O desmatamento na Amazônia brasileira continua crescendo, segundo Imazon, uma ONG brasileira que monitora de maneira independente a maior floresta do planeta Terra.
Os dados mensais do sistema de monitoramento da Imazon indica que 778 quilômetros quadrados da floresta foi desmatado em julho, um aumento de 43 por cento comparado com o ano passado.
As descobertas da Imazon são comparadas com os dados oficiais do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais que demonstra, em comparação, uma linha de tendência estável.
O desmatamento na Amazônia brasileira continua crescendo, segundo informa Imazon, uma ONG brasileira que monitora de maneira independente o desenvolvimento da maior floresta do planeta Terra.
Os dados obtidos pelo sistema de monitoramento de desmatamento da Imazon informam que 778 quilômetros quadrados de floresta foram desmatados em julho, um aumento de 43 por cento comparando com um ano atrás.
A média de doze meses é de 358 quilômetros quadrados, mais de 49 por cento.
Os estudos da Imazon contrastam com os dados oficiais do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) que demonstram em comparação uma linha de tendência estável. O Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) publicou recentemente um sistema de monitoramento de desmatamento a curto prazo chamado DETER-B que descreve detalhadamente o desmatamento, a degradação da floresta, incêndios e outras mudanças no uso das terras.
De acordo com a Imazon, o desmatamento cresceu mais bruscamente no último ano no estado do Pará e Tocantins, ambos demonstram que o desmatamento da floresta cresceu mais de 2.000 por cento em relação com o último ano. Ambos estados — como Mato Grosso, que está em segundo lugar na perda bruta de superfície florestal no ano passado —produzem grandes volumes de soja e gado, que são os maiores motivos diretos do desmatamento na Amazônia legal.
As condições macroeconômicas e o clima político atual do Brasil é favorável para o aumento do desmatamento. O guerra comercial de Donald Trump com a China tem impulsionado as exportações no setor agrícola do Brasil para a China, enquanto a valorização do dólar americano e a desvalorização do real aumentaram ainda mais o lucro do agronegócio. No mesmo momento, o presidente Michel Temer está trabalhando com o Congresso para impulsionar medidas que enfraqueçam as proteções ambientais do país.
O recente aumento no desmatamento na Amazônia brasileira representa a saída da redução significativa na perda de floresta anual entre 2004 e 2012. Essa redução foi estimulada pela combinação das políticas do governo — incluindo monitoramento da floresta, execução da lei, incentivos do setor privado e iniciativas de conservação — e condições econômicas.
Essa redução histórica no desmatamento ajudou o Brasil a realizar progressos no que se refere às metas climáticas. No começo do mês de agosto o governo Brasileiro anunciou que já cumpriu com as metas de 2020 para reduzir as emissões de efeito estufa na Amazônia e Cerrado. Porém
os cientistas advertem que celebrar essa conquista pode ser precipitado pois nos últimos três anos todas as taxas de desmatamento estavam maiores do que o previsto na Amazônia e que a perda de floresta está aumentando na região. Conforme mencionado anteriormente, a administração de Temer está efetivamente vendendo o progresso que aconteceu antes de ele assumir o cargo.