Com o REDD, os mercados financeiros poderiam se tornar espécies em risco de extinção?
mongabay.com
06 de Janeiro de 2011
Acrescente mercados financeiros à longa lista de ameaças à vida selvagem
Pigmeu tirano com crista. Foto de Rhett A. Butler.
A emergência de um mecanismo de Redução de Emissões do Desmatamento e Degradação (REDD) para proteger as florestas poderia introduzir novos riscos para a biodiversidade ligando as finanças de conservação aos derivados financeiros exóticos, advertem pesquisadores que escrevem no periódico Conservation Letters.
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Jacob Phelps, Edward L. Webb, e Lian P. Koh discutem que o REDD poderia efetivamente ligar o destino de algumas espécies aos caprichos do curto prazo do mercado de carbono. Os projetos de conservação financiados principalmente pelo REDD estão em maior risco de serem prejudicados pelo declínio do preço do carbono ou mudança na preferência do investidor. Os autores acrescentam que a natureza em curto prazo do REDD—que é vista como uma medida provisória de no máximo 30 anos—pode falhar ao entregar os benefícios durante a escala de tempo necessária para proteger a biodiversidade.
“As iniciativas de conservação exigem geralmente a longo prazo, fontes estáveis de financiamento,” eles escrevem. “Dada a escala do REDD+ projetos e financiamento, e as altas expectativas em alguns lugares em que o REDD+ será a reforma do financiamento da conservação e proteção da biodiversidade em perigo, projetos atuais e futuros ligados ao REDD+ poderiam ser expostos à riscos significantes.”
Reconhecer e compreender esse risco deveria, portanto ser uma prioridade para os planejadores da conservação, que precisam evitar o excesso de financiamento de carbono em curto prazo e olhar para o potencial de financiamentos em longo prazo.
“Faz sentido capitalizar as oportunidades criadas pelo REDD + para aumentar a conservação da biodiversidade. Até mesmo fundos para a conservação a curto prazo e longe do ideal de estrutura são melhores do que fundos nenhum,” Phelps, Webb, e Koh escrevem. “No entanto, o rápido desenvolvimento das novas iniciativas do REDD+, muitas das quais são fortemente dependentes da prontidão dos fundos do REDD+ dos doadores, levantam questões sobre quando alguns projetos são alavancados e vistos com resiliência financeira em longo prazo.”
Os autores sugerem a adoção de uma estratégia de portfólio comum—diversificação—ao procurar financiamento para projetos de conservação.
REDD: perplexo |
“Diversificação
Poderia incluir desenho no Mercado, doador tradicional, e contribuições filantrópicas. Poderia também contar a agregação de outros serviços ecológicos (largamente relacionados à água) com carbono para pagamento dos serviços do ecossistema, especialmente para levantar recursos para áreas de alto custo de oportunidade. “A biodiversidade poderia eventualmente ser igualmente monetarizada.”
Phelps, Webb, e Koh concluiram, enfatizando a necessidade de não deixar o potencial de vantagens do REDD se sobrepor aos riscos em potencial de depender do mecanismo para sustento em longo prazo.
“Dadas as prudentes exceções e planejamento, o REDD+ irá contribuir não apenas para reduzir as emissões e assegurar a conservação florestal, mas também para proteger a biodiversidade. No entanto, permanece uma pequena certeza de que o financiamento do REDD+ irá abastecer a conservação da biodiversidade em longo prazo. Precisamos reconhecer os riscos associados para melhor preparar os conservacionistas, governos, proprietários de terras locais, e usuários da floresta para lidar com os impostos, e nem sempre confiáveis ou permanentes investimentos nas florestas.”
CITAÇÃO: Jacob Phelps, Edward L. Webb, and Lian P. Koh (2010). Negócio arriscado: um future incerto para o financiamento da conservação da biodiversidade através do REDD+. Conservation Letters 00 (2010) 1–7
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