Terras Indígenas, Territórios Quilombolas e Unidades de Conservação são as áreas que mais contribuíram com a preservação e regeneração da Amazônia Legal nos últimos anos, aponta artigo. O estudo também mostra que territórios indígenas e quilombolas demarcados contribuíram de duas a três vezes mais para a regeneração da vegetação nativa entre 2012 e 2017.
Como autor de best-sellers, cofundador da premiada Amazon Conservation Team e aclamado orador público, Mark Plotkin é um dos etnobotânicos e conservacionistas da floresta tropical mais proeminentes do mundo.
Relatório aponta que 2021 foi o ano com o maior volume de derrubadas na área de influência da rodovia, que corta o estado do Amazonas, ligando Manaus a Porto Velho, capital de Rondônia. Em janeiro de 2022, o corte de árvores na região foi 339% maior do que em janeiro do ano anterior.
Maior reserva indígena do Brasil passa pelo pior momento de invasões dos últimos 30 anos, segundo relatório; 56% dos 27 mil habitantes da Terra Indígena Yanomami são afetados diretamente pelo garimpo. Em muitas comunidades, os garimpeiros estão aliciando meninas e jovens indígenas, oferecendo comida, bebida alcoólica e armas de fogo em troca de sexo e pequenos serviços.
Amostras de água retiradas dos rios Amazonas, Negro, Tapajós e Tocantins e de pequenos afluentes que passam pelas cidades da região, incluindo Manaus, Santarém, Belém e Macapá, continham 43 contaminantes, em concentrações que podem afetar de 50% a 80% das espécies aquáticas locais.
Cerca de 2.260 famílias, muitas delas indígenas, foram desalojadas em março de 2020 quando as autoridades desmantelaram o assentamento informal Monte Horebe, na periferia de Manaus, retirando todos os moradores do local. Dois anos depois, muitos seguem em moradias precárias em meio à pobreza e à atual crise da covid-19, segundo lideranças indígenas.
Brechas em normativas e de fiscalização aumentam as chances de que a espécie desapareça das paisagens nacionais nas próximas cinco décadas. Governos do Paraná e de Santa Catarina permitem o corte de pinheiros para abrir caminho a obras como estradas e linhas de transmissão; a derrubada de árvores nativas está proibida no Brasil desde 2001.
Avanço do corte de árvores no sul do Amazonas, descaso da Funai e pavimentação da BR-319 poderão quadruplicar o desmatamento no Médio Rio Purus até 2050 e dizimar povos isolados recém descobertos. A área devastada na região pode chegar a 170 mil km2, maior que a extensão do Acre.
Pesquisadores desenvolveram modelo que analisa impactos ambientais dos 351 projetos de usinas hidrelétricas que estão em avaliação na Bacia Amazônica. Proposta tem o objetivo de fornecer informações em estágios iniciais de novos empreendimentos, como um filtro para excluir as piores opções.
Em 2013, os Ka’apor expulsaram a Funai de seu território no norte do Maranhão, criaram um novo conselho de governo, adotaram seu próprio sistema de ensino e de estabeleceram assentamentos permanentes ao longo de suas fronteiras para conter o avanço ilegal de madeireiros, grileiros e mineradoras.
Grandes instituições financeiras norte-americanas e brasileiras continuam financiando a destruição da Amazônia, investindo em mineradoras que fazem pressão para operar em territórios indígenas, diz um novo relatório.
Estudos arqueológicos na região do Tapajós, no Pará, enriquecem o conhecimento histórico sobre a ocupação da Amazônia e registram alguns dos vestígios mais antigos das Américas. A área, porém, é alvo do garimpo ilegal industrializado, que causa destruição massiva. Devastados pelo avanço do que é vendido como desenvolvimento, inúmeros sítios arqueológicos jamais serão sequer conhecidos.
No ano passado, cerca de US$ 1,2 bilhão em ouro foi exportado do Brasil para a Suíça, tornando-se o segundo maior mercado de exportação de ouro do país, depois do Canadá. Cerca de um quinto do metal é proveniente da Amazônia, segundo dados oficiais.
Em janeiro de 2021, a Funai decidiu não prorrogar uma ordem de proteção territorial para o grupo indígena isolado Igarapé-Ipiaçava; após um protesto público e pressão legal, a ordem foi prorrogada por seis meses.
Dados oficiais mostram que o número de bovinos chegou a 3,8 milhões no Acre, um aumento de 8,3% em 2020 em relação ao ano anterior. Em 2021, o Acre entrou chegou a figurar no terceiro lugar no ranking dos estados que mais destruíram a Amazônia no ano passado; a taxa de desmatamento é a maior em 18 anos.
Estudo revela que, do total de 3.600 pedidos de mineração na Amazônia brasileira registrados através da Agência Nacional de Mineração, quase metade está localizada em territórios indígenas com grupos não contatados.
Relatório aponta que a mineradora Anglo American obtém lucros enormes com sua mina de ferro Minas-Rio, mas gera pouco retorno para as comunidades locais cujas vidas foram arruinadas por suas operações.
Entre 2019 e 2020, 49 toneladas de ouro foram extraídas de áreas com evidências de irregularidades, como Terras Indígenas e Unidades de Conservação, segundo estudo da UFMG; 90% vieram da Amazônia.
A propagação de incêndios no Acre fez soar o alarme sobre os riscos à saúde pública, agravando ainda mais o número de infecções e mortes pela covid-19 no mundo. Com…
Davi Kopenawa, xamã e grande líder do povo indígena Yanomami, a partir de um sonho pôs-se a refletir: a televisão, o cinema e todas as imagens criadas e transmitidas são…