A produção de aço conduz ao desflorestamento no Pantanal, Brasil
A produção de aço conduz ao desflorestamento no Pantanal, Brasil
mongabay.com
Traduzido por Marcela V.M. Mendes
24/03/2008
Uma fresadeira de aço em Corumb&áacute;, no coração do Pantanal brasileiro, está abastecendo a destruição das florestas por causa do carvão vegetal e minando os direitos dos moradores da floresta Amazonica, relata o Serviço de Imprensa Inernacional.
De acordo com Alessandro Menezes, lÃder do grupo local de ambientalistas de Ecologia e Ação, a dresadeira de aço MMX em Corumb&áacute; tem produzido ferro gusa apesar da multa e da proibição do uso de carvão vegetal ilegalmente-colhido das florestas em terras indigenas. MMX continua a operar sob ordem judicial temporária enquanto o destino dos territórios indÃgenas está sendo determinado.
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Os produtores de carvao vegetal estao aproveitando-se do fato de que parte do território Kadiweu “está em litÃgio, ainda ocupado por grandes latifundiários,” apesar do reconhecimento de que ali são terras indÃgenas, disse Menezes. Também estão sob ameaça áreas de outra comunidade nativa do Pantanal, os povos Terena, ele acrescentou.
Em Taunay, uma das áreas dos Terena, o desflorestamento tem se acelerado recentemente por causa da possibilidade de delineação futura e passage, da terra para as comunidades indigenas, disse Lisio Lili, um Ãndio Terena e antigo lÃder local da Fundação Nacional IndÃgena. Carvão vegetal e gado são os interesses que conduzem a destruição das florestas, ele disse.
A extração de madeira para suprir a industria de ferro gusa com carvão vegetal para a produção de aço tem sido há tempos conhecida como prejudicial às florestas da Amazônia, especialmente nos estados de Mato Grosso e Pará. As fresas de aço foram associadas igualmente com violações brutais dos direitos humanos. Investigações pelas autoridades brasileiras descobriram os trabalhadores que estão sendo mantidos no esquema de débito-sujeição, aparentemente sistema de escravidão.
Mario Osava (2008). Ãndios do Pantanal Ameaçados pelo Desflorestamento. Serviço de Imprensa Internacional – 9 de Fevereiro, 2008