criar um critério pelo qual as florestas ao redor do mundo seriam medidas para dar um grau de uniformidade para o investidor e também mantém a diversidade dentro da classe de recursos, o qual é claro é a grande característica da floresta. Iwokrama pontuaria bem alto. tem indigenas, boa administração, e crucialmente, acordos locais de beneficiários.
Uma vantagem para esse sistema é que ele poderia promover o desenvolvimento de novas reservas e áreas de conservação. Por exemplo, se você tem vinte e poucos anos com uma amor pela natureza e uma mente afiada seria interessante que você fosse para uma parte diferente do mundo para tentar “melhorar” uma área florestal formando relacionamentos com beneficiarios locais para trazê-los para o nosso lado, impedindo a extração ilegal de madeira, e conduzindo pesquisas da biodiversidade. Essas ações iriam basicamente levantar seus pontos no sistema de peso, assim tornando a floresta mais valiosa. É uma maneira de aproveitar a motriz do lucro para na verdade conseguir com que as coisas sejam feitas. O índice torna fácil para o gestor financeiro comprar dentro desse mercado.
O que realmente me trouxe até esse ponto é a idéia de que o modelo economico que nós herdamod do século 19 não mais é válido para a situação na qual nos encontramos. Eu tenho dois meninos, de 7 e 11 anos, e eu me preocupo com o mundo que eles vão herdar. Esse processo que temos feito desde a Revolução Industrial — convertendo capital natural em capital manufaturado e então capital financeiro — funcionou bem até 1900 quando a população do mundo era apenas de 1.5 bilhões. Mas agora que a população é de 6.5 bilhões — indo para 9 — e estamos consumindo em escalas nunca antes vistas, nossos ancestrais teriam achado iniimaginável, é absolutamente claro que negócios como de costume acabarão em lágrimas. Apenas leia os relatórios oficiais do United Nations Ecosystems Assessment e do IPCC. Então a questão é por que há aquele golfo entre o conhecimento e a falta de ação? A menssagem não está sendo enviada. Não podemos ficar sentados esperando que os líderes do mundo resolvam isso, se reunam, e concordem com algo. Temos que tomar a situação em nossas mãos, em um certo limite nós estamos obviamente precisando da ajuda de um governo no fim do dia. Mas se colocarmos um pouco de lenha na fogueira, mostrar o caminho, e informar o processo ao ponto da formação, é a melhor coisa que nós no setor privado podemos fazer direito agora. Essa é a razão por atrás da Canopy Capital.
Mongabay: Então você realmente acredita que essa será um mercado dirigido pela politica de uma certa forma?
Hylton Murray-Philipson: Em um certo ponto eu acredito que um tipo de acordo global para reconhecer a importancia das florestas úmidas terá que acontecer. Eu não penso que esse será o Processo de Kyoto que é baseadas nas emissões. Teremos que mudar para além do pensamento baseado nas emissões.
O pensamento por trás desse investimento é que o mundo vai eventualmente entender o valor das florestas em assegurar a chuva, abrigos da biodiversidade, e a luta contra a mudança climática. Se vermos $20 por hectare por ano em compensação para a Iwokrama, seus habitantes, a tribo Makushi, bem como o povo da Guiana seriam beneficiados. Nossa empresa iria também lucrar, mas 80 por cento do aumento no valor se acumulariam para os habitantes da reserva.
Mongabay: Sua linha de pensamento é “dirigir o capital para a copa” — você pode elaborar sua filosofia de pensamento?
Hylton Murray-Philipson: Eu chamei a empresa de Canopy Capital porque eu não queria ter nada a ver com o carbono — isso não é realmente sobre o carbono, é sobre a vida. Como você coloca um preço na vida?
Eu pessoalmente me arrependo que tenhamos que fazer isso mas já que somos como gafanhotos — consumindo tudo que vemos em nosso caminho — temos que começar a colocar valor nas florestas porque de outro modo, como o Presidente Jagdeo diz, “elas se converterão em alguma coisa que irá me capacitar ou a meus sucessores a prover saúde, educação, água, e electricidade para o povo da Guiana,” que é seu direito e aspiração. Não há como sentarmos na California ou Londres e dizer a esses jovens no mundo em desenvolvimento “protejam suas florestas” enquanto nós gozamos uma boa vida. Não é igualitário e isso não vai ocorrer. Então o único jeito para que essas florestas continuem a existir e façam contribuição a humanidade se dará se nós reconhecermos seu valor através dos mercados. Há um leve sentimento de pesar em meu coração mas eu acho que é a melhor coisa a se fazer.