Clicky

  • Destaques
  • Vídeos
  • Especiais
  • Matérias
Doar
  • English
  • Español (Spanish)
  • Français (French)
  • Bahasa Indonesia (Indonesian)
  • Brasil (Portuguese)
  • India (English)
  • हिंदी (Hindi)
  • Vídeos
  • Matérias
  • Destaques
  • Últimas
  • Explorar tudo
  • Sobre
  • Equipe
  • Contato
  • Doar
  • Inscrever
  • Envios
  • Política de Privacidade
  • Termos de uso
  • Anunciar
  • Wild Madagascar
  • Florestas tropicais
  • Impacto
  • Para crianças
  • Mongabay.org
  • Tropical Forest Network

O destino da Amazônia está nas urnas das eleições presidenciais do Brasil (comentário)

Aline C. Soterroni; Fernando M. Ramos; Michael Obersteiner; and Stephen Polasky
24 Out 2018 América Do Sul Agronegócio na Amazônia
Comentários Compartilhar article

Compartilhar article

Se você gostou desta matéria, compartilhe com outras pessoas.

Facebook Linkedin Threads Whatsapp Reddit Email
  • No final do século 20 e início do século 21, o Brasil estabeleceu políticas que transformaram o país em um líder mundial na redução do desmatamento, ajudando a proteger a Amazônia.

  • No entanto, os ganhos obtidos ao longo desses anos estão em risco devido às políticas ambientais propostas pelo candidato de extrema-direita Jair Bolsonaro, que, segundo analistas, tem grande probabilidade de se tornar o futuro presidente do Brasil no segundo turno de 28 de outubro.

  • Bolsonaro prometeu fechar o Ministério do Meio Ambiente, relaxar a aplicação de leis ambientais e licenciamentos, permitir a exploração econômica de reservas indígenas, banir ONGs internacionais como Greenpeace e WWF do país, e sair do acordo climático de Paris. As posições políticas de Bolsonaro são baseadas em sua plataforma oficial do partido e declarações na mídia.

  • Um estudo feito pelos autores deste comentário estima que o desmatamento brasileiro e as emissões de carbono sob as políticas de Bolsonaro causariam uma perda sem precedentes da floresta amazônica e contribuiriam para desestabilizar o clima global. Esta publicação é um comentário. As opiniões expressas são as dos autores, não necessariamente d a Mongabay.

A perda da Floresta Amazônica seria uma catástrofe para o Brasil e para o mundo. Sua destruição aumentaria significativamente as emissões de carbono do país e desestabilizaria ainda mais o clima global. Crédito da foto: lubasi em Visualhunt / CC BY-SA

Era bom demais para ser verdade. No final do século 20 e início do século 21, a floresta amazônica brasileira estava desaparecendo rapidamente (27.772 quilômetros quadrados ou 10.723 milhas quadradas por ano em 2004), tornando o Brasil o líder mundial em desmatamento, além de um grande emissor de gases de efeito estufa (GEE). A partir de 2005, as taxas anuais de desmatamento começaram a diminuir a uma velocidade impressionante, caindo para 4.575 quilômetros quadrados em 2012, uma queda histórica de mais de 83% em apenas oito anos.

Isso fez com que as emissões de carbono do país diminuíssem 63% entre 2005 e 2012. Com base nesses resultados, o governo brasileiro prometeu uma redução ambiciosa de suas emissões de GEE — 37% até 2025 e 43% até 2030, abaixo dos níveis de 2005 — na 21ª Conferência das Partes (COP21) em Paris em dezembro de 2015.

Há várias explicações plausíveis por trás dessa queda repentina nas taxas de desmatamento na Amazônia brasileira, que vão desde a expansão de áreas protegidas e terras indígenas, melhor aplicação da legislação ambiental existente, intervenções nas cadeias de fornecimento e restrições de crédito, a multas e embargos de desmatadores ilegais.

Essa conquista, elogiada por muitos dentro e fora do governo, possui uma durabilidade incerta dada a crescente demanda por commodities agrícolas no mundo, projetos de infraestrutura de transportes e energia em grande escala (incluindo represas, rodovias e ferrovias na Amazônia), além da turbulência política.

Jair Bolsonaro lança sua candidatura à presidência, em julho de 2018. Suas políticas propostas, se implementadas, representam uma ameaça existencial para a Amazônia brasileira. Imagem cedida por Fernando Frazão / Agência Brasil.

Hoje, em meio a uma crise econômica sem precedentes e agitação política, as proteções ambientais correm o risco de serem revertidas. A taxa anual de desmatamento na maior floresta tropical do mundo tem crescido constantemente desde 2012.

Mas o pior ainda está por vir. Jair Bolsanaro, o candidato de extrema-direita que está prestes a se tornar o próximo presidente do Brasil, prometeu que, se eleito, vai fechar o Ministério do Meio Ambiente , relaxar a aplicação de leis ambientais e licenciamentos , abrir as reservas indígenas para a mineração, e sair do acordo climático de Paris. Além disso, ONGs internacionais, como o Greenpeace e o WWF, seriam banidas do país.

