O Brasil tem registrado mais de 2 mil colisões entre animais e aeronaves por ano; os números, porém, são subnotificados e não especificam todas as espécies atingidas. Quero-queros (Vanellus chilensis), carcarás (Caracara plancus) e urubus (família Cathartidae) são as espécies mais afetadas.
Os impactos da operação das ferrovias brasileiras sobre a fauna silvestre são pouco conhecidos por pesquisadores, operadores do sistema e pelo próprio governo. Nas regiões cortadas pelos 30 mil quilômetros de trilhos instalados no país, os atropelamentos são o problema que mais chama a atenção.
Estudo mapeia as áreas de maior risco para primatas no mundo de acordo com o impacto exercido por estruturas como estradas, ferrovias, linhas de transmissão de energia e oleodutos. Brasil, Tailândia, Indonésia e China estão no topo da lista.
Os mais de 1,7 milhão de quilômetros de rodovias e estradas brasileiras são palco diário de colisões entre veículos e animais. Estimativa sugere que mais de 400 milhões de vertebrados silvestres morram atropelados todo ano no Brasil.
Mais de 12 mil carcaças de animais atropelados foram encontrados nas estradas do Mato Grosso do Sul em um levantamento feito entre 2017 e 2020. O número de grandes mamíferos como antas e tamanduás-bandeiras ultrapassavam as centenas.
Identificar o risco que os atropelamentos em rodovias representam para as espécies da fauna silvestre vai além de quantificar mortes. É necessário levar em consideração inúmeros fatores para conhecer o…
A fartura de animais aquáticos e semiaquáticos na Estação Ecológica de Taiamã (MT) transformou a dieta das onças-pintadas da região; quase metade do que consomem são peixes.
No país de maior biodiversidade do planeta, o sistema de atendimento a espécimes resgatados de traficantes de animais e cativeiros ilegais não é prioridade dos gestores públicos ambientais e depende do esforço e da dedicação dos profissionais envolvidos.
Tecnologia inédita permite identificar se um animal vendido em um criadouro autorizado foi capturado ilegalmente na natureza.
Oito lobo-guarás com queda de pelos já foram registrados na divisa entre São Paulo e Minas Gerais nos últimos anos; o diagnóstico: sarna sarcóptica, doença transmitida por um ácaro.
Foram quatro as espécies inéditas encontradas em Fernando de Noronha. Elas vivem junto aos penhascos submarinos do arquipélago, entre 30 e 150 metros de profundidade.
Pesquisadores analisaram grupos de aves de uma área de floresta virgem ao norte de Manaus ao longo de 35 anos. Mesmo sem sofrer impactos diretos, a população de certas espécies diminuiu.
Número de apreensões de exemplares das duas espécies tem aumentado de maneira preocupante nos últimos anos.
Não simples passarelas, mas estruturas de concreto, largas e com vegetação: nas rodovias e ferrovias do país, começam a surgir meios eficazes para conectar fragmentos de florestas e reduzir o risco de atropelamentos.
A coleta de filhotes e de ovos de papagaios-verdadeiros no Cerrado brasileiro por traficantes de animais é um dos crimes ambientais mais previsíveis no país. Há décadas, entre agosto e novembro, período reprodutivo da espécie, quadrilhas recolhem dos ninhos as aves recém-nascidas para abastecer o mercado ilegal de bichos de estimação.