Zonas ribeirinhas da Amazonia precisam ser expandidas para proteger a vida selvagem, descobre estudo
Rhett A. Butler, mongabay.com
Traduzido por Marcela V.M. Mendes
19/03/2008
Porções da floresta encarregadas pela lei brasielira ao longo dos rios e córregos na floresta úmida Amazônica estão agora muito estreitas para proteger eficazmente a biodiversidade, relata nova pesquisa publicada no jornal Conservation Biology.
O estudo — o primeiro a olhar para a vida selvagem nas áreas ribeirinhas da floresta tropical — recomenda expandir a exigência legal atual de amortecedores de 60 metros a 400 metros.
“Há propostas na mesa para na verdade enfraquecer as exigências legais mínimas, quando elas precisam ser fortalecidas,” disse Dr Carlos Peres da Universidade de East Anglia, que junto com Alexander Lees (também da Universidade de East Anglia), conduziu a pesquisa.
“Essa é uma enorme questão de conservação da vida selvagem localmente – com implicações globais em termos de biodiversidade e mudança climática – e nós incitaríamos os responsáveis políticos para agir nessa nova pesquisa importante antes que seja tarde demais.”
Peres e Lees dizem que os corredores da vida selvagem podem ajudar a reduzir os problemas da fragmentação de habitat, por meio das quais as comunidades de animais e plantas são isolados em porções cada vez menores de habitat. Fragmentos da floresta tem sido abrigo para ní veis inferiores de biodiversidade do que as áreas de tamanho identicos de florestas conectada.
A pesquisa foi conduzida em 37 áreas ribeirinhas remanescentes e intactas da floresta perto da cidade de Alta Floresta, nos estado de Mato Grosso.