O dano que essas políticas podem causar é extremo. Com base em uma metodologia de modelagem econômica que simula a competição pelo uso da terra para atender à crescente demanda global por commodities, como carne bovina e soja, estimamos que, se as proteções ambientais forem removidas pelo próximo presidente brasileiro, a perda média anual de floresta Amazônica aumentará rapidamente para 25.600 quilômetros quadrados (9.884 milhas quadradas) por ano, um número semelhante às taxas de desmatamento medidas no início dos anos 2000 e um aumento de 268% em relação a 2017.

Dentro de uma década, a escala do desmatamento seria equivalente à área do Reino Unido ou do estado americano de Oregon. Além disso, 18% desse desmatamento (46.300 quilômetros quadrados ou 17.877 milhas quadradas) ocorreriam dentro de áreas protegidas, incluindo parques nacionais e reservas indígenas.

Desmatamento real acumulado na Amazônia brasileira no período 2001 a 2017 (estimativa do INPE/PRODES), e projeções* do GLOBIOM-Brasil para o período de 2021 a 2030 em quilômetros quadrados de acordo com as políticas propostas de Bolsonaro.

As emissões de carbono aumentariam à medida que o desmatamento também aumentasse. Sob as políticas propostas por Bolsonaro, de 2021 a 2030, as emissões acumuladas do corte raso da floresta Amazônica atingiriam 13,12 gigatoneladas de dióxido de carbono equivalente (GtCO2e), ou uma média de 1,31 GtCO2e por ano, tornando praticamente impossível para o Brasil cumprir seus compromissos internacionais feitos em Paris. Esta emissão anual de dióxido de carbono corresponde a 3% das atuais emissões globais. Além disso, de acordo com a literatura mais recente 13.12 GtCO2e poderiam representar até 20% do balanço global de carbono “livre” suficiente para alcançar a meta do IPCC de 1.5C. O dióxido de carbono equivalente (CO2e) é uma medida usada para comparar as emissões de vários gases de efeito estufa com base no seu potencial de aquecimento global.

Nessas eleições, e nos próximos anos, a vontade política é necessária para garantir que a floresta amazônica e os serviços ecossistêmicos que ela fornece sejam conservados. A perda de biodiversidade e a regulação do clima que poderia resultar de uma mudança radical nas políticas seriam um ponto de inflexão tanto para a biodiversidade quanto para as mudanças climáticas, com consequências globais.

Autores: Aline C. Soterroni, Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais, São José dos Campos, Brasil, e Instituto Internacional de Análise de Sistemas Aplicados, Laxenburg, Áustria (soterr@iiasa.ac.at); Fernando M. Ramos, Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais, São José dos Campos, Brasil (fernando.ramos@inpe.br); Michael Obersteiner, Instituto Internacional de Análise de Sistemas Aplicados, Laxenburg, Áustria (oberstei@iiasa.ac.at); e Stephen Polasky, Universidade de Minnesota, St. Paul, MN, EUA. (polasky@umn.edu).

Capuchino-listrado-preto no Brasil (Sapajus libidinosus). O desmatamento descontrolado da Amazônia causaria danos permanentes à extraordinária biodiversidade da região. Foto de Rhett Butler para a Mongabay.

Citações:

Soterroni et al., Environmental Research Letters 13 (7) 1–12 (2018). http://iopscience.iop.org/article/10.1088/1748-9326/aaccbb/pdf

Jason A. Lowe, Daniel Bernie, The impact of Earth system feedbacks on carbon budgets and climate response. Phil. Trans. R. Soc. A 376 20170263 (2018). http://rsta.royalsocietypublishing.org/content/376/2119/20170263


Revisão da tradução: Debora Santos.

Créditos

Maria Angeles Salazar Content Production Manager

Tópicos

AgriculturaAmeaças à AmazôniaConservaçãoDestruição AmazônicaFlorestasJustiça SocialMeio AmbientePolítica AmbientalAmérica Do SulBrasil

Formatos

  • Vídeos
  • Matérias
  • Especiais
  • Destaques
  • Últimas

Sobre

  • Sobre
  • Contato
  • Doar
  • Newsletters
  • Envios
  • Termos de uso

Links externos

  • Wild Madagascar
  • Florestas tropicais
  • Para crianças
  • Mongabay.org
  • Tropical Forest Network

Mídias sociais

  • LinkedIn
  • Instagram
  • YouTube
  • X
  • Facebook
  • RSS / XML
  • Mastodon
  • Android App
  • Apple News

© 2025 Copyright Conservation news. Mongabay is a U.S.-based non-profit conservation and environmental science news platform. Our EIN or tax ID is 45-3714703.